A cada ano surgem novas ameaças digitais, mas o novo vírus de celular tem chamado atenção pelo seu alto poder de causar prejuízos financeiros.
Esse malware consegue alterar transações bancárias feitas via Pix e esvaziar contas bancárias sem que a vítima perceba de imediato.
A descoberta foi feita pela empresa de segurança digital Kaspersky, que monitora esse ataque desde 2023.
Primeiramente, é importante entender como o novo vírus de celular age dentro dos aparelhos. Ele se comporta como um trojan, ou seja, um programa aparentemente inofensivo que esconde um código malicioso.
Esse tipo de ameaça foi apelidada de BRats, combinação de “BR”, referente ao Brasil, e “ATS”, que significa Automated Transfer System (Sistema de Transferência Automatizado).
Além disso, o vírus é capaz de manipular diretamente o aplicativo bancário. Ao iniciar uma transferência, o usuário insere os dados corretos, mas o malware altera os valores e destinatários sem que a vítima perceba. Em muitos casos, somente depois de ver o extrato bancário a pessoa descobre o prejuízo.
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Em vídeos compartilhados nas redes sociais, algumas vítimas demonstraram como o golpe acontece na prática.
Em uma das gravações, a pessoa simulava uma transferência de apenas R$ 1 para a mãe. Entretanto, no momento de inserir a senha, a tela do aplicativo tremeu.
Ao retornar para a etapa anterior, o destinatário já havia sido alterado e o valor atualizado para mais de R$ 600.
Portanto, o novo vírus de celular é silencioso e rápido, aproveitando brechas de acessibilidade do sistema para enganar os usuários.
Esse tipo de manipulação é perigoso, pois não depende apenas de distração da vítima, mas sim de uma ação automática dentro do aplicativo.
Segundo a Kaspersky, o BRats foi identificado inicialmente em dispositivos com sistema Android.
O contágio geralmente acontece quando o usuário baixa aplicativos fora da loja oficial do Google, a Play Store.
Assim, muitos criminosos publicam apps em sites paralelos, prometendo funções atrativas ou versões modificadas de programas populares. Ao instalar esses aplicativos, o usuário acaba liberando permissões que possibilitam o ataque.
Por isso, a primeira recomendação de especialistas é sempre baixar apps apenas na loja oficial. Dessa forma, o risco de infecção é consideravelmente reduzido.
Além de infectar o sistema, o novo vírus de celular solicita permissões de acessibilidade. Essa função normalmente é usada para auxiliar pessoas com deficiência visual ou motora, mas também é explorada por malwares bancários.
Quando o usuário concede acesso de acessibilidade a um aplicativo malicioso, ele permite que o vírus assuma o controle da tela.
Dessa maneira, o BRats consegue alterar informações de Pix, inserir novos destinatários e mudar valores sem que o usuário perceba.
Portanto, sempre que um aplicativo solicitar esse tipo de permissão sem necessidade, desconfie.
Aplicativos comuns, como redes sociais, jogos ou editores de imagem, não precisam desse nível de acesso para funcionar.
Com a popularização do Pix, os criminosos encontraram um campo fértil para aplicar golpes digitais.
Esse vírus representa uma evolução nesse cenário, pois a vítima pode perder grandes quantias em poucos segundos.
Além disso, como o golpe acontece dentro do próprio aplicativo bancário, é mais difícil para o usuário perceber a fraude imediatamente.
Em muitos casos, os prejuízos só são identificados ao consultar o extrato ou ao ser avisado pelo banco sobre movimentações suspeitas.
Embora o cenário seja preocupante, existem medidas práticas para se proteger. A Kaspersky e outros especialistas em cibersegurança recomendam ações simples que podem impedir a atuação desse vírus:
Caso suspeite de infecção, algumas ações rápidas podem minimizar os danos. Primeiramente, desconecte o celular da internet.
Em seguida, entre em contato com o banco para alertar sobre possíveis transações fraudulentas.
Além disso, é recomendável restaurar o celular para as configurações de fábrica. Essa medida remove aplicativos maliciosos e limpa o sistema.
Também é importante trocar todas as senhas utilizadas no aparelho, especialmente as relacionadas a serviços financeiros.
Os bancos também têm responsabilidade na proteção de seus clientes. Por isso, diversas instituições financeiras estão investindo em sistemas de monitoramento que identificam atividades suspeitas em tempo real.
Entretanto, a atuação do usuário ainda é fundamental. Mesmo com mecanismos de segurança avançados, nenhuma instituição consegue impedir um golpe se o próprio cliente concede permissões arriscadas. Assim, a conscientização digital é a maior arma contra ataques.
O avanço dos golpes digitais mostra que os criminosos estão cada vez mais sofisticados. O novo vírus de celular é apenas um exemplo de como os ataques evoluem junto com a tecnologia.
Portanto, a tendência é que surjam novas ameaças voltadas para sistemas de pagamento instantâneo. Cabe às empresas de segurança, bancos e usuários se manterem atentos para reduzir riscos.
Em resumo, o novo vírus de celular representa um risco real para todos que utilizam Pix e aplicativos bancários. Entretanto, a prevenção ainda é a melhor estratégia.
Ele altera dados de transferências bancárias dentro do app, mudando valores e destinatários.
Até o momento, foi identificado apenas em dispositivos Android.
Sinais incluem travamentos incomuns, solicitações de acessibilidade e alterações suspeitas em transferências.
Depende do banco e da rapidez na notificação. Nem sempre a recuperação é garantida.
Evitar baixar aplicativos fora da Play Store e nunca conceder permissões suspeitas.
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