As vendas de Vitaminas da Nestlé apresentaram um desempenho abaixo do esperado no primeiro semestre de 2025, levando a empresa a anunciar uma revisão estratégica do setor.
A gigante suíça, reconhecida mundialmente por marcas como KitKat, Nespresso e Maggi, informou que pretende reavaliar suas linhas de suplementos e vitaminas devido ao crescimento fraco das vendas.
Esse movimento pode resultar até mesmo em desinvestimentos de marcas específicas.
As ações da Nestlé caíram para o nível mais baixo em seis meses, registrando uma desvalorização de 4,7% recentemente no mercado europeu.
Essa queda reflete a preocupação dos investidores com o desempenho da divisão de vitaminas e com o impacto da desaceleração econômica global sobre o consumo de produtos premium.
As Vitaminas da Nestlé geram cerca de 1 bilhão de francos suíços em vendas anuais, mas têm enfrentado um mercado cada vez mais competitivo.
Com consumidores buscando opções mais baratas e um cenário macroeconômico desafiador, o setor de suplementos da empresa não atingiu o crescimento previsto por analistas.
Além disso, a demanda global por vitaminas e minerais diminuiu em relação aos anos anteriores, quando o foco na saúde e imunidade havia impulsionado o segmento.
Agora, com a inflação e o custo de vida elevados, muitos consumidores priorizam produtos essenciais e deixam de lado itens considerados secundários.
Portanto, o desempenho fraco da divisão de vitaminas tem pressionado a administração da Nestlé a redefinir prioridades estratégicas e concentrar recursos em negócios mais rentáveis.
Consequentemente, os investidores aumentaram a pressão sobre o presidente-executivo Laurent Freixe.
Desde sua nomeação, em agosto de 2024, o desempenho das ações da Nestlé ficou abaixo de rivais como Unilever e Danone. A meta agora é recuperar o valor de mercado e restabelecer o crescimento orgânico da companhia.
Mesmo diante das dificuldades, a Nestlé manteve sua projeção de crescimento para 2025, apostando em uma melhora no segundo semestre.
A expectativa é alcançar uma margem de lucro operacional de pelo menos 16%, apesar dos efeitos negativos de tarifas e da valorização do franco suíço.
Ainda assim, a confiança dos investidores depende diretamente do sucesso da revisão das Vitaminas da Nestlé e da capacidade da empresa de ajustar seu portfólio para atender à nova realidade de consumo.
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A Nestlé confirmou que iniciou uma revisão estratégica do negócio de Vitaminas, Minerais e Suplementos (VMS).
Essa avaliação inclui marcas como Nature’s Bounty, Osteo Bi-Flex, Puritan’s Pride e marcas próprias dos Estados Unidos.
Segundo a empresa, essas marcas podem ser vendidas até 2026, caso a revisão indique baixo potencial de rentabilidade.
O foco passará a ser em marcas premium globais, com maior valor agregado e presença consolidada em mercados estratégicos.
Além disso, o presidente Freixe destacou que o objetivo é fortalecer o portfólio de saúde e bem-estar, mas sem comprometer a rentabilidade geral da companhia.
Assim, a Nestlé pretende equilibrar crescimento e eficiência operacional, priorizando segmentos de maior margem.
No primeiro semestre de 2025, o crescimento orgânico das vendas da Nestlé foi de 2,9%, levemente acima das projeções dos analistas, que estimavam 2,8%.
No entanto, o crescimento interno real (RIG) ficou em apenas 0,2%, abaixo da previsão de 0,4%.
Esse dado mostra que o aumento das vendas foi impulsionado principalmente por reajustes de preço, e não por maior volume de consumo.
Por outro lado, as vendas totais caíram 1,8%, atingindo 44,2 bilhões de francos suíços, frente às expectativas de 44,6 bilhões.
A companhia atribuiu parte dessa queda ao impacto negativo de 4,7% das taxas de câmbio, devido ao fortalecimento do franco suíço frente a outras moedas.
Em um cenário de consumidores mais cautelosos, a Nestlé enfrenta dificuldade em repassar aumentos de preços sem perder competitividade.
Isso tem limitado o potencial de recuperação, principalmente na área de Vitaminas da Nestlé, que depende da fidelidade dos consumidores e da percepção de valor.
Para reverter o desempenho fraco, a empresa deve apostar em inovação e diferenciação de produtos.
A tendência global de bem-estar e autocuidado ainda oferece oportunidades, mas exige produtos com comprovação científica e comunicação mais transparente.
Além disso, a Nestlé pode investir em campanhas educativas sobre os benefícios do uso de suplementos de qualidade e reforçar sua presença digital, explorando o comércio eletrônico e assinaturas personalizadas.
Com consumidores cada vez mais conectados, a experiência de compra e o atendimento personalizado podem se tornar diferenciais competitivos.
Dessa forma, a companhia pode reconquistar espaço no segmento de vitaminas e atrair um público que busca confiança e conveniência.
As Vitaminas da Nestlé ainda representam uma oportunidade importante dentro do portfólio global da empresa.
Apesar dos resultados modestos, o segmento tem potencial para crescer com o aumento do interesse por produtos saudáveis e sustentáveis.
Entretanto, o sucesso dependerá da capacidade da Nestlé em ajustar suas estratégias de preço e marketing, além de inovar em formulações e embalagens.
O fortalecimento da marca Nestlé Health Science pode ser o caminho para consolidar a liderança no mercado de suplementos premium.
Portanto, embora o cenário atual seja desafiador, a Nestlé demonstra comprometimento com a retomada do crescimento, com foco em eficiência e posicionamento estratégico.
Se conseguir alinhar inovação, sustentabilidade e competitividade, as Vitaminas da Nestlé poderão retomar um ritmo mais forte de expansão nos próximos anos.
Em resumo, o fraco desempenho das vendas de Vitaminas da Nestlé reflete um mercado mais seletivo e pressionado por custos.
No entanto, com ajustes estratégicos, desinvestimentos pontuais e foco em inovação, a empresa pode transformar o momento de revisão em uma nova fase de crescimento sustentável.
A Nestlé anunciou uma revisão estratégica e poderá vender algumas marcas de baixo desempenho até 2026, mas outras linhas continuarão sendo produzidas normalmente, principalmente as de maior valor agregado.
O baixo crescimento das vendas foi resultado da queda na demanda global por suplementos, do aumento do custo de vida e da busca por produtos mais baratos por parte dos consumidores.
A empresa estuda o desinvestimento de Nature’s Bounty, Osteo Bi-Flex, Puritan’s Pride e marcas próprias dos Estados Unidos, mantendo o foco em linhas premium e de maior rentabilidade.
Sim. A Nestlé mantém presença no mercado brasileiro, mas pode ajustar seu portfólio para priorizar as marcas mais rentáveis e com maior demanda local.
A empresa aposta em inovação, marketing digital e sustentabilidade para fortalecer a categoria de suplementos e retomar o crescimento nos próximos anos, com foco em produtos de qualidade e alta confiabilidade.
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