Saiba as principais notícias do Mercado Hoje 12-11-2025 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Bolsas em alta. Commodities mistas. Fala de Galípolo é destaque. Analisamos os impactos da taxação sobre dividendos. PRIO (+) completou a aquisição de 40% em Peregrino. Resultados do 3T25: CURY (+), ECOR (+), FRAS (+) e VAMO (-). Confira!
Fechamento dia anterior
Ibovespa: 157.748 (+1,60%)
S&P: 6.847 (+0,21%)
Dólar Futuro: R$5,29 (-0,33%)
O Ibovespa apresentou alta de 1,60% no último pregão, cotado a 157.748 pontos. O ativo apresenta tendência de alta no médio e curto prazo. A primeira resistência fica em 158.500 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 146.500. O próximo fica na faixa de 140.700 pontos.
O Dólar Futuro apresentou queda de 0,33% no último pregão, cotado a 5.295,50 pontos. O ativo apresenta tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.225 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.135. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.360 e a segunda em 5.445.
Exterior
As bolsas europeias e os futuros dos EUA operam em alta nesta terça-feira, com os investidores atentos à possível resolução da paralisação do governo americano, cuja votação está prevista para hoje na Câmara dos Deputados. Donald Trump sinalizou a intenção de reduzir algumas tarifas, incluindo sobre o café. Enquanto isso, o petróleo recua e o minério de ferro registra alta.
Doméstico
Uma nova pesquisa aponta queda na taxa de aprovação do governo após a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro. Gabriel Galípolo participa hoje de entrevista à imprensa para comentar o Relatório de Estabilidade Financeira e, no início da tarde, estará presente em um evento. A divulgação de um IPCA abaixo do esperado, somada à ata do Copom com tom mais dovish, ampliou as apostas de que o ciclo de cortes da Selic pode começar já em janeiro.
Ecorodovias
Ecorodovias apresentou um resultado sólido no terceiro trimestre de 2025, com EBITDA ajustado de R$ 1,5 bilhão — crescimento de 23,3% em relação ao ano anterior, superando em 1,5% a estimativa do Safra e em 4,7% o consenso de mercado. O desempenho operacional foi impulsionado pelo aumento orgânico do tráfego e pela contribuição das concessões recém-integradas, Ecovias Raposo Castelo e Ecovias Noroeste Paulista.
A gestão eficiente de custos também favoreceu a expansão da margem EBITDA em 293 pontos-base, atingindo 76,2%. Por outro lado, o bom desempenho foi parcialmente compensado por um aumento de 34% nas despesas financeiras líquidas, reflexo de uma elevação de 36% na dívida líquida, o que resultou em um crescimento modesto de 3,8% no lucro líquido, totalizando R$ 275 milhões — ainda assim, 28% acima da estimativa do Safra e 16% acima do consenso.
Temos uma visão neutra para os resultados. A receita teve leve surpresa positiva, puxada principalmente pela renda fixa — destaque do ano — e por uma aceleração marginal em Data Analytics Solutions. No entanto, as principais linhas seguem com tendências estáveis, que poderiam se beneficiar de um ambiente de mercado mais favorável.
O volume médio diário negociado em ações à vista teve leve melhora em relação ao 3T25, mas foi impulsionado principalmente pelo aumento de capitalização de mercado, já que o giro continua em desaceleração. As despesas operacionais vieram em linha com as expectativas, permanecendo estáveis e reforçando a perspectiva de diluição de custos no segundo semestre. Com o lucro líquido crescendo apenas 3% ano contra ano, o Safra não espera que os resultados inspirem maior otimismo no curto prazo.
O Conselho Curador do FGTS aprovou novas medidas para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) durante sua 202ª reunião ordinária, incluindo a revisão da curva de subsídios — com aumento do teto para a Região Norte — e dos limites de preço das unidades para a Faixa 1, além da realocação do orçamento de 2025 e definição do plano plurianual para 2026–2029. A renda mensal para acesso ao subsídio integral subiu de R$ 1.550 para R$ 1.750, enquanto o limite superior da Faixa 2 caiu para R$ 4.000, visando melhor distribuição dos recursos. Os tetos de preço das unidades também foram ajustados conforme o porte das cidades.
O orçamento de 2025 foi redistribuído, com R$ 2 bilhões redirecionados para crédito individual, e o novo plano plurianual prevê aumento na linha Apoio à Produção para R$ 87 bilhões, com maior foco em crédito individual e redução nos financiamentos à construção. Embora as mudanças entrem em vigor apenas em 2026, devem melhorar a acessibilidade para famílias de menor renda, beneficiando especialmente empresas como Tenda e MRV, mais expostas à Faixa 1 e à Região Norte. Por outro lado, o corte de R$ 5 bilhões em financiamentos à construção pode pressionar os custos de funding para incorporadoras.
Participamos ontem (11) do Investor Day da Iguatemi, realizado no recém-inaugurado Teatro Iguatemi, com a presença da alta gestão. A companhia apresentou sua estratégia e a força do portfólio após recentes aquisições, além de detalhar iniciativas de alocação de capital. Mantemos recomendação de Outperform para IGTI, destacando seu portfólio premium — com maior venda e aluguel por m² do setor — e um atrativo FFO yield estimado de 10,9% para o fim de 2026. Iguatemi reforçou sua disciplina financeira nas M&As, com destaque para a transação com a Brookfield, e segue monetizando seu landbank, como no projeto Casa Figueira em Campinas.
A empresa também tem três expansões em andamento, com entrega até o fim de 2027, incluindo a ampliação do Iguatemi São Paulo e Brasília, além de uma torre comercial em Campinas, com IRRs reais entre 10,2% e 12,0%.
A PRIO concluiu hoje (11) a aquisição de 40% do campo de Peregrino, marcando a primeira fase da transação com a Equinor anunciada em maio. Após ajustes, o valor pago foi de US$ 1,545 bilhão — abaixo dos US$ 2,233 bilhões inicialmente previstos — considerando juros e resultados do ativo desde 1º de janeiro de 2024.
Com isso, a PRIO passa a deter 80% de participação no campo e assume sua operação, o que deve gerar sinergias relevantes e redução de custos de lifting. A aquisição deve adicionar cerca de 40 mil barris por dia à produção da companhia, elevando o total para mais de 150 mil bpd, com impacto estimado de US$ 60 milhões em EBITDA até o fim de 2025, representando cerca de 10% do consenso para o 4T25. A conclusão da transação era esperada para o fim do ano.
A Frasle apresentou resultados levemente positivos no 3T25, com receita crescendo 36% ano contra ano, impulsionada pela integração da Dacomsa — sem a qual o crescimento orgânico teria sido de apenas 2%, refletindo um cenário mais desafiador para veículos pesados nos EUA e Brasil. A margem EBITDA ajustada foi sólida em 19,1%, alta de 25bps a/a, em linha com as estimativas, beneficiada pelo bom desempenho das subsidiárias e pela base de comparação mais fácil devido à hiperinflação na Argentina.
O lucro líquido atingiu R$ 108 milhões, alta de 21% a/a, superando estimativas graças à menor alíquota de imposto (3% vs. 20% no 3T24), que compensou o resultado financeiro negativo de -R$ 103 milhões, impactado pela menor disponibilidade de caixa após a aquisição da Dacomsa e pelo aumento dos juros.
A Eneva apresentou resultados sólidos no 3T25, com EBITDA ajustado de R$ 1,753 bilhão, em linha com as estimativas, impulsionado pelo bom desempenho dos complexos Parnaíba e Sergipe, além da integração de novas usinas térmicas.
A receita cresceu 72% ano contra ano, refletindo maior geração térmica, ganhos não recorrentes e expansão das operações de trading de gás e energia. Apesar disso, o lucro líquido ficou 46% abaixo da estimativa, impactado por despesas financeiras, maior carga tributária e reconhecimento de goodwill das aquisições. A alavancagem permaneceu estável em 2,7x. Mantemos recomendação neutra para Eneva, com valuation já refletindo os benefícios do maior despacho térmico e perspectivas positivas para o leilão de reserva de capacidade.
A Cury apresentou resultados fortes no 3T25, ligeiramente acima das estimativas do Safra e do consenso. A receita líquida cresceu 34% ano contra ano, impulsionada pelo excelente desempenho de vendas e maior participação de lançamentos recentes no mix de receita, o que elevou a margem bruta ajustada para 40,2% (+1,2pp a/a).
O EBITDA ajustado foi de R$ 340 milhões (+54% a/a), com margem de 24%, refletindo ganhos de alavancagem operacional e controle de despesas. O lucro líquido atingiu R$ 255 milhões (+49% a/a), com ROE anualizado de 74%, enquanto a geração de caixa foi sólida em R$ 233 milhões. A empresa encerrou o trimestre com alavancagem líquida de 27%. Reiteramos recomendação de Compra, destacando a forte conversão de caixa e valuation atrativo, mesmo após alta de 111% no ano.
O Projeto de Lei nº 1.087/2025, aprovado pelo Senado e aguardando sanção presidencial, propõe uma reforma significativa no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), com início previsto para 2026. A principal mudança é a isenção total para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, além de uma redução gradual da alíquota para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Para compensar a perda de arrecadação, será instituído o Imposto de Renda Mínimo (IRPFM) para contribuintes com renda anual superior a R$ 600 mil, com alíquota de até 10%.
Também será aplicada retenção na fonte de 10% sobre dividendos que excedam R$ 50 mil mensais por empresa, inclusive em remessas ao exterior. Investimentos isentos por lei, como fundos imobiliários e Fiagros, não entram na base de cálculo do IRPFM. Há ainda uma regra de transição que isenta dividendos aprovados até 31/12/2025, mesmo que pagos até 2028, o que pode incentivar antecipações de distribuição por empresas com reservas e baixa alavancagem, como Eztec, PetroReconcavo, Vale, Ambev e Cyrela.
A Vamos apresentou resultados negativos no 3T25, com forte compressão da margem EBITDA — que caiu 1.200bps a/a para 58,5% — refletindo um mix de receita menos rentável, aumento nas recompras de ativos e custos mais altos.
Apesar do crescimento nas receitas de aluguel e nas vendas de ativos, o lucro líquido caiu 73% a/a, totalizando R$ 50 milhões, pressionado por maiores despesas financeiras decorrentes de alavancagem e custo da dívida. Mesmo com o desempenho operacional fraco, mantemos recomendação de compra, sustentada por um valuation atrativo: a empresa negocia a 6,2x P/E para 2026, 40% abaixo da média histórica de cinco anos.
A Taesa apresentou resultados sólidos no 3T25, com EBITDA regulatório de R$ 549 milhões (+12,6% a/a), em linha com as estimativas, impulsionado por ajustes anuais de receita (AAR), início das operações do projeto Pitiguari e avanços de capex em Novatrans.
A receita cresceu 9,8% a/a, como esperado, e o lucro líquido foi de R$ 323 milhões (+5,2% a/a), superando as projeções devido a menores despesas financeiras e alíquota efetiva de imposto reduzida pela distribuição de juros sobre capital próprio. A companhia anunciou distribuição de proventos de R$ 0,94 por unidade (yield de 2,2%), com payout de 100% do lucro regulatório. Apesar do bom desempenho, mantemos recomendação Underperform, principalmente por questões de valuation.
A Mills teve um desempenho positivo no 3T25, com receita crescendo 15% ano contra ano, impulsionada pelas unidades de Veículos Pesados, Intralogística e Fôrmas & Escoramentos, além da aquisição da Next. No entanto, o segmento de Plataformas Aéreas apresentou resultados mais fracos devido ao aumento da concorrência e demanda mais fraca em algumas regiões.
A margem EBITDA ajustada foi robusta em 52,7% (+530bps a/a), beneficiada por maior rentabilidade no segmento de Fôrmas & Escoramentos e ganhos de eficiência. Apesar disso, o lucro líquido caiu 5% a/a, totalizando R$ 67 milhões, impactado por maiores despesas financeiras (+43% a/a) e tributárias (+32% a/a). O ROIC dos últimos 12 meses recuou 2,6pp a/a, para 19,7%.
A Viveo apresentou resultados mistos no 3T25, com EBITDA ajustado levemente acima do consenso, mas abaixo das estimativas do Safra. Apesar da queda na receita líquida e margens operacionais pressionadas, houve sinais de recuperação, como melhora na margem bruta, leve geração de caixa e redução da alavancagem.
Os resultados foram impactados por itens não recorrentes, mas a gestão segue avançando em iniciativas importantes, como renegociação de contratos, otimização de estoques e logística, e redução de custos com frete. Ainda assim, o balanço segue alavancado em um cenário de juros elevados, e o valuation pouco atrativo sustenta a recomendação de venda.
Commodities
Petróleo apresenta queda (US$ 64,14/b; -0,74%)
Minério de ferro registra alta (US$ 102,75/t; +1,21%)
Agenda do Mercado Hoje 12-11-2025
09:00 – EUA – MBA Pedidos de Hipoteca
Empresas
Oi: Credores da Empresa tentarão reverter falência na Justiça
Ambipar: Companhia adia divulgação do balanço do 3T25
Gol: Ebit 3T supera estimativas
Brisanet: Lucro líquido 3T supera estimativas
Jalles Machado: Ebitda ajustado 2T supera estimativas
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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.
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