Saiba as principais notícias do Mercado Hoje 14-11-2025 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Bolsas em baixa. Commodities mistas. Cautela com Fed e China afeta mercados. Atualizamos e mantemos compra em AURA (+). Wrap-up e insights dos resultados de Tecnologia nos EUA (+). Resultados do 3T25: CMIG (-), IRBR (-), JBSS (+), EZTC (+), ROXO (+), RENT (+) e ORVR (+). Confira!
Fechamento dia anterior
Ibovespa: 157.162 (-0,30%)
S&P: 6.737 (-1,66%)
Dólar Futuro: R$5,31 (-0,11%)
O Ibovespa apresentou leve queda de -0,30% no último pregão, cotado a 157.162 pontos. O ativo apresenta tendência de alta no médio e curto prazo. A primeira resistência fica em 158.500 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 146.500. O próximo fica na faixa de 140.700 pontos.
O Dólar Futuro apresentou leve queda de 0,11% no último pregão, cotado a 5.308,50 pontos. O ativo apresenta tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.225 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.135. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.360 e a segunda em 5.445.
Exterior
Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam em baixa com cautela sobre a trajetória dos juros nos EUA após comentários de dirigentes do Fed reduzirem as apostas de corte em dezembro. Na China, houve desaceleração maior que a esperada na atividade no início do quarto trimestre, vinda principalmente da queda nos investimentos e menor ritmo da produção industrial. O minério de ferro opera estável e o petróleo sobe com risco à oferta russa após ataque ucraniano a um porto e com novas sanções dos EUA compensando os temores de excesso de oferta.
Doméstico
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, o Brasil espera chegar a um acordo comercial provisório com os EUA sobre as tarifas ainda neste mês. Conforme notícia publicada no Estado, Haddad não confirma que ficaria na Fazenda num cenário de reeleição de Lula e afirma que a gratuidade do transporte público está sendo estudada, mas que não seria um plano para o ano que vem, sinalizando que só será viável se for fiscalmente neutra.
Tecnologia
O wrap-up de resultados do setor de tecnologia nos EUA destaca que a temporada de balanços confirmou a influência crescente da IA nos ciclos de investimento, demanda por nuvem e capacidade de semicondutores. Plataformas de nuvem, como Amazon e Alphabet, mantiveram forte crescimento impulsionado por workloads de IA, enquanto fabricantes de chips se beneficiaram do ciclo estrutural de IA, com Nvidia reforçando sua liderança e visibilidade até 2026.
Apple apresentou resiliência com bom ciclo de produtos e expansão de serviços, mas Meta e Microsoft sofreram quedas devido a preocupações com altos gastos e retorno incerto das iniciativas de IA. Para os próximos trimestres, investidores devem monitorar três pontos: continuidade dos investimentos em IA e clareza sobre ROI, força da demanda por chips de IA e impacto das funcionalidades de IA na geração de receita e margens, além de riscos como competição, implementação corporativa e gargalos energéticos.
Na reunião com Carlo Corradi, diretor administrativo e financeiro da Comil, a empresa destacou que pretende manter em 2026 a produção de nove ônibus por dia, apoiada por exportações robustas e demanda de renovação de frotas por grandes operadores, menos sensíveis às taxas de juros. Apesar da desaceleração observada no segundo semestre de 2025 devido aos juros elevados, esses clientes continuam renovando suas frotas, enquanto operadores menores enfrentam mais dificuldades.
Após expansões de capacidade em 2024 e outubro de 2025, não há planos para novos aumentos no próximo ano. A Comil está otimista com exportações, especialmente para a Argentina, onde a demanda reprimida e um cenário político mais previsível favorecem investimentos. Para Marcopolo, vemos um quadro misto: exportações e demanda por ônibus urbanos devem compensar a fraqueza doméstica, mas sua maior exposição a operadores menores pode trazer desafios. Mantemos recomendação de compra, com POMO negociando a 6,2x P/L para 2026, 24% abaixo da média histórica.
Elevamos nosso preço-alvo para o final de 2026 para US$49,0/AUGO (de US$41,0) e mantivemos a recomendação de Compra, refletindo a revisão do preço de longo prazo do ouro para US$3.680/oz (de US$3.130/oz) e ajustes operacionais após os resultados do 3T25. A Aura negocia com desconto relevante frente aos pares, com P/NAV de 0,7x em nossas estimativas e 0,6x a preços spot, apesar de métricas superiores: CAGR de EBITDA de 12% e produção de 10% entre 2026-2029, além de FCF yield médio de 21%.
A liquidez segue como principal desafio, mas já mostra melhora após o listing na Nasdaq. Estimamos EBITDA de US$727 mi em 2026 (+5%) e US$891 mi em 2027 (+15%), impulsionado por preços mais altos de ouro e cobre, com revisões positivas para Aranzazu, Minosa e Almas, e ajustes negativos para Apoena e Borborema devido a menores volumes e maiores custos. Apesar da correção recente, vemos suporte para o ouro no curto prazo, com preços recuando gradualmente para US$3.929/oz em 2026, mas permanecendo bem acima da média histórica.
Em outubro, a produção de veículos no Brasil somou 248 mil unidades, praticamente estável em relação ao ano anterior (-0,5% a/a), mas com alta de 2% m/m e 5% no acumulado do ano, segundo a Anfavea.
O avanço mensal reflete um dia útil adicional, enquanto a queda anual decorre da forte retração nos veículos pesados (-15% a/a). Por segmento: carros de passeio atingiram 185 mil unidades (+1% a/a), comerciais leves 51 mil (+4% a/a), caminhões 10 mil (-31% a/a) e ônibus 2,1 mil (-12% a/a).
A Localiza apresentou um resultado operacional sólido no 3T25, com lucro líquido ajustado de R$871 milhões, superando nossas estimativas em 10,5% e o consenso em 5,3%, impulsionado pelo crescimento da receita de aluguel via reajuste de tarifas nos dois segmentos.
A estratégia reforça o foco em ampliar o spread de ROIC, que avançou 150 bps a/a para 15,4%, embora parcialmente compensado pelo maior custo de dívida pós-impostos (10,1% vs. 8,4% no 3T24). Com isso, o spread de ROIC subiu para 5,5%, retornando à faixa estratégica de 5%-8%. Mantemos recomendação de compra, apoiada por valuation atrativo: Localiza negocia a 10,9x P/L 2026E, com desconto de 35% frente à média histórica de 16,7x.
Temos uma visão positiva para as ações da Nu, após resultados acima das estimativas e do consenso, impulsionados principalmente por provisões menores. Durante a teleconferência, surgiram dúvidas sobre a sustentabilidade do atual nível de custo de risco, que a empresa respondeu destacando melhorias estruturais em concessão de crédito, monitoramento de carteiras e cobrança.
A estratégia CLIP, iniciada no 2T, segue mostrando bons resultados e deve sustentar o forte momento de lucros, com possibilidade de programas semelhantes no futuro, apoiados por modelos proprietários com IA que aprimoram análise de crédito e comportamento do consumidor. O EBT cresceu 23% sequencialmente em base FXN, e esperamos que a contribuição da receita permaneça sólida, enquanto a trajetória das provisões pode trazer mais upside. Assim, vemos espaço para revisões positivas de lucro e reação favorável do mercado.
A Eztec apresentou resultados fortes no 3T25, com lucro líquido de R$183 milhões, superando nossas estimativas em 12% e crescendo 38% a/a, impulsionado por receita 6% acima do esperado e margem bruta recorde de 44,7% (+10,6 pps a/a) devido a economias de custo nas entregas. O desempenho foi reforçado por ganho de R$22 milhões na venda de terreno, resultado financeiro robusto e menor despesa comercial, elevando o ROE para 14,3% (+3,4 pps a/a).
A geração de caixa surpreendeu em R$239 milhões (22% FCF yield), e a empresa anunciou dividendo inesperado de R$220 milhões (5% yield), mantendo alavancagem saudável (3% dívida líquida/patrimônio). Com valuation atrativo de 0,9x P/VP e perspectiva de ciclo de juros mais baixo, reiteramos recomendação de Compra, prevendo reação positiva do mercado.
A JBS apresentou resultados operacionais acima do esperado no 3T25, com EBITDA ajustado 2% acima da nossa estimativa e 6% acima do consenso, impulsionado pelo bom desempenho no segmento de bovinos (JBS USA Beef, Austrália e Brasil). Por outro lado, margens mais fracas em USA Pork e Seara limitaram os ganhos consolidados.
O fluxo de caixa livre caiu para US$317 milhões (-62% a/a) devido a maiores necessidades de capital de giro e investimentos em PP&E, resultando em yield de 2% nos últimos 12 meses. Apesar do cenário desafiador para carne bovina nos EUA, vemos JBS como top pick, sustentado por valuation atrativo frente aos pares americanos, diversificação robusta e execução consistente.
A Cyrela apresentou resultados ligeiramente abaixo das nossas estimativas no 3T25, com lucro 4% menor devido a receita mais fraca e maiores despesas comerciais.
Ainda assim, a companhia manteve uma sólida margem bruta ajustada de 35,3% e registrou ganho de R$238 milhões com a venda de ações da CURY3, impulsionando o lucro líquido em 29% a/a e o ROE para 23% (+2 pps a/a). Além disso, a geração de caixa surpreendeu positivamente, atingindo R$423 milhões (+6% vs. Safra), equivalente a um yield de FCF de 14%.
A LWSA apresentou resultados positivos no 3T25, apesar dos impactos contábeis não recorrentes relacionados ao impairment da Squid e à venda do portfólio corporativo. Excluindo esses efeitos, a receita líquida manteve melhora sequencial, enquanto o EBITDA ajustado atingiu R$87 milhões com margem de 22,5%, em linha com nossas estimativas e o consenso.
O lucro líquido ajustado somou R$57 milhões, acima do esperado, impulsionado por resultado financeiro melhor e ajustes de imposto diferido. A companhia também anunciou redução de capital de R$423,7 milhões, sendo R$140 milhões devolvidos aos acionistas em caixa, apoiada pela forte geração de caixa no 9M25, e R$283,7 milhões destinados a absorver perdas acumuladas, medida contábil que realinha o balanço sem afetar liquidez.
A empresa apresentou um EBITDA ajustado 3% acima da nossa estimativa e 1% acima do consenso, impulsionado pelo forte crescimento no segmento on-campus (OC), cujo intake avançou 25% a/a, com destaque para a modalidade semi-OC (+49% a/a), beneficiada pela campanha “última chance” para o curso de enfermagem após mudanças regulatórias no ensino a distância.
Apesar de alguma pressão na margem bruta, houve melhora significativa nas despesas SG&A, especialmente nas PDA, compensando custos não recorrentes da reestruturação. O lucro líquido ajustado ficou abaixo das projeções devido ao resultado financeiro, mas acreditamos que a companhia segue bem posicionada para cumprir sua guidance de LPA e geração de FCF. Mantemos recomendação de Compra.
Os resultados de setembro do IRB foram mais fracos que os de agosto, com lucro líquido mensal de R$24 milhões, pressionado por prêmios ganhos menores devido ao aumento da taxa de retrocessão (+3 pps a/a), apesar do controle de sinistros e despesas e do bom desempenho financeiro.
Em contrapartida, o índice de solvência avançou para 251%, apoiando a estratégia de maior retenção nos contratos de retrocessão a serem firmados em outubro. Além disso, a reversão do prejuízo acumulado abre espaço para dividendos em 2026. Embora os números não comprometam a trajetória de recuperação, reforçam que o processo é gradual e enfrenta ventos contrários no crescimento. Mantemos recomendação Neutra.
A Cemig apresentou um trimestre fraco no 3T25, com EBITDA ajustado de R$1,540 milhões (-13% a/a), ficando 11% abaixo da nossa estimativa e 14% abaixo do consenso, impactado por menores volumes nas unidades de distribuição e gás, além de resultados pouco expressivos em geração e trading.
O lucro líquido reportado foi de R$797 milhões (-76% a/a), também abaixo das projeções. Apesar de ajustes contábeis sem efeito caixa (+R$21 milhões no VNR e -R$101 milhões pelo IFRS na TransCo), os números reforçam um cenário desafiador. Mantemos recomendação Neutra, baseada em valuation, enquanto o possível processo de transferência de controle para o governo federal via programa Propag segue complexo e sem prazo definido para avanços.
A Orizon apresentou um bom resultado no 3T25, com EBITDA de R$130 milhões (+2% a/a), 15% acima da nossa estimativa e em linha com o consenso, sustentado por reajustes de preços, crescimento de volumes em aterros e novas vendas de créditos de carbono, apesar do aumento de despesas SG&A ligado à expansão e projetos de biometano.
O lucro líquido ajustado foi de R$24 milhões, acima da nossa projeção, mas caiu 34% a/a devido a maiores despesas financeiras com pré-pagamento de debêntures, que devem reduzir custos futuros. Vemos o trimestre como positivo, reforçado por ativos recém-adquiridos e iniciativas de crescimento. Mantemos recomendação de compra, apoiada por valuation atrativo frente a pares internacionais e múltiplas oportunidades no segmento de resíduos.
Commodities
Petróleo apresenta alta (US$ 63,62/b; +2,05%)
Minério de ferro registra queda (US$ 102,75/t; -0,04%)
Agenda do Mercado Hoje 14-11-2025
10:30 – EUA – Avanço nas vendas do varejo
10:30 – EUA – PPI
Empresas
JBS: Empresa tem margens pressionadas nos EUA com custos altos de bovino; Ebitda ajustado 3T US$1,84 bi
Hapvida: Controlador da Hapvida eleva fatia após tombo com balanço; Hapvida rebaixada a neutra por Citi; preço-alvo R$23
Axia Energia: Empresa corta emissão de debêntures para R$ 3 bi
Nubank: Banco diz que IA ajuda a ampliar limites de crédito no Brasil; Nubank Lucro líquido ajustado 3T supera estimativas
Petrobras: Plano de negócios 2026-2030 ainda está em análise; Petrobras avalia investir US$106 bi no plano 2026-2030
BHP: Reino Unido vê Companhia parcialmente responsável por barragem Fundão
Serena Energia: Empresa tem deslistagem aprovada pela CVM
Dasa: Ebitda 3T supera estimativas
Cemig: Lucro líquido 3T frustra estimativas
Tupy: Empresa rebaixada para para BB- pela Fitch
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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.
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