A Arena MRV, empresa que tem o Atlético Mineiro como seu único acionista, emite um CRI Arena MRV, possibilitando o investimento no Galo.
Em primeiro lugar, o CRI (Certificado de Recebível Imobiliário) é uma dívida contraída por uma empresa privada com o objetivo de direcionar estes recursos para uma construção/ projeto de construção/ materiais de construção/ dentre outros.
Um dos principais benefícios dos CRIs é de ter isenção de imposto de renda para os investidores pessoas físicas, sendo diferente de CDBs (produto bancário) , títulos públicos (produtos do governo) e debêntures comuns (empresas privadas).
Adicionalmente, foi divulgado no mercado (e publicado aqui) que esta dívida terá amortização mensal para os investidores. Em outras palavras, o investidor que definir alocar recursos na Arena MRV terá “recebimentos” isentos de imposto de renda todos os meses até o vencimento do título ou até venda do mesmo.
Finalmente, as taxas para os investidores ficarão na faixa de CDI + 4% (taxa superior ao que o mercado vem praticando).
A taxa CDI + 4% se refere a uma renda fixa pós-fixada. Ou seja, a rentabilidade do investimento irá variar de acordo com a taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que por vez, é bem próxima a taxa de juros do Brasil ou taxa SELIC.
No momento, a taxa SELIC se encontra no patamar de 12,75%, com expectativas de ultrapassar os 13% até o fim do ano. Nesse sentido, hoje, este investimento renderia 16,75% ao ano para o investidor.
Da mesma forma, caso a taxa CDI caia de patamar, o título também irá rentabilizar menos o investidor.
Se olharmos as taxas praticadas hoje, este investimento pode ser muito benéfico para a pessoa física (principalmente), que poderá obter aproximadamente 1,4% de rendimento por mês (líquidos – sem impostos) em uma aplicação, relativamente, segura.
Em contrapartida, é importante ressaltar que este rendimento, apesar de ser renda fixa, tende a diminuir, caso as taxas de juros caiam no Brasil.
De qualquer forma, em termos relativos, a taxa CDI + 4% atraiu investidores buscando retornos acima dos investimentos mais comuns, oferecidos por grandes bancos.
É importante esclarecer que estas operações de financiamentos imobiliários são muito comuns no mercado. O fato da Arena MRV estar contraindo uma dívida não aponta para um risco de término do estádio ou insolvência da empresa (pelo menos, não no cenário-base).
De fato, as grandes contrapartidas exigidas pela Prefeitura de Belo Horizonte para levantar a Arena podem ter gerado esta necessidade (veja aqui entrevista com o CEO da Arena sobre as contrapartidas cobradas para o Atlético e comparações com as contrapartidas de outros estádios), mas como apontado pelo Assessor de Imprensa, Rivelle Nunes, o CRI terá o objetivo de captar 200 milhões de reais no mercado financeiro em uma forma de “adiantamento de recebíveis”.
Neste caso específico, a Arena MRV prevê um recebimento de 450 milhões de reais por meio de cadeiras, camarotes e patrocínios. Estes recursos podem já terem sido negociados, mas ainda não foram recebidos.
Com isso, esta operação financeira auxilia a Arena MRV em ter dinheiro em caixa para seguir o cronograma de construção do estádio.
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