Eike Batista realiza leilão bilionário nesta terça

O famoso empresário Eike Batista realiza leilão bilionário nesta terça de um lote de debêntures da Anglo American. Além disso, a empresa que adquiriu, em 2008, o projeto de mineração Minas-Rio, da mineradora MMX, que pertencia ao empresário Eike Batista.

Nesse sentido, o lance mínimo é de R$ 1,25 bilhão, dinheiro que seria suficiente para quitar boa parte dos débitos remanescentes. Ainda mais, esses títulos foram “descobertos” dentro do emaranhado de companhias criadas pelo empresário antes de sua derrocada.

Adicionalmente, o empresário informou este ano ter recebido oferta de quase R$ 2 bilhões pelos papéis.

Do mesmo modo, dois fundos internacionais, o Oaktree e o Vox Royalty, além do BTG Pactual estão na disputa para arrematar as debêntures.

Segundo informações, a audiência para abrir os envelopes será virtual, por meio da plataforma on-line do TJ-MG. Entretanto, caso ocorra empate de valores, é possível que aconteça um novo pregão com disputa em viva voz, lance a lance.

Eike Batista e suas dívidas

As maiores dívidas conhecidas de Batista totalizam cerca de R$ 2 bilhões, sendo algo perde de R$ 800 milhões do acordo de delação fechado no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Operação Lava Jato e cerca de R$ 1,2 bilhão da falência da MMX.

Há ainda uma grande incerteza em relação ao passivo tributário. A União cobra R$ 3,5 bilhões da MMX, mas esse débito é passível de recurso e não tem prazo para ser pago.

Eike Batista deixou um rastro de dívidas bilionárias, mesmo que se pondere que alguns negócios deram certo, nas mãos de outros donos.

Com isso, do auge quando chegou, em 2012, a ser considerado a sétima pessoa mais rica do mundo, com fortuna avaliada em mais de US$ 34 bilhões ao fundo do poço após virar alvo da Operação Lava Jato. além de ser condenado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e manipulação de mercado, ser preso e firmar acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Outro empresário famoso que recentemente teve falência decretada foi o mineiro Ricardo Nunes, antigo dono da varejista Ricardo Eletro.

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