Mercado
Ibovespa sobe e dólar registra sua mínima desde o início do ano
Mercado de ações brasileiro ignora quedas mundiais e sobe 0,87%; dólar volta ao patamar de R$5,22.
Nesta terça-feira (11/05) a inflação foi a pauta que gerou preocupação nos investidores. Em alta, o Ibovespa encostou nos 123 mil pontos e o dólar seguiu em queda, registrando sua cotação mínima desde o início do ano. O IPCA registrado para o mês de abril fechou em 0,31% de alta, relativamente, em linha com as estimativas do mercado.
Apesar da inflação ter ficado em linha com as projeções, investidores seguem cautelosos em relação ao possível descontrole na alta de preços quando a atividade econômica se normalizar.
A inflação também seguiu como a principal pauta no mercado americano.
Se por um lado o presidente do Banco Central Americano mantém seu discurso de manutenção de estímulos até a economia se recuperar por completo da epidemia, os principais agentes do mercado temem que as fortes injeções de capital poderão causar uma inflação acima da meta de 2,5% no país.
Com isso, um dos principais índice de ações nos EUA (S&P500) sofreu queda de 0,87%.
Puxado também pelo pessimismo sobre uma possível inflação mais alta do que a prevista, o principal índice europeu (EURO STOXX) encerrou o dia no negativo, em quase -2%.
De forma simplificada, uma inflação mais alta poderá “forçar” os bancos centrais a diminuírem seus estímulos antes do previsto e aumentarem as taxas de juros mundiais.
Nesse caso, empresas terão um custo de dívida mais alto e maiores taxas de desconto em seus processos de avaliação.
Consequentemente, taxas de juros mais altas diminuirão o valor das empresas calculados por analistas e investidores e isso poderá gerar impactos negativos nos preços das ações negociadas nas bolsas.
No dia de hoje (12/05), os mercados europeus operam em direções mistas, com o EURO STOXX em leve queda, de 0,1%, às 06:00.
Já os futuros americanos permanecem em baixa, com destaque para NASDAQ, que apresenta -0,48% de queda.
Atenção ao índice VIX, considerado como o índice do medo por investidores, que sobe quase 5%. O indicador aponta para mais um dia de alta volatilidade nesta manhã.