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Inflação no Brasil sobe mas fica abaixo do esperado

Filipe Andrade

Publicado

em

Inflação no Brasil sobe mas fica abaixo do esperado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado o indicador oficial da inflação no Brasil, apresentou um aumento de 0,23% em agosto. Nesse sentido, esse dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, dia 12.

Este aumento do indicador foi impulsionado principalmente pelo aumento no preço da energia elétrica residencial, que registrou um aumento de 4,59% no mês. Em junho, o IPCA tinha encerrado com um aumento de apenas 0,12%. No entanto, em agosto de 2022, o país tinha registrado uma deflação de 0,36%, como resultado da desoneração dos combustíveis.

Com essas variações, a inflação acumulada nos últimos 12 meses no país alcançou 4,61%, e no acumulado do ano, houve um aumento de 3,23%.

Entretanto, é importante ressaltar que, mesmo com essa trajetória ascendente, os números ficaram ligeiramente abaixo das projeções do mercado financeiro. Os dados apontavam uma alta de 0,29% para o mês, de acordo com a mediana das estimativas coletadas pelo Valor Data.

Energia teve maior impacto da inflação no Brasil

O IBGE destacou que seis dos nove grupos que compõem o IPCA registraram aumento. O grupo Habitação foi o que teve a maior alta, com 1,11%, principalmente devido ao aumento na energia elétrica residencial, que teve um impacto de 0,18 ponto percentual no índice geral.

Essa elevação nas contas de luz se deve ao fim da incorporação do bônus de Itaipu. Isso representou um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022. Esse bônus foi incorporado nas contas de luz de julho, mas deixou de existir em agosto.

Por outro lado, o grupo de Alimentação e Bebidas continua registrando quedas, com uma deflação de 0,85% em agosto, marcando o terceiro mês consecutivo de redução nos preços, principalmente devido aos preços dos alimentos em casa, que caíram 1,26% no mês.

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