Um estudo da Anbima, em parceria com a Goldenberg Diversidade, revelou dados sobre políticas de diversidade nos setores de bancos e finanças do país. Foram ouvidas 94 instituições entre bancos, conglomerados, plataformas de investimento e assets. O estudo mostrou que 76% consideram diversidade tema importante para justiça social, mas apenas 37% são considerados engajados no tema.
As instituições foram avaliadas com relação a própria percepção sobre o tema, o cenário atual de ações práticas e a maturidade de desenvolvimento do assunto nas empresas. Embora a maioria perceba o assunto como importante, apenas 16% das empresas contatadas possui projetos práticos para o desenvolvimento de políticas de diversidade.
O estudo mostrou ainda que, dos grupos analisados, bancos de atacado e conglomerados são os mais preocupados com a diversidade. Segundo o relatório, isso ocorre pois ambos possuem alto grau de diversidade em seus quadros, que também contam com mais funcionários. Assets e plataformas de investimento são os mais resistentes a programas do tipo.
O estudo também observou que a isonomia salarial é o foco da maioria das políticas internas de diversidade. Cerca de 80% das instituições que responderam a pesquisa a promovem de alguma maneira.
No entanto, de acordo com os dados, as instituições e respondentes da pesquisa não possuem metas ou modos de avaliar a melhora em seus quadros.
“Pelo menos a metade dos respondentes conta com um compromisso institucional ou uma política para o tema, mas só um quarto delineou metas e objetivos, e pouco mais de um terço já definiu indicadores que permitam um acompanhamento regular dos avanços alcançados” informam.
A isonomia salarial é a equidade de pagamento entre os profissionais da área, considerando cargo, tempo de casa e atribuições. Quanto maior for a isonomia salarial, mais pessoas receberão equivalente a esses fatores, e não a gênero, orientação sexual, etnia ou qualquer outro aspecto.
As mulheres são objetivo de 100% das instituições que possuem alguma política de inclusão, seguidas de políticas étnico-raciais (80%), inclusão de PCD’s (66%), LGBTQIA+ (58%) e multigerações (33%). No entanto, o foco das ações é na promoção interna e não em contratação – políticas de desenvolvimento de talentos giram em torno de 82%, enquanto campanhas de atração e contratação aparecem em menos da metade das instituições estudadas.
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