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Impacto climático atinge 90% dos cafeicultores em Minas Gerais, revela pesquisa

Uma extensa pesquisa realizada pelo Sistema Faemg Senar entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025 revelou um cenário preocupante para a cafeicultura mineira. O estudo, que envolveu 2.298 produtores participantes do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), identificou que aproximadamente 90% dos cafeicultores foram afetados por condições climáticas adversas.
O levantamento mostrou que 71% da área total cultivada pelos participantes sofreu impactos significativos. A região do Cerrado Mineiro emergiu como a mais prejudicada, com 89% das lavouras comprometidas. Em seguida, aparecem o Sul de Minas com 76% de área afetada, a Chapada de Minas com 66% e as Montanhas de Minas com 51%.
As principais adversidades climáticas registradas foram as elevadas temperaturas médias e o déficit hídrico. Esses fatores resultaram em graves consequências para as plantações, incluindo alta incidência de desfolha, aborto de folhas e comprometimento vegetativo, que devem impactar as safras de 2025 e 2026.
O Sistema Faemg Senar, através da Gerência de Agronegócio, já iniciou a segunda fase da pesquisa, que se concentrará na análise aprofundada dos dados de produção. Este novo estudo visa quantificar com maior precisão as possíveis reduções na safra e desenvolver estratégias para minimizar os impactos na produção cafeeira, setor fundamental para a economia agrícola de Minas Gerais.
A pesquisa destaca a importância do acompanhamento técnico oferecido pelo programa ATeG Café+Forte, que auxilia os produtores no enfrentamento dos desafios climáticos e na manutenção da sustentabilidade do setor cafeeiro mineiro.