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Setor financeiro ameniza queda de outras empresas e Ibovespa sobe 0,27%

Primeira semana de maio inicia volátil no mercado de ações brasileiro, com investidores atentos aos números do COVID, reunião do COPOM, indicadores econômicos mundiais e resultados corporativos.

Filipe Andrade

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Nesta segunda-feira (03/05), os grandes bancos seguraram em parte as oscilações de outras empresas do índice, com destaque positivo para Bradesco (BBDC4), que subiu 2,97% e Itaú (ITUB4), com 1,40% de alta.

Com isso, o Ibov fechou em alta de 0,27% a 119.209 pontos.

Adicionalmente, os resultados do primeiro trimestre do Itaú (ITUB4) vieram acima das expectativas do mercado, após o encerramento da sessão, com lucro de 6,3 bi de reais (crescimento de 63% contra o mesmo período em 2020).

Nos EUA, os mercados fecharam em direções mistas, enquanto o S&P500 obteve alta de 0,27%; o índice NASDAQ caiu 0,48%.

Sem fazer muito preço nos ativos americanos, a fala de Jerome Powell (presidente do Banco Central Americano) permaneceu “dovish” (expansionista), reforçando a necessidade de manter estímulos para a economia e com menor preocupação sobre uma possível alta da inflação.

Ainda em seu discurso, Powell mencionou que a maior economia do mundo não está fora de perigo e a crise do COVID impactou, principalmente, as classes de poder aquisitivo mais baixas no país.

Já o dólar obteve queda de 0,44% contra o real, chegando a R$5,42.

Voltando ao mercado de ações, ainda há dúvidas se o ditado “sell in May and go away” vai se concretizar no ano de 2021, no entanto, pelo menos no Brasil, teremos algumas notícias que poderão causar fortes volatilidades durante o mês.

O ditado de “vender ações no mês de maio e ir embora” vêm das médias negativas que os mercados de ações americanos obtiveram no passado. Contudo, assim como rentabilidades passadas não são garantias de lucros futuros, o mesmo racional serve para quedas históricas.

No ano de 2020, por exemplo, maio (pouco depois do início da pandemia) foi um dos meses positivos para o mercado e investidores que seguiram esse ditado “perderam”, aproximadamente, 5% de alta no S&P500.

Com isso, para que tenhamos um mês de maio positivo, espera-se uma queda nos casos de COVID alinhada à uma aceleração no processo de vacinação no Brasil.

Enquanto os países mais desenvolvidos vêm mostrando melhoras em relação à pandemia, regiões mais pobres sofrem seus piores momentos. Nesse sentido, o Brasil busca novas doses de vacinas, aprovadas pela ANVISA, para amenizar a segunda onda da pandemia.

Outros pontos que vão testar o mercado brasileiro neste mês incluem os primeiros desdobramentos da CPI da COVID (uma vez que uma crise política pode desacelerar o mercado), a bateria de resultados corporativos nessas próximas semanas, os indicadores de atividade econômica mundiais (que, se positivos, podem aumentar as exportações brasileiras), o andamento da Reforma Tributária (que poderá gerar maior credibilidade do Brasil) e como o Banco Central irá tratar a situação de alta inflação, baixa atividade econômica e dívida superando o PIB.

No dia de hoje, as 7:30, os mercados internacionais amanhecem, mistos, com ponta negativa para os EUA e números mais positivos para Europa:

  • S&P500 com -0,10%
  • NASDAQ com -0,35%
  • DJIA com +0,06%
  • EURO STOXX com +0,19%
  • FTSE (Reino Unido) com +0,71%
  • DAX (Alemanha) com -0,19%

Destaque para o índice da atividade industrial no Reino Unido, que veio a 2a maior da história.

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