A Anvisa anunciou a suspensão da venda de 13 lotes do Sal do Himalaia moído da marca Kinino, após identificar irregularidades na quantidade de iodo presente no produto.
A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU), segue uma comunicação voluntária da própria fabricante, H.L. do Brasil Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda., que iniciou o recolhimento dos lotes.
Assim, o Sal do Himalaia entrou na lista de produtos que não podem ser comercializados temporariamente no país.
Antes de tudo, é importante entender a razão dessa medida. De acordo com a Anvisa, os lotes de Sal do Himalaia apresentaram baixo teor de iodo, ficando abaixo do limite exigido pela legislação sanitária brasileira.
O iodo é um mineral essencial para o bom funcionamento da tireoide e deve ser adicionado ao sal de cozinha com o objetivo de prevenir doenças relacionadas à sua deficiência.
Além disso, a falta desse elemento pode causar bócio (aumento da tireoide), problemas no desenvolvimento fetal e dificuldades cognitivas, especialmente em gestantes e crianças. Portanto, a ausência do iodo torna o produto inadequado para consumo regular.
Segundo a agência, a empresa comunicou espontaneamente o problema e iniciou o recolhimento dos seguintes lotes, todos com validade até março de 2027:
Dessa forma, a Anvisa determinou a suspensão imediata da comercialização e uso desses produtos, garantindo a segurança alimentar dos consumidores.
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Além do caso do Sal do Himalaia, o episódio reacende a discussão sobre a importância da iodação adequada nos alimentos.
O iodo é indispensável para a produção de hormônios tireoidianos, que regulam o metabolismo, o crescimento e o desenvolvimento do corpo humano.
Contudo, o consumo insuficiente desse mineral pode resultar em deficiências nutricionais sérias.
No Brasil, a adição obrigatória de iodo ao sal é uma medida adotada desde 1953, justamente para evitar doenças relacionadas à falta do nutriente.
Assim, o controle rigoroso da quantidade de iodo no sal de cozinha é uma estratégia fundamental de saúde pública. E, nesse sentido, a atuação da Anvisa reforça o compromisso com o bem-estar da população.
Além do Sal do Himalaia, a Anvisa determinou a suspensão de outros produtos que apresentaram irregularidades graves.
Um dos casos mais recentes é o do Azeite Extra Virgem Ouro Negro, que teve a comercialização e o consumo proibidos em todo o território nacional.
De acordo com o órgão, o azeite teve origem desconhecida e foi desclassificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Ademais, o rótulo do produto informava que ele era importado pela Intralogística Distribuidora Concept Ltda., cujo CNPJ está suspenso na Receita Federal.
Por isso, todos os lotes do Azeite Ouro Negro devem ser retirados de circulação, evitando riscos à saúde e fraudes contra o consumidor.
Outro item que entrou na lista de produtos suspensos foi o Chá do Milagre, também conhecido como Pó do Milagre ou Pozinho do Milagre. A Anvisa proibiu totalmente a venda e o consumo desse produto, pois sua composição e origem são desconhecidas.
Além disso, a agência identificou uma divulgação irregular nas redes sociais, especialmente no Facebook e Instagram, onde o chá era anunciado com supostas propriedades medicinais.
As publicações associavam o uso do produto a emagrecimento, controle da ansiedade, melhora do sono, prevenção de câncer e até estímulo sexual — alegações que não são permitidas para alimentos ou chás.
Dessa maneira, o Chá do Milagre se junta ao Sal do Himalaia e ao Azeite Ouro Negro na lista de produtos que não podem ser comercializados no Brasil.
Frequentemente, consumidores se deparam com produtos que parecem legítimos, mas apresentam rótulos inconsistentes, CNPJ inativo ou ausência de registro na Anvisa. Por isso, é essencial verificar essas informações antes de comprar qualquer item alimentício.
Para tanto, é possível consultar o portal oficial da Anvisa e buscar o nome do produto, empresa ou número de registro. Se houver qualquer dúvida, o ideal é evitar o consumo até que a procedência seja confirmada.
Além disso, deve-se denunciar irregularidades aos canais oficiais da agência ou ao Procon, garantindo a fiscalização e a retirada de produtos impróprios do mercado.
Por fim, quem adquiriu algum dos lotes suspensos do Sal do Himalaia deve interromper o uso imediatamente e entrar em contato com a marca Kinino para realizar a devolução.
A própria empresa se comprometeu a recolher os produtos e a substituir as unidades afetadas.
Portanto, é fundamental verificar o número do lote e a data de validade na embalagem antes de consumir.
Caso o produto corresponda a algum dos lotes citados, não utilize o sal e solicite o reembolso ou troca diretamente com a fabricante.
Assim, o caso do Sal do Himalaia serve de alerta sobre a importância de fiscalizar, denunciar e consumir de forma consciente.
Afinal, a segurança alimentar é um direito de todos os brasileiros e deve ser tratada com responsabilidade e atenção constante.
O Sal do Himalaia da marca Kinino foi suspenso porque apresentou baixo teor de iodo, ficando fora dos padrões exigidos pela legislação brasileira.
Foram 13 lotes suspensos, todos com validade até março de 2027, identificados pelos códigos MAR 257 1 a MAR 257 13.
Sim. O produto pode causar deficiência de iodo, o que aumenta o risco de problemas na tireoide e no desenvolvimento fetal, especialmente em gestantes.
O consumidor deve parar de usar o produto imediatamente e entrar em contato com a fabricante Kinino para solicitar recolhimento ou substituição.
A comercialização só poderá ser retomada quando a empresa regularizar os níveis de iodo e obtiver autorização da Anvisa para retornar ao mercado.
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