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Cemig registra queda de 47% no lucro trimestral: saiba mais sobre os impressionantes resultados anuais de 2024

Apesar do revés no último período, estatal mineira celebra desempenho anual recorde e amplia investimentos em distribuição de energia
A Cemig divulgou na madrugada desta sexta-feira seus resultados financeiros do quarto trimestre e do ano completo de 2024. Apesar da expressiva queda no último trimestre, a companhia alcançou números históricos no acumulado anual. Além disso, a empresa mineira anunciou significativa distribuição de dividendos aos acionistas para 2026. Portanto, investidores e analistas do setor elétrico observam com atenção o desempenho da estatal mineira. Logo, este cenário misto de resultados exige uma análise mais aprofundada para compreender as perspectivas futuras da empresa.
Cemig enfrenta desafios significativos no último trimestre de 2024
Inicialmente, a companhia energética encerrou o quarto trimestre com lucro líquido consolidado de R$998 milhões. Consequentemente, este valor representa uma redução de 47,1% em comparação ao mesmo período de 2023. Além disso, o lucro recorrente atingiu R$1,17 bilhão, com decréscimo de 30,7% na comparação anual. Entretanto, mesmo com resultados em queda, a receita líquida apresentou crescimento expressivo.
Adicionalmente, o EBITDA trimestral totalizou R$1,914 bilhão entre outubro e dezembro de 2024. Assim, este montante ficou 21,9% abaixo do reportado no mesmo intervalo do ano anterior. De fato, os números demonstram um cenário desafiador para a empresa no encerramento do ano. Por outro lado, a receita líquida cresceu 12,3% nos últimos três meses, chegando a R$11,777 bilhões.
Enquanto isso, o resultado financeiro consolidado apresentou valor negativo de R$396,4 milhões no quarto trimestre. Por conseguinte, este número contrasta fortemente com a despesa financeira de R$98 milhões registrada no mesmo período de 2023. Logo, a diferença representa um aumento de 304,4% nas perdas financeiras na comparação anual.
Posteriormente, as despesas operacionais somaram R$519 milhões no último trimestre. Portanto, este valor significa um crescimento preocupante de 88,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, o lucro bruto atingiu R$2,037 bilhões, refletindo uma redução menos acentuada de 8,9% na comparação anual.
Certamente, a companhia enfrentou diversos desafios estruturais que impactam seus resultados financeiros. Primeiramente, a queda de 61% no lucro de comercialização de energia elétrica afetou significativamente o desempenho. Em seguida, a maior exposição ao mercado de curto prazo ampliou a vulnerabilidade financeira da empresa.
Entenda por que 2024 foi um ano de recordes históricos para a companhia mineira
Contudo, em contraste com o desempenho trimestral, a Cemig registrou números extraordinários no acumulado anual de 2024. Inicialmente, o lucro líquido anual alcançou o valor recorde de R$7,1 bilhões. Consequentemente, este montante representa um aumento expressivo de 23,4% em relação ao ano anterior. Além disso, este resultado constitui o maior lucro anual da história da companhia.
Similarmente, o EBITDA anual atingiu a marca histórica de R$11,254 bilhões em 2024. Portanto, este valor demonstra um crescimento robusto de 32,3% em comparação com 2023. De fato, estes números confirmam a solidez financeira da empresa no longo prazo. Ademais, a receita líquida anual totalizou R$39,819 bilhões, evidenciando um aumento de 8% sobre o ano anterior.
Enquanto isso, os investimentos realizados ao longo de 2024 bateram recorde histórico. Especificamente, a empresa destinou R$5,7 bilhões principalmente para ampliação e reforço da sua rede de distribuição de energia. Por conseguinte, este valor demonstra o compromisso da companhia com a melhoria contínua de sua infraestrutura energética. Logo, estes investimentos devem fortalecer a capacidade operacional nos próximos anos.
Adicionalmente, a base de clientes da empresa expandiu-se consistentemente durante o ano. Especificamente, o Grupo Cemig atendeu aproximadamente 9,41 milhões de clientes em dezembro de 2024. Assim, este número representa um crescimento de 191 mil consumidores, equivalente a um aumento de 2,1% na comparação com dezembro de 2023. Deste total, 9.407.944 são consumidores finais e de consumo próprio, enquanto 447 representam outros agentes do setor elétrico brasileiro.
Certamente, a expansão da base de clientes contribui para a diversificação e estabilidade das receitas da companhia. Consequentemente, este crescimento fortalece a posição da empresa no mercado energético nacional. De fato, o aumento constante no número de consumidores evidencia a confiança do mercado nos serviços oferecidos.
Confira quais fatores explicam a queda nos resultados do último trimestre
Seguramente, diversos elementos contribuíram para a redução dos resultados no último trimestre de 2024. Primeiramente, a queda de 61% no lucro de comercialização de energia elétrica afetou significativamente o desempenho. Em seguida, a alta base de comparação com o ano anterior amplificou a percepção negativa dos resultados.
Além disso, a maior exposição ao mercado de curto prazo de energia impactou as margens operacionais. Consequentemente, as diferenças de preço spot (PLD) entre submercados prejudicaram o resultado financeiro. Por isso, a estratégia de comprar parte relevante da energia no Nordeste e comercializar em outros submercados mostrou-se menos eficiente no período.
Adicionalmente, a companhia registrou equivalência patrimonial menor em R$106,4 milhões durante o trimestre. Assim, este fator contribuiu para a diminuição dos resultados consolidados. Enquanto isso, a redução de 1% na energia distribuída pela concessionária também impactou negativamente o desempenho operacional.
Finalmente, a variação cambial dos eurobonds representou outro elemento desfavorável aos resultados. Notadamente, esta dívida foi liquidada no final de 2024, encerrando um ciclo de exposição cambial. Portanto, a combinação destes fatores explica o cenário desafiador enfrentado pela empresa no encerramento do ano.
Contudo, especialistas do setor consideram estes desafios como aspectos conjunturais e não estruturais do negócio. Certamente, a solidez dos resultados anuais corrobora esta análise. De fato, a capacidade de gerar resultados recordes mesmo em um cenário parcialmente adverso demonstra a resiliência do modelo de negócios.
Saiba como os dividendos aprovados beneficiarão os acionistas nos próximos anos
Entretanto, uma notícia positiva para os investidores foi a aprovação da distribuição de dividendos. Especificamente, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor de R$541 milhões. Consequentemente, este montante equivale a R$0,18911784746 por ação da companhia.
Adicionalmente, o pagamento será realizado em duas parcelas iguais para facilitar o fluxo de caixa da empresa. Primeiramente, a primeira parcela será paga até 30 de junho de 2026. Em seguida, a segunda parcela será quitada até 30 de dezembro de 2026. Portanto, os investidores terão retornos garantidos nos próximos anos.
Notadamente, farão jus aos dividendos os acionistas detentores de ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) no dia 25 de março de 2025. Assim, esta data será considerada o “ex-dividendo” para fins de negociação das ações. Por isso, investidores interessados em receber estes proventos devem adquirir as ações antes desta data.
Enquanto isso, analistas do mercado avaliam positivamente a política de dividendos da companhia. De fato, a distribuição consistente de proventos fortalece a atratividade das ações para investidores de longo prazo. Consequentemente, este comprometimento com a remuneração dos acionistas pode contribuir para a valorização dos papéis no mercado secundário.
Adicionalmente, a estratégia de dividendos da empresa alinha-se com as melhores práticas de governança corporativa. Portanto, a transparência na definição dos valores e prazos de pagamento favorece o planejamento financeiro dos investidores. Logo, esta previsibilidade constitui um diferencial competitivo no mercado de capitais.
Analise o posicionamento estratégico da empresa no setor elétrico brasileiro
Certamente, a Cemig ocupa posição de destaque no setor elétrico nacional. Inicialmente, sua atuação diversificada abrange geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia. Consequentemente, esta integração vertical permite sinergias operacionais significativas. Além disso, a presença em diferentes segmentos da cadeia energética reduz riscos específicos de cada setor.
Adicionalmente, o foco em investimentos de expansão e modernização demonstra visão estratégica de longo prazo. Especificamente, os R$5,7 bilhões investidos em 2024 fortalecem a infraestrutura da companhia. Portanto, estes recursos preparam a empresa para atender à crescente demanda energética nos próximos anos.
Enquanto isso, a companhia mantém sólida posição financeira mesmo em cenários desafiadores. De fato, a capacidade de gerar resultados anuais recordes evidencia a resiliência do modelo de negócios. Consequentemente, esta solidez proporciona maior flexibilidade para enfrentar volatilidades do mercado energético.
Além disso, a estratégia de crescimento orgânico através da expansão da base de clientes mostra-se eficiente. Especificamente, o aumento de 2,1% no número de consumidores em 2024 representa crescimento acima da média do setor. Por isso, esta tendência fortalece a posição competitiva da empresa no mercado.
Contudo, desafios importantes permanecem no horizonte da companhia. Primeiramente, a exposição às variações de preços entre submercados exige aprimoramento nas estratégias de comercialização. Em seguida, a necessidade de equilibrar investimentos e remuneração aos acionistas demanda gestão financeira eficiente. Portanto, a administração precisa balancear diversos interesses sem comprometer o crescimento sustentável.
Perspectivas futuras: o que esperar da Cemig nos próximos trimestres?
Finalmente, as expectativas para os próximos períodos permanecem cautelosamente otimistas. Inicialmente, o robusto plano de investimentos deve continuar gerando resultados positivos. Consequentemente, a modernização da infraestrutura contribuirá para maior eficiência operacional. Além disso, a expansão da capacidade instalada fortalecerá a posição competitiva da empresa.
Adicionalmente, a estabilização do cenário macroeconômico pode favorecer os resultados futuros. De fato, a tendência de redução nas taxas de juros diminui o custo de capital para novos investimentos. Portanto, projetos anteriormente postergados podem tornar-se viáveis financeiramente nos próximos períodos.
Enquanto isso, a diversificação da matriz energética representa oportunidade estratégica para a companhia. Especificamente, investimentos em fontes renováveis como solar e eólica aliam-se às tradicionais hidrelétricas do grupo. Assim, esta combinação proporciona maior resiliência frente às sazonalidades climáticas. Logo, a menor dependência hídrica reduz riscos operacionais em períodos de estiagem.
Certamente, o compromisso com a governança corporativa continuará fortalecendo a confiança dos investidores. Por conseguinte, práticas transparentes na divulgação de resultados e definição de estratégias favorecem a valorização das ações. Além disso, a política consistente de dividendos atrai investidores de longo prazo para a base acionária.
Finalmente, o foco na satisfação dos quase 9,5 milhões de clientes permanece prioritário para a administração. De fato, a qualidade do serviço prestado impacta diretamente a reputação da marca. Consequentemente, investimentos em atendimento e confiabilidade do sistema elétrico devem continuar nos próximos períodos. Portanto, a Cemig mantém-se estrategicamente posicionada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do dinâmico mercado energético brasileiro.
A Cemig é uma das principais companhias de energia elétrica do Brasil, com significativa atuação nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia em território nacional.
Perguntas frequentes sobre os resultados da Cemig
Qual foi o lucro da Cemig no quarto trimestre de 2024?
Primeiramente, a Cemig registrou lucro líquido consolidado de R$998 milhões no quarto trimestre. Consequentemente, este valor representa uma queda de 47,1% em comparação ao mesmo período de 2023.
Por que os resultados trimestrais apresentaram queda tão significativa?
Certamente, diversos fatores contribuíram para esta redução. Inicialmente, a queda de 61% no lucro de comercialização de energia elétrica impactou fortemente os resultados. Além disso, a maior exposição ao mercado de curto prazo e as diferenças de preço spot entre submercados afetaram negativamente o desempenho.
Como foi o desempenho anual da companhia em 2024?
Surpreendentemente, a Cemig alcançou números recordes no acumulado anual. Especificamente, o lucro líquido anual atingiu R$7,1 bilhões, com crescimento de 23,4% em relação a 2023. Adicionalmente, o EBITDA anual somou R$11,254 bilhões, representando aumento de 32,3%.
Quanto a empresa investiu em 2024?
Notadamente, os investimentos da Cemig bateram recorde histórico em 2024. Especificamente, a companhia destinou R$5,7 bilhões principalmente para ampliação e reforço da sua rede de distribuição de energia. Portanto, este valor demonstra o compromisso com a modernização da infraestrutura.
Como será a distribuição de dividendos aos acionistas?
Finalmente, o Conselho de Administração aprovou Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor de R$541 milhões. Consequentemente, este montante equivale a R$0,18911784746 por ação. Além disso, o pagamento ocorrerá em duas parcelas iguais, com a primeira até 30 de junho de 2026 e a segunda até 30 de dezembro de 2026.