Há alguns dias os mercados olhavam receosos para um possível aumento da taxa de juros americana. O movimento fez com que a bolsa passasse por quedas entre os dias 18 de abril e 5 de maio, e ameaçasse zerar os ganhos de 2022 esta tarde. Entretanto, com anúncio do FED de um aumento de 0,5 p.p, o jogo mudou.
O aumento, esperado pelo mercado, não veio sozinho. Além dele, Jerome Powell, presidente do FED, anunciou que “não estão previstos novos aumentos nas próximas reuniões”. Essa fala animou o mercado, fazendo com que a bolsa desse uma guinada nos últimos momentos.
Setores de varejo foram os mais impactados com a notícia positiva, com Americanas (AMER3) e Magazine Luiza (MGLU3) apresentando altas na faixa dos 7% cada uma. O setor de varejo historicamente tem melhores performances em cenários de baixa inflação. Além deles, o grupo Pão de Açúcar (PCAR3) também se destacou na mesma faixa.
A Petrobrás (PETR3) viu retornar parte do capital estrangeiro que vinha abandonando o país. PETR4 teve um aumento de mais de 6%, enquanto PETR3, em torno de 4%. A empresa foi a principal responsável pela alta do Ibovespa, acompanhada de Bradesco (BBDC4), que teve alta mais modesta (1,44%).
Por outro lado, o setor de alimentos foi impactado negativamente. Com a queda do dólar, as exportações de alimentos perdem lucratividade. Portanto, não foi surpresa quando empresas como Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3) e SLC Agrícola (SLCE3) tiveram quedas – 7,76%, 3,04% e 1,16%.
Ademais, as companhias Natura (NTCO3), que já vinha apresentando instabilidade nos preços, também caiu – 1,71%. Vale (VALE3) e Itaú (ITUB3) apresentaram quedas de 0,84% e 0,13%, respectivamente.
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