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Reservas de Lítio em MG: 85% do mineral está no Vale do Jequitinhonha
As Reservas de Lítio em MG colocam o estado de Minas Gerais como protagonista no cenário mundial da transição energética.
O Vale do Jequitinhonha concentra 85% do lítio nacional, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Esse dado fortalece a imagem da região como polo estratégico para a indústria de carros elétricos, híbridos e baterias de alta performance.
Importância econômica das Reservas de Lítio em MG
Antes de tudo, é importante destacar que o lítio é considerado o “ouro branco” da nova economia verde.
Com a expansão global da mobilidade elétrica, a demanda pelo mineral cresce a passos largos.
Além disso, Minas Gerais ocupa uma posição de destaque por oferecer não apenas grandes depósitos, mas também condições logísticas e infraestrutura para atrair investidores.
Assim, o Vale do Jequitinhonha se transforma em um território promissor. Cerca de 45 depósitos de lítio já foram identificados na região.
Somados, eles concentram a maior parte das reservas brasileiras, despertando o interesse de empresas nacionais e internacionais.
Investimentos bilionários nas Reservas de Lítio em MG
Por causa do potencial econômico, empresas planejam investir mais de R$ 5 bilhões entre 2025 e 2029. Os aportes abrangem municípios como Araçuaí, Itinga, Salinas e Nazareno.
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Atualmente, a Sigma Lithium e a Companhia Brasileira do Lítio (CBL) já operam em Araçuaí. Enquanto isso, a AMG Brasil concentra atividades em Nazareno. Outras cinco empresas realizam sondagens para iniciar a produção nos próximos anos.
Portanto, o ciclo de investimentos deve gerar empregos diretos e indiretos, ampliar a arrecadação de impostos e impulsionar o desenvolvimento regional.
O surgimento do “Vale do Lítio”
Em 2023, a agência Invest Minas criou a expressão “Vale do Lítio” para promover o potencial da região.
Desde então, a marca tem atraído novos investidores interessados em integrar cadeias produtivas.
Segundo a Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg), o Vale do Jequitinhonha é a região do estado que mais registra abertura de empresas.
Além disso, a estratégia busca evitar que o desenvolvimento fique restrito apenas à mineração. A meta é estimular o processamento local, criando empregos de maior qualificação.
Impactos fiscais das Reservas de Lítio em MG
Como resultado direto do crescimento do setor, os 17 municípios prioritários para mineração já registraram aumento expressivo de arrecadação.
Dados da Secretaria de Estado da Fazenda e do TCE-MG apontam elevação de 39,4% no ISS e de 12% no ICMS.
Esses números confirmam que o lítio não gera apenas riqueza para empresas. Ele fortalece a arrecadação pública, criando recursos para investir em serviços locais, infraestrutura e educação.
Marco regulatório que impulsionou as Reservas de Lítio em MG
O avanço do setor ganhou força em 2022, após um decreto do governo federal. O texto liberou a exportação e importação de lítio e derivados sem restrições.
Dessa forma, barreiras que antes limitavam o comércio foram eliminadas. A medida revogou exigências de autorização prévia da Comissão Nacional de Energia Nuclear e abriu caminho para novos contratos globais.
Com isso, o Brasil projetou R$ 15 bilhões em investimentos em lítio até 2030. Minas Gerais, naturalmente, deve concentrar a maior parte desses aportes.
Novos projetos de exploração
Entre os projetos mais aguardados está o da Atlas Lithium, mineradora norte-americana. A empresa busca licenciamento para explorar uma reserva estimada em 100 milhões de toneladas. A área abrange municípios como Araçuaí, Caraí e Itinga.
De acordo com o plano, a produção anual será de 150 mil toneladas, em sistema de lavra a céu aberto. Os rejeitos terão destino sustentável, sendo reutilizados em estradas e pavimentações.
Com esse projeto, mais de 300 empregos diretos e 1.000 indiretos devem ser criados. Além disso, o investimento inicial ultrapassa R$ 750 milhões.
Operações em expansão no Norte de Minas
Enquanto isso, em Salinas, a mineradora australiana Pilbara Minerals (PLS) pretende transformar o município em um dos dez maiores produtores mundiais. O projeto Colina já possui licenças prévias e de instalação.
A aquisição da Latin Resources custou cerca de R$ 2,1 bilhões e deve gerar mais de 1.000 empregos diretos.
Segundo a empresa, a mina terá vida útil longa e poderá competir com as maiores operações globais.
Pioneirismo da Companhia Brasileira do Lítio
Por outro lado, a CBL já atua no mercado há mais de 30 anos. Em Araçuaí e Itinga, a empresa mantém uma mina subterrânea de 14 km de extensão e mais de 220 metros de profundidade.
A operação é realizada 24 horas por dia e monitorada por sensores de segurança. A extração mira rochas pegmatíticas ricas em espodumênio, principal fonte do lítio.
Segundo a companhia, 90% do material retirado é composto por pegmatitos. O produto final abastece indústrias farmacêuticas e fabricantes de baterias, incluindo gigantes como a BYD.
Sustentabilidade e desafios ambientais
Contudo, o avanço da mineração levanta preocupações ambientais. A exploração em larga escala exige monitoramento constante para evitar impactos em rios, comunidades e áreas de preservação.
Ainda assim, empresas como a Atlas Lithium e a Sigma Lithium têm adotado práticas de reaproveitamento de rejeitos e programas de capacitação de trabalhadores locais.
Esses esforços buscam conciliar crescimento econômico com responsabilidade socioambiental.
O papel estratégico das Reservas de Lítio em MG
De fato, as Reservas de Lítio em MG colocam o estado em uma posição central na transição energética.
O mineral é essencial para a produção de baterias recarregáveis, que alimentam desde carros elétricos até smartphones.
Além disso, o cenário global reforça a importância de Minas Gerais. A União Europeia e os Estados Unidos buscam fornecedores confiáveis de lítio para reduzir a dependência da Ásia.
Assim, o Brasil, com destaque para o Vale do Jequitinhonha, torna-se peça-chave nesse tabuleiro.
Perspectivas futuras para as Reservas de Lítio em MG
Em síntese, os próximos anos serão decisivos para consolidar Minas Gerais como referência mundial em lítio. Os investimentos já contratados, somados às novas descobertas, indicam expansão contínua.
Entretanto, o desafio é equilibrar crescimento econômico, preservação ambiental e desenvolvimento social.
Para isso, será necessário investir em tecnologia, logística e qualificação de mão de obra local.
Reservas de Lítio em MG e o futuro sustentável
As Reservas de Lítio em MG não representam apenas riqueza mineral. Elas simbolizam a chance de Minas Gerais liderar a economia verde no Brasil e no mundo.
O sucesso dependerá da capacidade de agregar valor, atrair indústrias e transformar o Vale do Jequitinhonha em referência global de inovação sustentável.
Perguntas frequentes
As principais reservas estão no Vale do Jequitinhonha, especialmente em Araçuaí, Itinga e Salinas, além de Nazareno, no Campo das Vertentes.
Elas concentram 85% do lítio nacional, colocando Minas Gerais como centro estratégico na transição energética e na indústria de baterias.
Entre as principais estão Sigma Lithium, Companhia Brasileira do Lítio (CBL), AMG Brasil, Atlas Lithium e Pilbara Minerals.
Os projetos já confirmados devem criar milhares de postos, incluindo 300 diretos e 1.000 indiretos apenas no projeto da Atlas Lithium.
O principal desafio é equilibrar a extração com a preservação ambiental. Empresas têm adotado práticas sustentáveis, como reaproveitamento de rejeitos e proteção de áreas sensíveis.