Mercado
Morar de aluguel: Censo revela recorde no Brasil. Saiba qual
No Brasil, morar de aluguel se tornou uma realidade cada vez mais comum e cresce em ritmo acelerado.
Esses dados recentes mostram que o mercado está mudando, e milhões de famílias já sentem os impactos dessa transformação.
O novo levantamento do IBGE revelou um cenário que surpreende especialistas e reforça a necessidade de entender por que tantos brasileiros estão preferindo o aluguel em vez da casa própria.
Por que o número de pessoas que preferem morar de aluguel cresce tanto?
Antes de tudo, o IBGE mostrou que o percentual de lares alugados saltou de 22,3% em 2023 para 23% em 2024, o maior nível desde 2016.
Esse crescimento contínuo indica uma mudança de comportamento no país, impulsionada por fatores econômicos e demográficos.
Além disso, o número total de imóveis alugados alcançou 17,8 milhões, abrigando 46,5 milhões de pessoas.
Consequentemente, essa quantidade de moradores supera até a população de São Paulo, o estado mais populoso do país.
Esses dados revelam que mais brasileiros estão migrando para áreas urbanas, onde o aluguel se torna a opção mais prática.
O que explica a redução dos lares próprios?
Primeiramente, os domicílios próprios e quitados caíram de 62,5% para 61,6% em apenas um ano. Essa queda marca o menor nível de toda a série histórica.
Esse movimento preocupa especialistas, pois indica menos acesso a financiamentos e programas habitacionais.
Além disso, os lares próprios ainda em pagamento ficaram estagnados, mantendo 6% do total. Embora o volume pareça estável, a diminuição contínua desde 2016 revela dificuldades crescentes para quem busca financiar a casa própria.
Segundo o pesquisador William Kratochwill, do IBGE, falta política pública voltada para aquisição de imóveis, e isso empurra milhares de famílias para o aluguel.
Ele explicou que, sem oportunidades reais de compra, a independência financeira acontece primeiro através do aluguel.
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Regiões onde morar de aluguel é mais comum no Brasil
Sobretudo, o Centro-Oeste lidera com 29,8% dos moradores vivendo em imóveis alugados, influenciado pela força do agronegócio e pela migração constante de trabalhadores.
Enquanto isso, o Norte registra a menor taxa, com apenas 15,3%, reforçando um perfil habitacional diferente, mais rural e com maior presença de moradias próprias.
Já o Sudeste e o Sul seguem estáveis, mas também com crescimento gradual do mercado de locação.
Apartamentos ganham espaço e mudam o perfil das moradias
Além disso, os apartamentos atingiram 15,3% das moradias em 2024, ultrapassando pela primeira vez o patamar de 15%. Esse avanço confirma o processo de urbanização intensa nas grandes cidades brasileiras.
Entretanto, as casas perderam participação e caíram para 84,5%, atingindo o menor nível da série histórica.
O IBGE aponta que essa mudança está ligada à busca por segurança, mobilidade urbana e infraestrutura dentro dos condomínios.
Além disso, morar em apartamentos oferece proximidade com serviços, transporte e trabalho, fatores decisivos em centros urbanos com alto fluxo de moradores.
O que esses dados significam para o futuro de quem deseja morar de aluguel?
Por fim, entender o crescimento de quem decide morar de aluguel ajuda a antecipar tendências importantes.
Esses dados mostram um Brasil que passa por mudanças econômicas e demográficas, e o aluguel se destaca como alternativa estratégica para muitos.
Além disso, o mercado imobiliário tende a se adaptar a essa nova demanda, criando mais opções de moradias urbanas, condomínios compactos, prédios modernos e contratos flexíveis.
Portanto, quem escolhe esse caminho pode encontrar mais vantagens nos próximos anos, desde melhor localização até mais segurança e mobilidade.
Em resumo, o Brasil vive uma transformação histórica no modo de habitar. E entender esse movimento é fundamental para fazer escolhas mais seguras e inteligentes em relação ao lar.
Perguntas frequentes
O aumento ocorre porque comprar imóvel ficou caro, faltam políticas habitacionais e muitas pessoas buscam independência sem assumir longas dívidas.
O IBGE registrou 46,5 milhões de pessoas, número recorde e maior que toda a população do estado de São Paulo.
O Centro-Oeste lidera, com 29,8% dos moradores vivendo em imóveis alugados por causa da migração e do agronegócio.
Sim, o percentual caiu para 61,6%, o menor da série histórica, indicando dificuldade crescente para financiar imóveis.
A busca por segurança, praticidade, lazer e proximidade de serviços faz os condomínios crescerem nas cidades, substituindo muitas casas tradicionais.