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Ibovespa amarga novo recuo e rompe tendência de alta
Devido ao desempenho fraco de empresas-chave, o Ibovespa caiu aos 114 pontos, interrompendo tendência de alta que vinha se formando no último mês
Antes do feriado o Ibovespa amargou um novo recuo, terceiro na semana, e rompe tendência de alta. A zona dos 115 mil pontos operava como uma zona de suporte para a correção recente. Portanto, seu rompimento sinaliza uma possível reversão de tendência do índice.
A queda foi motivada, sobretudo, pelas ações Vale (VALE3), Natura (NTCO3) e Magazine Luiza (MGLU3). Os ativos tiveram queda de -2,6%, -15,53% e -5,56%. Natura (NTCO3) inaugurou hoje o que pode ser uma debandada da bolsa, com resultados fracos somados a um pós pandemia provocando o efeito manada.
Embora a queda da Natura possa ter sido devido a fatores fracos de operação, há outras interpretações possíveis. O ativo também operava próximo de zonas de topo. Poucas vendas que rompam esse topo poderiam acionar ordens automáticas e a memória de mercado.
Maiores quedas da bolsa
Além da Natura (NTCO3), outros ativos que apresentaram drástica queda foram Cogna (COGN3), Usiminas (USIM5) e Banco Inter (BIDI11). Os resultados abaixo do esperado de Usiminas e Méliuz (CASH3) – que teve queda de 4,65% – foram alguns dos fatores que levaram a queda dos ativos.
Uma vez que a expectativa de mercado encontra-se alta, é natural que resultados, mesmo que positivos, levem a quedas. Todavia, a entrada de novos CPF’s na bolsa de valores no último ano é outro fator que agrava o quadro.
Maiores altas da bolsa
Por outro lado, Eletrobrás (ELET3, ELET6) tornou a aparecer como duas das cinco posições mais altas da bolsa hoje. Com aumento da pressão da Presidência da República sobre a privatização da empresa, há interesse renovado por parte do mercado. Além disso, Petroleum Rio (PRIO3) também teve um resultado positivo, baseado fortemente no fim do acordo para venda do Campo de Manati para a Gás Bridge.