Que Minas Gerais é conhecida por seu café, queijo e cachaça, todo mundo já sabe. Porém, o que muita gente ainda desconhece é que o estado também se destaca na produção de peixes ornamentais, um setor que movimenta a economia e gera oportunidades.
A Zona da Mata Mineira é responsável por cerca de 70% da produção nacional, de acordo com o Governo de Minas, sustentando mais de 400 famílias e movimentando aproximadamente R$ 10 milhões por ano.
Atualmente, a maior parte da produção de peixes ornamentais está concentrada em oito municípios da região: Patrocínio do Muriaé, Vieiras, Eugenópolis, Miradouro, Barão do Monte Alto, Muriaé, Rosário da Limeira e São Francisco do Glória.
Esses municípios formam um polo importante, reconhecido nacionalmente pelo potencial produtivo e pela qualidade das espécies criadas.
Além disso, o Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG), campus Muriaé, realizou um estudo em 2021 que destacou Patrocínio do Muriaé como o maior produtor da região.
Em seguida vêm Vieiras e São Francisco do Glória, com forte presença de mão de obra familiar.
Aproximadamente 68% dos trabalhadores envolvidos são membros das próprias famílias, reforçando o caráter sustentável e comunitário da atividade.
Conforme o mesmo estudo, a Zona da Mata produziu quase 8 milhões de peixes ornamentais em 2021.
A maior parte foi comercializada dentro de Minas Gerais, mas outros estados também recebem a produção, como Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.
Além de abastecer o mercado nacional, os criadores veem potencial de exportação crescente, especialmente para países que valorizam espécies tropicais e coloridas.
A facilidade de manejo, somada à diversidade de espécies, torna a atividade altamente competitiva e lucrativa.
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De acordo com o Governo de Minas, o baixo custo de investimento e a facilidade de manejo são os principais atrativos para quem deseja investir nesse setor. Com apenas 1.000 m², já é possível manter uma produção eficiente, gerando renda significativa.
Além disso, o cultivo de peixes ornamentais exige menos esforço que outras atividades agropecuárias, como a bovinocultura de leite.
Essa característica torna o negócio viável até para pequenos produtores que buscam diversificar a renda familiar.
Outro ponto relevante é o alto retorno financeiro. Mesmo com investimentos reduzidos, os resultados podem ser expressivos, principalmente em períodos de alta demanda.
Por isso, o setor se tornou uma alternativa econômica promissora para diversas famílias do interior mineiro.
Entretanto, apesar do crescimento constante, a produção de peixes ornamentais ainda enfrenta desafios estruturais.
O IF Sudeste MG apontou a falta de assistência técnica especializada e a ausência de políticas públicas específicas como fatores que limitam o avanço do setor.
Para enfrentar esses obstáculos, o Governo de Minas vem articulando a criação de uma legislação própria voltada para a piscicultura ornamental.
Atualmente, os criadores precisam seguir as mesmas normas aplicadas à produção de peixes de corte, o que gera dificuldades burocráticas e técnicas.
Em 2024, foi publicada a Portaria nº 2.325 do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que regulamenta a atividade no estado.
A nova norma estabelece critérios técnicos e legais específicos para a criação de peixes ornamentais, oferecendo maior segurança jurídica e padronização para os produtores.
Com os novos incentivos, a expectativa é de que a produção de peixes ornamentais continue crescendo nos próximos anos.
A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o IMA e a Epamig têm trabalhado em conjunto para fortalecer toda a cadeia produtiva, desde a capacitação técnica até o apoio à comercialização.
Além disso, o aumento da demanda por aquários domésticos e aquapaisagismo impulsiona o mercado, gerando novas oportunidades de negócios.
Portanto, Minas Gerais se consolida como referência nacional e tende a expandir ainda mais sua liderança no setor de peixes ornamentais.
Patrocínio do Muriaé, Vieiras, Muriaé, São Francisco do Glória e Eugenópolis se destacam como os maiores produtores.
Cerca de 8 milhões de unidades são produzidas anualmente, segundo o IF Sudeste MG.
Com um espaço de 1.000 m² e baixo custo inicial, já é possível iniciar uma criação rentável.
Sim. A Portaria nº 2.325 do IMA, publicada em 2024, regulamenta a piscicultura ornamental no estado.
Sim. O setor apresenta grande potencial de expansão, tanto para o mercado nacional quanto internacional.
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