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Seu remédio vai ficar mais caro! Saiba mais sobre este aumento explosivo

Filipe Andrade

Publicado

em

confira o novo preço dos medicamentos
medicamentos ficarão mais caros
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Reajuste de até 5,06% começa a valer nesta segunda-feira (31) e afetará milhares de medicamentos em todo o país

A partir desta segunda-feira (31), os preços dos medicamentos em todo o Brasil podem aumentar em até 5,06%. Esse reajuste foi estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Portanto, os consumidores devem ficar atentos às mudanças nos valores nas farmácias. 

Além disso, o índice funciona como um teto máximo para os aumentos no setor farmacêutico. Assim, nenhum estabelecimento poderá aplicar percentuais maiores que o determinado. Contudo, o aumento real tende a ser menor que o teto estabelecido. De fato, as projeções indicam um reajuste médio de aproximadamente 3,48%.

O que muda para o consumidor com o reajuste dos medicamentos

Inicialmente, é importante entender que nem todos os medicamentos terão aumento imediato a partir desta segunda-feira (31). Aliás, muitos produtos podem manter seus preços inalterados por semanas ou meses. Ademais, a competição entre as farmácias contribui para um reajuste efetivo menor. Logo, os estabelecimentos podem optar por não repassar integralmente o aumento.

Posteriormente, os estoques já existentes geralmente são vendidos pelos preços antigos. Portanto, dependendo do volume de estoque, o consumidor pode não sentir o impacto imediatamente. Além disso, as grandes redes farmacêuticas costumam diluir os aumentos ao longo do ano. Consequentemente, a alta pode ser tão gradual que passa despercebida.

O índice de 3,48% representa o menor reajuste médio desde 2018, segundo projeções do setor. Porém, alguns remédios específicos podem sofrer aumentos mais próximos do teto. Entretanto, mesmo com aumentos menores que o permitido, o impacto no orçamento familiar pode ser significativo. Por exemplo, pacientes com doenças crônicas que utilizam medicamentos de uso contínuo sentirão mais os efeitos do reajuste.

Enquanto isso, os consumidores devem ficar atentos às diferenças de preços entre as farmácias. Assim, a pesquisa de preços torna-se ainda mais importante neste período. No entanto, as farmácias não podem ultrapassar o preço máximo estabelecido pela CMED. Finalmente, qualquer valor acima do permitido pode ser denunciado às autoridades competentes.

Por que os preços dos medicamentos aumentam anualmente?

Primeiramente, o reajuste anual dos medicamentos segue um cálculo específico definido pela CMED. Assim, diversos fatores são considerados nesse cálculo. Logo após, a inflação acumulada no período (IPCA) entra como componente principal. Além disso, a produtividade do setor farmacêutico também influencia no índice final.

O cálculo também considera custos não captados pela inflação, como variações cambiais. Consequentemente, a alta do dólar pode impactar o preço final dos remédios. Ademais, o custo da energia elétrica também entra na conta. Entretanto, o nível de concorrência no mercado pode atenuar o reajuste em determinados segmentos.

Portanto, esse sistema regulado visa equilibrar dois interesses distintos. Por um lado, protege o consumidor contra aumentos abusivos. Por outro lado, compensa as perdas do setor farmacêutico relacionadas à inflação. Ainda assim, muitos especialistas questionam se esse modelo é o mais adequado.

Enquanto o governo defende o sistema atual, o setor produtivo frequentemente critica os limites impostos. Contudo, a regulação de preços de medicamentos existe na maioria dos países desenvolvidos. De fato, essa intervenção busca garantir o acesso da população a tratamentos essenciais.

Diferentes categorias e seus reajustes específicos

Inicialmente, é preciso entender que nem todos os medicamentos seguem o mesmo percentual de reajuste. Assim, a CMED divide os remédios em três categorias distintas. Consequentemente, cada categoria tem seu próprio índice máximo de aumento.

A primeira categoria inclui medicamentos de mercados mais concentrados, com menor concorrência. Portanto, esses produtos geralmente têm os maiores percentuais de reajuste. Além disso, a segunda categoria engloba mercados intermediários. Enquanto isso, a terceira abrange mercados mais competitivos, com índices menores.

Ademais, alguns medicamentos são considerados essenciais e têm controle de preços ainda mais rigoroso. Assim, remédios para doenças como diabetes, hipertensão e asma frequentemente apresentam reajustes menores. Por conseguinte, essa política visa garantir o acesso contínuo a tratamentos fundamentais.

Porém, nem todos os produtos farmacêuticos são regulados pela CMED. De fato, itens como vitaminas, suplementos e alguns cosméticos têm preços livres. No entanto, mesmo esses produtos sofrem com a pressão inflacionária e os aumentos de custos do setor.

Impacto para a indústria farmacêutica e possíveis consequências

Primeiramente, o Sindusfarma manifestou preocupação com o que considera um reajuste abaixo do ideal. Logo, segundo a entidade, esse cenário pode afetar negativamente os investimentos no setor. Além disso, áreas como pesquisa e desenvolvimento podem sofrer cortes orçamentários.

O setor farmacêutico argumenta que reajustes insuficientes prejudicam a inovação. Consequentemente, o desenvolvimento de novos medicamentos pode ser comprometido. Ademais, a modernização de instalações existentes também depende da saúde financeira das empresas. Portanto, um equilíbrio entre controle de preços e sustentabilidade do setor é essencial.

Enquanto isso, o presidente executivo do Sindusfarma alerta para possíveis consequências a longo prazo. Assim, investimentos em novas fábricas podem ser reduzidos ou cancelados. Além disso, a atração de capital estrangeiro para o setor farmacêutico brasileiro pode diminuir. Por conseguinte, o país poderia perder competitividade no cenário global.

Contudo, críticos da indústria argumentam que o setor mantém margens de lucro elevadas. De fato, análises independentes mostram que a lucratividade das farmacêuticas supera muitos outros setores da economia. No entanto, a indústria contesta esses dados, apontando para os altos custos de pesquisa e desenvolvimento.

Histórico de reajustes nos últimos anos

Inicialmente, os reajustes de medicamentos nos últimos anos mostram uma tendência de queda nos percentuais. Assim, o índice projetado para 2025 (3,48%) seria o menor desde 2018. Além disso, em 2024, o teto foi de 4,5%, exatamente igual à inflação do período.

Entre 2020 e 2023, os reajustes foram significativamente maiores. Consequentemente, o poder de compra dos consumidores foi mais afetado nesse período. Ademais, a pandemia de COVID-19 causou distorções no mercado farmacêutico global. Portanto, os anos seguintes foram de ajustes e normalização.

Enquanto isso, a inflação geral no Brasil tem mostrado sinais de desaceleração. Assim, essa tendência também se reflete nos reajustes de medicamentos. Por conseguinte, a expectativa é que os próximos anos sigam com índices mais moderados. No entanto, fatores externos como crises internacionais podem alterar esse cenário.

Porém, mesmo com reajustes menores, o acúmulo ao longo dos anos é significativo. De fato, nos últimos cinco anos, o aumento acumulado supera 20%. Contudo, políticas públicas como o programa Farmácia Popular ajudam a atenuar o impacto para a população de baixa renda.

Estratégias para economizar na compra de medicamentos

Primeiramente, a pesquisa de preços é a estratégia mais eficaz para economizar na compra de medicamentos. Assim, comparar valores entre diferentes farmácias pode resultar em economia significativa. Além disso, muitas redes disponibilizam aplicativos que facilitam essa comparação. Consequentemente, o consumidor pode encontrar o melhor custo-benefício sem sair de casa.

Os programas de fidelidade e descontos são opções valiosas para economizar. Portanto, vale a pena verificar se sua farmácia oferece esse tipo de benefício. Ademais, algumas redes possuem dias específicos com descontos especiais para determinados grupos. Assim, idosos, estudantes e outros públicos podem aproveitar condições mais vantajosas.

Enquanto isso, os medicamentos genéricos continuam sendo a alternativa mais econômica. Logo, sempre que possível, pergunte ao seu médico sobre essa opção. Além disso, o programa Farmácia Popular oferece remédios gratuitos ou com até 90% de desconto. Por conseguinte, pacientes com doenças crônicas devem verificar se seus tratamentos estão incluídos no programa.

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Ademais, algumas farmácias oferecem descontos para compras em maior quantidade. Portanto, pacientes de uso contínuo podem se beneficiar dessa prática. Contudo, é importante verificar a data de validade antes de adquirir grandes volumes. De fato, o desperdício por vencimento pode anular qualquer economia obtida no momento da compra.

O papel dos medicamentos genéricos na economia familiar

Primeiramente, os medicamentos genéricos representam uma economia média de 35% em relação aos de referência. Assim, sua importância no orçamento familiar é inquestionável. Além disso, estudos mostram que a qualidade dos genéricos é equivalente à dos remédios de marca. Consequentemente, o consumidor não precisa temer pela eficácia do tratamento.

A lei dos genéricos completou 25 anos em 2024 e transformou o mercado farmacêutico brasileiro. Portanto, hoje existem alternativas genéricas para a maioria dos medicamentos com patentes vencidas. Ademais, a concorrência entre fabricantes de genéricos mantém os preços mais baixos. Assim, mesmo com o reajuste anual, esses produtos continuam mais acessíveis.

Enquanto isso, muitos consumidores ainda têm dúvidas sobre a diferença entre genéricos e similares. Logo, é importante esclarecer que os genéricos passam pelos mesmos testes de bioequivalência dos medicamentos de referência. Além disso, sua identificação é facilitada pela tarja amarela com um “G” na embalagem. Por conseguinte, não há razão para desconfiança quanto à sua qualidade.

Porém, nem todos os medicamentos possuem versões genéricas disponíveis. De fato, remédios mais novos ou de alta complexidade frequentemente estão protegidos por patentes. No entanto, a cada ano, novas opções genéricas chegam ao mercado à medida que as patentes expiram. Contudo, esse processo pode levar décadas em alguns casos.

Direitos do consumidor na compra de medicamentos

Primeiramente, todo consumidor tem direito a informações claras sobre os preços dos medicamentos. Assim, as farmácias são obrigadas a manter listas atualizadas e acessíveis. Além disso, a nota fiscal deve discriminar corretamente o produto adquirido. Consequentemente, qualquer irregularidade pode ser contestada com base nesse documento.

O consumidor pode e deve denunciar cobranças acima do preço máximo permitido pela CMED. Portanto, é recomendável verificar esse valor no site da Anvisa quando houver dúvidas. Ademais, farmácias que praticam preços abusivos estão sujeitas a multas e outras penalidades. Assim, a fiscalização depende também da vigilância dos próprios consumidores.

Enquanto isso, a substituição de medicamentos de referência por genéricos é um direito garantido por lei. Logo, o farmacêutico pode sugerir a troca, desde que não haja restrição expressa na receita. Além disso, medicamentos controlados seguem regras específicas quanto à prescrição e dispensação. Por conseguinte, o consumidor deve estar atento a essas particularidades.

Ademais, produtos com defeitos ou próximos do vencimento podem ser devolvidos. Portanto, sempre verifique a embalagem e a data de validade antes de sair da farmácia. Contudo, uma vez aberta a embalagem, a troca se torna mais difícil. De fato, apenas em casos de problemas evidentes de fabricação a substituição é garantida nessas circunstâncias.

O futuro do mercado de medicamentos no Brasil

Primeiramente, o mercado de medicamentos no Brasil deve continuar crescendo nos próximos anos. Assim, projeções indicam um aumento anual entre 5% e 7% em volume de vendas. Além disso, o envelhecimento da população contribui para essa tendência. Consequentemente, a demanda por tratamentos para doenças crônicas aumentará significativamente.

A telemedicina e as receitas digitais estão transformando o acesso aos medicamentos. Portanto, essas inovações devem se consolidar e expandir nos próximos anos. Ademais, farmácias online ganham cada vez mais espaço no mercado. Assim, a concorrência se intensifica, o que pode beneficiar o consumidor com preços mais competitivos.

Enquanto isso, novas tecnologias de produção prometem reduzir custos a longo prazo. Logo, essa economia poderia ser repassada ao consumidor final. Além disso, avanços em biotecnologia estão criando medicamentos mais eficazes para condições antes intratáveis. Por conseguinte, o horizonte terapêutico se expande, mas traz desafios para o sistema de regulação de preços.

Porém, desafios persistem no setor farmacêutico brasileiro. De fato, a dependência de insumos importados continua sendo um ponto vulnerável. No entanto, iniciativas para fortalecer a produção nacional de matérias-primas farmacêuticas estão em andamento. Contudo, esse processo requer tempo e investimentos substanciais. Finalmente, o equilíbrio entre acesso, inovação e sustentabilidade econômica continuará sendo o grande desafio para o mercado de medicamentos nos próximos anos.

Perguntas frequentes 

Qual é o percentual máximo de aumento para os medicamentos? Primeiramente, o teto estabelecido pela CMED é de 5,06%. Contudo, o reajuste médio real deve ficar em torno de 3,48%, segundo projeções do setor farmacêutico.

Todos os medicamentos ficarão mais caros imediatamente? Absolutamente não. Portanto, muitos produtos manterão seus preços inalterados por semanas ou até meses. Além disso, os estoques já existentes nas farmácias geralmente são vendidos pelos preços antigos.

Como posso economizar na compra de medicamentos após o reajuste? Inicialmente, compare preços entre diferentes farmácias. Ademais, verifique programas de fidelidade e descontos. Enquanto isso, considere a opção de medicamentos genéricos, que são em média 35% mais baratos que os de referência.

O que fazer se uma farmácia cobrar acima do preço permitido? Primeiramente, verifique o preço máximo permitido no site da Anvisa. Em seguida, denuncie a irregularidade através do formulário digital disponível no site da agência. Consequentemente, a farmácia estará sujeita a multas e outras penalidades.

Quais medicamentos têm controle de preços mais rigoroso? Geralmente, os medicamentos considerados essenciais têm controle mais rigoroso. Assim, remédios para doenças como diabetes, hipertensão e asma frequentemente apresentam reajustes menores. Além disso, produtos incluídos no programa Farmácia Popular têm preços subsidiados ou são oferecidos gratuitamente.

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