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Bolsa de valores

Confira as 10 ações da bolsa recomendadas em junho

Veja quais foram as 10 ações para longo prazo, recomendadas pela XP no mês de junho

Filipe Andrade

Publicado

em

XP Investimentos

Após um primeiro trimestre de muita volatilidade em 2021, a XP atualizou sua carteira de longo prazo para o mês de junho de 2021.

De acordo com a casa, essa carteira é composta pelas 10 melhores ações para investir que possam performar acima do Ibovespa no horizonte de longo prazo.

No entanto, mudanças mensais podem ocorrer em virtude do cenário macroeconômico. Apesar de ser uma carteira focada para um investidor de longo prazo, ajustes são necessários para quem deseja acompanhar as teses de investimento da XP.

Os ativos recomendados para o mês de junho

B3 (B3SA3)

Brasil, Bolsa, Balcão é a empresa que regula e fornece segurança e agilidade para investidores. De acordo com a XP, as ações da B3 performaram abaixo do Ibovespa no mês de maio, dado o tom de aperto monetário do Banco Central. No entanto, o número de investidores ativos seguiu crescendo 3,5% mensalmente e 54,2% anualmente, atingindo 3,7 milhões de investidores. (10% do percentual da carteira)

Bradesco (BBDC4)

Durante o mês de maio, as ações do Bradesco performaram acima do índice Ibovespa impulsionado principalmente pelo tom aperto monetário sofrido no mercado na segunda quinzena do mês. Com isso, a casa mantém a recomendação de compra baseado em: i) fonte de receitas diversificada e defendida, contando com a maior seguradora e um dos maiores bancos de investimentos do Brasil; ii) grande potencial de ganho de eficiência com redução da operação física e digitalização do banco; e iii) valuation atrativo. (10% do percentual da carteira)

Marfrig (MRFG3)

A empresa anunciou em 21 de maio que adquiriu 24,23% das ações da BRF, não divulgando planos de uma possível fusão futura, apenas afirmando que estava adquirindo participação em uma empresa líder em aves e suínos. Devido a este dispêndio de capital, e às preocupações desta movimentação afetando seus planos de desalavancagem, as cotações das ações sofreram nos dias seguintes ao anúncio. Apesar das inúmeras incertezas e caminhos alternativos com essa possível fusão, até o momento nada mudou e a casa segue otimista com o setor de carne bovina nos EUA, que responde por cerca de 80% da receita da empresa. (10% do percentual da carteira)

Localiza (RENT3)

O desempenho mais fraco das ações da Localiza em relação ao Ibovespa em maio (-3% vs. +6% do IBOV) se deve a dois fatores principais: (i) aumento da preferência relativa por Unidas entre os investidores após a empresa apresentar bons resultados no 1T21 no início de maio; (ii) desempenho estável dos rendimentos dos títulos do governo de longo prazo, que consideramos altamente correlacionados com as ações da Localiza. Além disso, o CADE publicou oficialmente uma atualização sobre o processo de proposta de fusão da Localiza-Unidas, que aparenta ter sido neutro para o desempenho das ações do setor. (5% do percentual da carteira)

Klabin (KLBN11)

A performance negativa das ações da Klabin no mês se deu pelos resultados do primeiro trimestre de 2021 mais fracos do que o esperado e impulsionados pela queda do dólar. Esse cenário negativo mais do que compensou a leve alta nos preços de celulose e os números ainda fortes de vendas de papelão ondulado no Brasil. Do lado positivo, a Klabin também foi beneficiada depois que o BNDES vendeu o restante de sua participação na empresa – o que encerrou um balanço importante para o estoque. Para o futuro, os papéis para embalagens e papelão ondulado continuarão a se beneficiar do e-commerce no Brasil e a casa mantém sua visão positiva para os preços da celulose devido à forte demanda da China. (10% do percentual da carteira)

Multiplan (MULT3)

A XP vê o período mais desafiador da pandemia no passado. Após as autoridades terem afrouxado as recentes restrições das atividades comerciais e o progresso das vacinações no país. A Multiplan é a preferida da XP no setor em razão da combinação de: i) portfólio de shoppings premiums e dominantes, que devem recuperar mais rapidamente do que a média da indústria após a recente reabertura dos shoppings; ii) valuation atrativo dado que ela está negociando a um FFO Yield de 5,9% para 2022, spread de 165 bps para a NTN-B 2035. (10% do percentual da carteira)

NotreDame Intermédica (GNDI3)

O desempenho positivo durante o mês de maio reflete a visão otimista do mercado em relação à fusão com a Hapvida, que deverá criar sinergias importantes. A XP também acredita que a pressão de curto prazo sobre os resultados é transitória e não estrutural, e reflete uma demanda reprimida por procedimentos eletivos e taxas de ocupação mais altas relacionadas à Covid-19. Adicionalmente, as margens devem voltar ao nível “normal” no segundo semestre. Finalmente, a casa está otimista sobre as perspectivas de crescimento da empresa com uma maior consolidação do mercado de forma orgânica e inorgânica, e isso combinado com a possível fusão com a Hapvida agrega ainda mais valor a uma história já convincente. (10% do percentual da carteira)

Vale (VALE3)

A XP atribui a performance levemente negativa das ações da Vale em relação ao Ibovespa à forte volatilidade nos preços do minério de ferro (US$190/t; estável no mês) e queda no dólar. A commodity atingiu seu maior recorde de US$237/t em 12 de maio, mas despencou depois que a Dalian Commodity Exchange e a Shanghai Futures Exchange da China se comprometeram a fortalecer a supervisão e punir violações de negociações não especificadas. Ambas as bolsas agiram para aumentar as exigências de margem para alguns contratos futuros de aço e minério de ferro. Além disso, os preços do minério de ferro também foram afetados por uma possível desaceleração na produção de aço bruto na China, como resultado de advertências emitidas pelas autoridades para conter os aumentos de preços “irracionais”. A casa mantém a recomendação de compra pela forte geração de caixa, apesar da queda do minério de ferro. Adiante, esperamos um retorno de dividendos anualizado de 7% em 2021. (15% do percentual da carteira)

Lojas Americana (LAME4)

O desempenho fraco e abaixo do Ibovespa para as ações de Lojas Americanas no mês de maio pode ser atribuído devido ao ambiente competitivo desafiador no segmento de ecommerce, continuidade do movimento de rotação para ações de valor e a alta de juros das Treasuries de 10 anos nos EUA. Mantemos LAME4 como nossa preferência no setor, com recomendação de Compra e preço-alvo de R$36,0 para o final de 2021 por vermos a empresa bem posicionada para se tornar um ecossistema multicanal, além de estar negociando a um múltiplo atrativo, de 0,8 EV/GMV de 2021e. Por fim, a XP destaca que a fusão da empresa com a B2W (BTOW3), cuja a aprovação está prevista para o dia 10 de junho, poderá ser um catalisador para ação no próximo mês. (10% do percentual da carteira)

Assaí (ASAI3)

A XP destaca as ações da companhia como sua preferida no setor de supermercados, por conta de um valuation muito atrativo, atualmente negociando em ~18x P/L 2021e, dinâmica de curto prazo ainda positiva com consumo em casa ainda sendo uma realidade, enquanto a flexibilização das restrições de circulação devem fomentar a demanda do canal B2B (bares, restaurantes, transformadores) e impulsionar as vendas do formato de atacarejo, além de enxergar muito potencial de crescimento orgânico a ser entregue. Além disso, vemos o setor de supermercados bem posicionado e até beneficiado frente a uma perspectiva de inflação maior. (10% do percentual da carteira)

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