Empresas de varejo tem faturamento de R$ 1,3 trilhão. Veja ranking

Empresas de varejo registraram um faturamento recorde em 2024 e mostraram a força do setor mesmo diante de juros elevados e desafios operacionais.

Logo no início do ano, novos dados revelaram que o varejo ampliou sua presença econômica e manteve grande relevância em diversas regiões do país.

Crescimento das empresas de varejo e números do setor

Para começar, o Ranking Top 300 do Varejo Brasileiro mostrou que as 300 maiores empresas atingiram R$ 1,3 trilhão em faturamento.

Além disso, o aumento foi de 9,8% em relação ao ano anterior. Esse percentual superou a média nacional, que cresceu 8,2% conforme a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.

Além disso, o levantamento considerou apenas vendas de produtos próprios, deixando de fora marketplaces como o Mercado Livre, que atuam majoritariamente com produtos de terceiros.

Portanto, o ranking evidencia o desempenho real das empresas que dependem diretamente de seus estoques.

Principais empresas de varejo em destaque

Em seguida, o ranking revelou os líderes da lista e reforçou o domínio de grandes grupos. Entre eles estão Grupo Carrefour Brasil, Assaí, Magazine Luiza, RD Saúde e Grupo Boticário.

Além disso, essas gigantes somaram R$ 325,9 bilhões em vendas de estoque próprio em 2024.

Como resultado, elas representaram cerca de 26% de todo o faturamento da lista, demonstrando forte concentração de mercado entre os maiores players.

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Impactos da Selic nas empresas de varejo

Por outro lado, o setor enfrentou desafios importantes no segundo semestre de 2024. Isso aconteceu devido ao aumento da taxa Selic, que encareceu financiamentos e reduziu a expansão das redes.

Além disso, o CEO do Carrefour, Stephane Maquaire, destacou que a empresa gastou mais de R$ 2 bilhões por ano somente com juros.

Portanto, o impacto foi direto nos planos de crescimento. Segundo ele, deixar de abrir cerca de 30 lojas do Atacadão se tornou inevitável, já que cada unidade exige investimentos entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões.

Ainda assim, varejistas regionais apresentaram resultados expressivos. Pague Menos, por exemplo, teve desempenho acima da média nacional ao entender profundamente o perfil dos consumidores do Nordeste, onde concentra 70% das lojas.

Inovação tecnológica e inteligência artificial no varejo

Além disso, o estudo mostrou que 68 das 300 maiores empresas desenvolveram projetos de inteligência artificial.

Essa tendência segue o movimento global observado na NRF 2025, maior feira de varejo do mundo.

Também no Brasil, grandes redes estão usando IA para reduzir perdas e controlar furtos, que geram R$ 10 bilhões de prejuízo por ano, segundo estudo da KPMG para a Abrappe.

Além disso, redes de moda como Renner e C&A passaram a aplicar IA para criar coleções sob demanda.

Essa estratégia reduz estoques, aumenta rentabilidade e segue modelos usados por empresas internacionais como a Shein.

Geração de empregos e expansão do mercado

Adicionalmente, o setor varejista segue como um grande gerador de empregos no país. As maiores companhias mantêm 80.638 pontos de venda e empregam 1,7 milhão de pessoas.

Além disso, três quartos das empresas já operam com e-commerce, reforçando a digitalização do setor.

Também quase um terço das companhias vende por WhatsApp, ampliando canais de atendimento e facilitando a experiência dos consumidores.

Por fim, 200 das 300 empresas faturam mais de R$ 1 bilhão por ano, prova da força e do impacto econômico do varejo brasileiro.

Perguntas frequentes