Bolsa de valores
Arena Corinthians pode ser vendida na bolsa de valores
O Corinthians está em negociações com a Caixa Econômica Federal para viabilizar a venda de uma parcela da Arena Corinthians (Neo Química Arena) por meio da bolsa de valores. O clube busca manter-se como acionista majoritário e controlador do estádio, mas pretende disponibilizar até 49% das cotas do empreendimento ao mercado.
Há meses, as conversas entre o clube e o banco estatal estão em andamento, com a assessoria da empresa KPMG nesse processo. O diretor financeiro do clube, Wesley Melo, entusiasta do projeto, destacou que o fundo do Corinthians, detentor integral da Arena, pode ser colocado no mercado. Nesse sentido, isso permitiria a aquisição de até 49% desse fundo por potenciais investidores.
Melo revelou que o projeto está avançado, apesar de a conclusão poder se estender além de 31 de dezembro. Ainda mais, poderá, inclusive, ficar para a próxima gestão em virtude da eleição presidencial iminente.
Modelos de negócio para venda a Arena Corinthians
Existem dois modelos de negócio em discussão atualmente. No primeiro cenário, um investidor financeiramente robusto faria um aporte significativo, adquirindo uma grande quantidade de cotas da Arena. Além disso, seria reservado uma porcentagem menor para negociação pública na bolsa de valores. Um caminho considerado mais viável. No segundo cenário, todas as cotas disponíveis, até 49% do total, seriam oferecidas a investidores na bolsa.
Os compradores dessas “ações” do estádio receberiam dividendos provenientes das receitas da Arena, como venda de ingressos, aluguel de espaços comerciais e realização de eventos. Wesley Melo esclareceu que a intenção não é uma “vaquinha”, mas sim transformar a Arena em um produto financeiro para que os torcedores possam investir e angariar recursos para negociar com a Caixa e liquidar o financiamento.
Com a negociação das cotas no mercado, qualquer pessoa cadastrada na B3, a bolsa de valores de São Paulo, teria a oportunidade de adquirir uma parte da Arena, incluindo torcedores de times rivais. O diretor do Corinthians até brincou, dizendo que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, seria bem-vinda como investidora, mostrando abertura inclusive para torcedores de outros clubes.