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Usiminas registra forte crescimento na produção de aço em 2024, mas enfrenta pressão nas margens

A Usiminas alcançou em 2024 sua segunda maior produção de aço dos últimos dez anos, totalizando 3,2 milhões de toneladas, um aumento de 54% em comparação com 2023. O desempenho operacional positivo foi acompanhado por um crescimento de 6% no volume de vendas, mesmo em um cenário desafiador marcado pela forte presença de produtos importados no mercado brasileiro.
A produção de laminados nas unidades de Ipatinga e Cubatão também registrou expressivo crescimento, atingindo 4,4 milhões de toneladas, 8,5% superior ao ano anterior e o segundo maior volume desde 2015. No entanto, os resultados financeiros foram impactados pela pressão nos preços tanto no mercado interno quanto externo.
O lucro líquido da companhia recuou significativamente, passando de R$1,6 bilhão em 2023 para R$3 milhões em 2024. No último trimestre do ano, a empresa registrou prejuízo de R$177 milhões. O EBITDA Ajustado totalizou R$1,6 bilhão no ano, uma redução de 8% em relação a 2023, mantendo margem de 6%.
O cenário setorial mostrou crescimento na demanda aparente por aços planos no Brasil, que aumentou 10% em 2024, atingindo 15,7 milhões de toneladas – o maior nível desde 2013. Contudo, as importações continuaram em trajetória ascendente, com aumento de 10% no volume em 2024, alcançando 3,2 milhões de toneladas. Este volume representa 83% de todo o aço comercializado pela Usiminas no mercado brasileiro durante o ano.
Para 2025, as perspectivas da empresa incluem aumento no volume de vendas no mercado interno e melhoria no mix de produtos. Na área de mineração, a expectativa é de estabilidade nos volumes comercializados com melhora no EBITDA.