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Cervejaria Petrópolis pede recuperação judicial

Filipe Andrade

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Cervejaria Petrópolis pede recuperação judicial

Na segunda-feira, 27, a cervejaria Petrópolis, proprietária de marcas conhecidas como Itaipava, Crystal e Petra, solicitou recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. Segundo a defesa da empresa, suas dívidas atingem R$ 4,2 bilhões, sendo 48% financeiras e 52% com fornecedores e terceiros.

Nesse sentido, o grupo enfrenta uma crise de liquidez há 18 meses devido à redução de receita, como relatado na petição em que pediu recuperação. Com isso, essa redução resultou em uma queda de 23% nas vendas de bebidas no ano passado, o que gerou uma diminuição de 17% na receita bruta do período. Além disso, os custos do setor aumentaram e não foram repassados ao consumidor.

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Para piorar a situação, o aumento da taxa básica de juros, a Selic, agravou o nível de endividamento. Ainda mais, os juros mais elevado gerou um impacto de R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa da empresa.

Cervejaria Petrópolis e sua crise

A crise de liquidez da cervejaria Petrópolis decorre da redução de receita que enfrenta há 18 meses. No ano passado, a empresa vendeu 24,1 milhões de hectolitros de bebidas, o que representou uma queda de 23% em comparação com 2020 e um recuo de 17% na receita bruta do período. Além disso, os custos do setor aumentaram e não foram repassados ao consumidor, o que agravou a situação.

Na terça-feira, 28, a Justiça concedeu ao grupo uma tutela cautelar de urgência que determinou a liberação dos recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. Do mesmo modo, a empresa afirmava que a tutela era urgente para evitar o “iminente estrangulamento do fluxo de caixa”.

De acordo com a petição em que pediu recuperação, o grupo enfrenta uma crise de liquidez há 18 meses decorrente da redução de receita. Nesse sentido, a redução de 23% na venda de bebidas, que representou um recuo de 17% na receita bruta do período, agravou a situação da empresa. Além disso, os custos do setor subiram e não foram repassados ao consumidor.

Segundo a Petrópolis, a empresa será representada pelos escritórios Salomão Sociedade de Advogados e Galdino & Coelho. Ainda mais, até o fim de março, haverá uma necessidade de capital de giro acumulada de R$ 360 milhões superior ao projetado para o período. Já até 10 de abril, será R$ 580 milhões superior.

“A combinação desses fatores, exógenos e alheios ao controle das requerentes, gerou uma crise de liquidez sem precedentes no Grupo Petrópolis, que comprometeu seu fluxo de caixa a ponto de obrigá-lo a buscar a proteção legal com o ajuizamento deste pedido de recuperação judicial”, diz o documento.

Recuperação Judicial de outra grande empresa

Americanas (AMER3) informou na quarta-feira, 11 de janeiro, que encontrou numa análise preliminar o que chamou de “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões ligadas à conta de fornecedores. Com isso, após a detecção dessas inconsistências, o presidente-executivo, Sergio Rial, decidiu deixar a companhia. Ainda mais, o mercado se pergunta, a Americanas vai quebrar?

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Nesse sentido, a varejista afirmou que, apesar de não conseguir determinar todos os impactos do problema no balanço da empresa “neste momento”, acredita que “o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial”.

Como referência, o atual valor de mercado da Americanas é de cerca de R$ 11 bilhões.

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