Educação Financeira

Top 10 influenciadores de finanças indicados por estudo do IBPAD

Em março o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), junto à Anbima, publicaram um estudo destacando os top 10 influenciadores de finanças nas redes sociais. Esta é a segunda edição do estudo, que começou em dezembro de 2021. O objetivo é monitorar a atividade de divulgação de informações financeiras, uma vez que o mercado de ações possui regulação rígida sobre o fluxo de informações e sugestões de compras.

O estudo avaliou 277 influenciadores divididos em 612 perfis nas redes Twitter, Instagram, Youtube e Facebook. Segundo a instituição, o volume de perfis que consomem o conteúdo aumentou 23% da primeira versão para a mais recente, impactando 91,5 milhões de usuários. Foram analisadas as interações em mais de 405 mil publicações no intervalo de 11 meses, entre fevereiro e dezembro de 2021.

Top 10 influenciadores

Para analisar quem seriam os top 10 influenciadores de finanças, o IBPAD avaliou o desempenho de engajamento do influenciador em uma média comparada. Segundo o estudo, foram analisados fatores de alcance, interações do público e volume de publicações em cada rede social. Confira agora quem são os 10 produtores de conteúdo com maior influência nas redes sociais:

  1. Economista Sincero
  2. Nathalia Arcuri
  3. Bruno Perini – você MAIS rico
  4. Me Poupe!
  5. O Primo Rico
  6. Gustavo Cerbasi
  7. Tiago Guitián Reis
  8. Ports Trader
  9. Café com Ferri
  10. Nath Finanças

Influenciadores com interesses

No entanto, nem todos os influenciadores são isentos quando apresentam seus dados. Enquanto comentários sobre moedas e ações são os que recebem mais atenção, muitos deles são diretamente vinculados ou já fizeram campanhas publicitárias para casas de análise ou corretoras.

Os resultados mostram que 17% dos influenciadores monitorados já tiveram algum tipo de relação profissional com instituições do mercado até dezembro de 2021. Nesse mês, 47 deles mantinham parcerias ativas, frente a 41 em abril de 2021, na primeira versão do relatório. É importante destacar que as parcerias acontecem de diversas formas: algumas podem ser duradouras, com o criador de conteúdo “vestindo a camisa” da instituição, enquanto outras podem ser pontuais, válidas apenas por uma campanha publicitária específica, por exemplo.

FInfluence, 2ª edição

A Anbima mantém os analistas certificados sob olhar cuidadoso. A regulação do órgão só permite que analistas que possuam o certificado CNPI realizem publicações ou indicações de compras de ações. Muitos influenciadores e produtores de conteúdo acrescentam na descrição de suas publicações ou imagens a observação “isso não é recomendação de compra” para fugir dessa restrição.

Além disso, embora possam fazer recomendações, os analistas CNPI precisam aguardar um intervalo de tempo ao emitirem pareceres. Se um analista indica o ativo VALE3, por exemplo, ele não poderia comprar as ações no intervalo de 30 dias antes e 5 dias depois da indicação. O mesmo vale para promoção de ganhos – que não podem ser feitos de nenhuma forma.

Principal rede social é o Twitter

Embora quase todos os influenciadores possuam diversas redes sociais, o Twitter sai na frente em volume de publicações, engajamento e presença de perfis. A rede social atrai a maior parte do público, e muitos influenciadores reciclam o conteúdo em outras plataformas. Por isso a presença da rede é considerada a mais indicada para informações sobre finanças.

Por outro lado, a rede também possui um limite de caracteres que impede conteúdo aprofundado. Muitos influenciadores publicam threads, isto é, sequências de tweets que, juntos, contam uma história. Esse mesmo conteúdo é então recortado e inserido em outras redes sociais, como Instagram e Facebook.

Já o Youtube, outra rede com grande volume de acessos, é mais “centrado” nos tópicos. O estudo observou que dificilmente um vídeo vai fugir do assunto central da análise. Isso faz com que a rede seja boa o consumo de informações ágeis, como por exemplo balanços de empresas e comparação entre ativos.

Moedas, ações e criptoativos são foco de conteúdo

Além disso, os principais ativos identificados como “foco” para o consumidor de informação foram, respectivamente, as moedas, as ações e os criptoativos. Eles correspondem a 37% do total de produtos comentados pela rede de influenciadores. A oscilação do dólar nos últimos dias, assim como as quedas sucessivas das bolsas mundiais – devido a pandemia de covid-10 e a Guerra na Ucrânia – aumentaram o interesse por informação de ativos de alta volatilidade.

Filipe Andrade

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