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Ibovespa teve queda de 0,51%, puxado por YDUQ3, AZUL4 e TOTS3
Na semana, bolsa acumulada caiu 2,1%, revertendo tendência de alta e mirando em topo anterior de 115.9 pontos.
O movimento do Ibovespa fechou a semana, que encerra as atividades da bolsa na quinta-feira (14/04) devido ao feriado, nos 116 pontos. A queda foi motivada, dentre outros fatores, pelo desempenho de Yduqs (YDUQ3), Azul (AZUL4) e Totvs (TOTS3), enquanto setor de energia e petróleo viu nova alta. Além deles, outro fator que impulsionou queda do índice foi o preço do dólar – a moeda subiu aos R$ 4,71 com aumento do juros americano.
O Ibovespa experimentou altas desde o começo do ano, porém o avanço do ano e a iminência das eleições voltam a apresentar correção aos índices da bolsa. Enquanto isso, o movimento é lido como uma correção pela análise técnica, a partir do qual pode-se mirar um novo alvo. Caso o topo anterior – os 115.9 pontos – seja rompido para baixo, será sinal de tendência de baixo. Caso volte a superar o topo anterior – os 121.5 pontos – confirmará uma nova tendência de alta.
Maiores quedas do Ibovespa
Entre as maiores quedas do Ibovespa, a Yduqs (YDUQ3), a Azul (AZUL4) e a Totvs (TOTS3) se destacaram, com perdas, respectivamente, de 6,6%, 5,4% e 3,5% após o leilão de fechamento. Ativos de risco e atrelados ao dólar, que experimentou alta nesta semana, tiveram queda em geral.
Entretanto, a TOTVS (TOTS3) teve uma queda que corresponde a realização de lucros de traders. O anúncio de uma JV entre Itaú (ITUB3) e TOTVS provocou alta ao longo da semana, portanto, há uma força vendedora no mercado. Por outro lado, o ativo teve uma valorização de 27,27% desde o começo do ano.
Aumento da taxa de juros americana também contribui para queda do Ibovespa
Além do movimento das ações nacionais, o aporte de investidores estrangeiros também afetou o movimento da bolsa. O Federal Reserve, principal banco dos Estados Unidos, elevou a taxa de juros nacional. O valor, anteriormente em 0,25% ao ano para títulos públicos, dobrou para 0,5%. Ademais, o aumento é o primeiro desde 2018.
O aumento da taxa de juros torna investimentos no país mais atrativos, enquanto há registro de queda no comércio e empregabilidade no país. Logo, investidores de risco e fundos de investimento internacionais tendem a sair da bolsa brasileira e buscar os juros em países mais estáveis. Ativos de risco no Brasil são os principais prejudicados nesse movimento.