O banco Central comunicou que houve um vazamento de Pix no total de 87.368 chaves Pix de clientes da Sumup Sociedade de Crédito Direto S.A. (Sumup SCD). Nesse sentido, este é o sétimo incidente desde novembro de 2020. O vazamento ocorreu entre 28 de setembro de 2023 e 16 de março de 2024. Ainda mais, o vazamento expôs informações como nome do usuário, CPF, instituição de relacionamento, agência e número da conta.
O vazamento foi atribuído a falhas pontuais nos sistemas da instituição de pagamento. O BC enfatizou que apenas dados cadastrais foram expostos, sem afetar a movimentação financeira. Nesse sentido, o BC complementa que as informações protegidas pelo sigilo bancário, como saldos e senhas, não foram comprometidas.
Embora o impacto para os clientes tenha sido considerado baixo, o BC decidiu comunicar o incidente em nome da transparência. Os afetados serão notificados exclusivamente através do aplicativo ou internet banking da instituição, e foram alertados a ignorar outras formas de comunicação, como chamadas telefônicas ou e-mails.
A exposição dos dados não implica necessariamente que todas as informações foram acessadas por terceiros, mas apenas que estavam visíveis por algum tempo. O caso será investigado e sanções podem ser aplicadas de acordo com a legislação, incluindo multas e até exclusão do sistema do Pix.
O histórico de vazamentos do Pix revela a recorrência desses incidentes desde sua criação. Em agosto de 2021, dados de 414,5 mil chaves Pix do Banese foram vazados, seguidos por vazamentos em outras instituições nos anos seguintes.
No entanto, é importante destacar que em todos esses casos, apenas informações cadastrais foram comprometidas, sem exposição de senhas ou saldos bancários. De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, o BC mantém uma página para que os cidadãos possam acompanhar incidentes relacionados ao Pix ou outros dados pessoais sob sua responsabilidade.
O Pix tem se consolidado como uma opção preferencial em relação às transferências tradicionais, TED e DOC, em pouco mais de dois anos de existência. Em 2021, as transações via Pix totalizaram 5,7 bilhões, mas em 2022 esse número ultrapassou os 11,7 bilhões, mais que dobrando nesse período.
Enquanto isso, as transferências por TED e DOC registraram uma queda de 29%, de acordo com a “Pesquisa de Tecnologia Bancária” divulgada pela Febraban. Rodrigo Mulinari, diretor do comitê de inovação e tecnologia da Febraban, destacou o crescimento sustentável do Pix desde o seu lançamento.
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