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Magazine Luiza quer comprar a Dafiti?
A Magazine Luiza quer comprar a Dafiti, um dos maiores e-commerces de varejo de moda do país. O processo de negociação está em curso, conforme informado pela coluna de Anselmo Gois no Jornal o Globo.
A eventual aquisição seria uma das maiores operações de M&A dos últimos anos no varejo brasileiro. Estima-se que o valor da Dafiti gire em torno de R$ 8 bilhões.
Números da Dafiti
O faturamento da Dafiti em 2020 foi de R$ 3,4 bilhões, 31% maior que o registrado em 2019. Fundada em 2011 em São Paulo, a Dafiti detém as lojas virtuais Dafiti, Kanui e Tricae, atua em cerca de quatro países e conta com cinco centros de distribuição e mais de 2,8 mil funcionários.
Aquisição da Netshoes em 2019
Essa não seria a primeira grande compra da Magazine Luiza no varejo digital de moda. Em 2019, a companhia comprou a Netshoes, então uma das maiores lojas online do país, por US$ 62 milhões.
Na época da compra, a Netshoes estava no negativo, tendo dobrado seu prejuízo em 2018 para R$ 170 milhões. A Dafiti não divulga sua lucratividade, mas tem apresentado números robustos de crescimento.
Aquisições da Magazine Luiza nos últimos anos
A Magazine Luiza vem embalada nos últimos anos, nos quais fez grandes aquisições e ampliou muito as suas vendas pela Internet. Do início de 2020 para cá, foram 21 aquisições, sendo a mais recente delas, a compra do site Kabum, por R$ 3,5 bilhões.
Atualmente, o mercado vem noticiando que a Magazine Luiza quer comprar a Dafiti.
Queda no preço das ações
Porém, a companhia deu sinais de desaceleração nos últimos meses.
Em 2021, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) tiveram uma queda de aproximadamente 70% no preço da cotação, o pior desempenho das empresas do setor do varejo na bolsa.
O lucro líquido do Magazine Luiza teve queda de 57,6% no quarto trimestre de 2021, para R$ 93 milhões. No consolidado do ano, porém, a varejista viu o lucro crescer 50,8%, para R$ 590,7 milhões.
Já a receita líquida encolheu 6,6% na base anual, para R$ 9,4 bilhões. No acumulado de 2021, o indicador somou R$ 42,98 bilhões, avanço de 19% no comparativo com 2020.