Saiba as principais notícias do Mercado Hoje 13-08-2025 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Bolsas em alta; Commodities em baixa. Varejo no Brasil é destaque. Reiterando compra em CPLE (+). Resultados do 2T25: GMAT (+), MRVE (-) e GGPS (-). Pesquisa mostra cautela com 2T25 de BBAS (-). Dados da Fabus: POMO (+). Confira!
Fechamento dia anterior
Ibovespa: 137.913 (+1,69%)
S&P: 6.446 (+1,13%)
Dólar Futuro: R$5,43 (-0,71%)
O Ibovespa apresentou alta de 1,69% no último pregão, cotado a 137.913 pontos. O ativo apresenta tendência neutra no médio prazo e no curto o viés é de alta. A primeira resistência fica em 140.100 pontos e a segunda em 141.500 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 135.300. O próximo fica na faixa de 131.500 pontos.
O Dólar Futuro apresentou queda de 0,71% no último pregão, cotado a 5.429 pontos. O ativo apresenta tendência de baixa no médio e curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.370 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.280. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.490 e a segunda em 5.680.
Exterior
Bolsas na Europa e futuros nos EUA negociam em alta em continuidade ao rali visto no dia anterior após dado de inflação ao consumidor surpreender com alta nos preços inferior à prevista, o que elevou as apostas de cortes nos juros. O secretário Scott Bessent sugere que o Fed deveria estar aberto a corte de 0,5 ponto percentual. Falas de dirigentes do Fed são os destaques da agenda.
Doméstico
Os dados de vendas no varejo de junho são destaque, a expectativa de consenso de mercado Bloomberg indica avanço de 2,7% na comparação anual e 0,8% na comparação mensal. Às 11:30h, Lula e Haddad participarão de cerimônia de assinatura de MP que estabelece crédito de R$30 bilhões a empresas afetadas pelas tarifas dos EUA.
Copel
A Copel tem se destacado em 2025, com valorização de 38% no ano, superando o Ibovespa e seus pares, impulsionada por iniciativas como nova política de dividendos, migração para o Novo Mercado e venda de ativos não estratégicos.
Com a nova política de dividendos e preços de energia mais altos, a empresa apresenta fundamentos sólidos: negocia a 7,1x EV/EBITDA 2026, projeta crescimento de 14% no EBITDA em três anos, alavancagem equilibrada (3,2x em 2025 e 2,5x em 2026) e fluxo de dividendos médio de 8,5% entre 2025 e 2027.
A exposição a ativos de geração e transmissão (60% do EBITDA), baixa inadimplência na distribuição e avanços em eficiência (como digitalização e medidores inteligentes) reforçam sua estabilidade em um cenário macro volátil. Além disso, a empresa está bem posicionada para crescer com retornos atrativos, aproveitando a alta dos preços de energia, possíveis relicitações de concessões e oportunidades em transmissão e geração distribuída. Mantemos a recomendação de Compra, com potencial de valorização de ~24%.
A produção de carrocerias de ônibus no Brasil totalizou 2.372 unidades em julho, segundo a Fabus, com alta de 10,5% em relação ao mesmo mês de 2024 e 11,2% frente a junho. Excluindo a Volare, foram 2.085 unidades.
No acumulado do ano, a produção chegou a 15.158 unidades (+2,9% A/A). Por segmento, os ônibus urbanos somaram 839 unidades (-4,4% A/A e +22% M/M), rodoviários 781 unidades (+38% A/A e +17% M/M), e micro-ônibus 442 unidades (-22% A/A e -19% M/M). A produção diária foi de 103 unidades, com leve queda mensal (-3,3%) mas alta anual (+10,5%).
A B3 apresentou dados operacionais neutros para as ações, com queda na atividade de ações em julho, refletindo a sazonalidade negativa do mês e a volatilidade recente do mercado. Os volumes de derivativos seguiram em queda, devido à base de comparação difícil, e não foram totalmente compensados pelo aumento na receita por contrato (RPC).
Por outro lado, o segmento de renda fixa manteve-se como principal motor de crescimento, com volumes robustos e aceleração sequencial.
Apesar de não se esperar uma reação negativa imediata do mercado, a combinação de volumes mais fracos e o surgimento de novas ameaças competitivas pode levar a algum nível de realização de lucros.
A GPS apresentou resultados fracos no 2T25, com receita de R$4,298 bilhões (+23% A/A), impulsionada por aquisições, mas com crescimento orgânico modesto (+6% A/A), refletindo um ambiente competitivo mais desafiador, com pressão por preços menores e menor retenção de clientes.
Os custos mais altos, especialmente relacionados à integração da GRSA, pressionaram a margem EBITDA ajustada (ex-IFRS), que caiu 60bps A/A, para 9,4%. O lucro líquido foi de R$124 milhões (-11% A/A), abaixo das estimativas (-10% vs. nossa projeção e -15% vs. consenso), impactado por maior taxa efetiva de imposto e aumento nas despesas financeiras (+69% A/A). A alavancagem permaneceu estável em 1,6x dívida líquida/EBITDA, abaixo dos 2,2x registrados no 2T24.
A MRV & Co apresentou resultados fracos no 2T25, em linha com as estimativas, impactados principalmente pela Resia, que gerou uma perda de R$786 milhões com impairment de ativos legados à venda, resultando em prejuízo líquido ajustado consolidado de R$811 milhões.
Por outro lado, as operações core seguem em recuperação, com margem bruta ajustada de 33,7% (+0,9 p.p. T/T) e lucro líquido ajustado de R$90 milhões. Apesar da melhora operacional, mantemos a recomendação neutra para MRVE3, pois ainda é necessário avançar na desalavancagem e na geração de caixa.
Além disso, há cautela quanto à venda futura de recebíveis, dado o risco de aumento na inadimplência pro soluto em um cenário de desaceleração econômica no segundo semestre.
O Grupo Mateus apresentou crescimento de 15% na receita no 2T25, em linha com as estimativas, impulsionado por aumento de 7,3% nas vendas mesmas lojas (SSS), acima da inflação de alimentos, e pela abertura líquida de sete lojas no período.
Os destaques foram a expansão de 25bps na margem EBITDA, sustentada por melhora na margem bruta, e a redução de dois dias no ciclo de conversão de caixa, graças a melhores condições com fornecedores. O lucro líquido foi de R$349 milhões (+9% A/A), acima da estimativa, devido à menor alíquota de imposto.
A alavancagem permaneceu saudável, com dívida líquida/EBITDA em 0,5x, mesmo após o pagamento de R$130 milhões pela operação Novo. Apesar dos bons resultados operacionais e do potencial de valorização de 18%, mantemos recomendação neutra, dado que as ações já negociam a 8,4x P/E 2026 e o segmento de atacarejo segue abaixo da inflação de alimentos desde o 2S24.
A Simpar apresentou resultados mistos no 2T25, com bom desempenho operacional de Movida e JSL, mas pressionado pelos números mais fracos da Vamos e pelo aumento das despesas financeiras.
O prejuízo líquido ajustado foi de R$96 milhões, revertendo o lucro de R$49,3 milhões no 2T24, devido ao aumento de 30,6% nas despesas financeiras, impulsionado por maior endividamento (R$44,1 bilhões, +19% A/A) e custo médio da dívida mais alto (16,7%, +3,8 p.p. A/A). Apesar disso, a alavancagem medida por dívida líquida/EBITDA permaneceu estável em 3,6x, dentro do limite de 4,0x estabelecido em seus covenants.
A Viveo apresentou mais um trimestre fraco no 2T25, embora com alguns sinais de melhora. Houve retomada do crescimento da receita líquida, leve recuperação da margem bruta, geração de caixa positiva (ainda que modesta sem considerar o fator de recebíveis) e leve melhora na alavancagem.
A margem EBITDA ajustada surpreendeu positivamente, mas o lucro líquido ficou abaixo das expectativas devido à maior carga tributária.
A gestão destacou iniciativas em andamento para corrigir ineficiências estruturais, como otimização de estoques e redução de custos logísticos. Apesar dessas medidas, os desafios operacionais, a alta alavancagem em um cenário de juros elevados e o valuation atual justificam a manutenção da recomendação de venda para VVEO3.
A pesquisa revelou uma postura cautelosa a pessimista entre investidores locais antes da divulgação de resultados, com 88% acreditando que a expectativa de um trimestre fraco ainda não está precificada. Isso explica a baixa exposição comprada (6%) e o posicionamento vendido significativo (61%).
Há uma assimetria técnica clara: uma surpresa positiva nos resultados ou na orientação pode gerar forte alta nas ações, embora com baixa probabilidade. Por outro lado, resultados moderadamente fracos podem ter impacto limitado, a menos que comprometam a visão de médio prazo, especialmente em relação à qualidade dos ativos e à solvência.
O reestabelecimento do guidance está no centro das atenções, com expectativa de um valor médio de R$20 bilhões — cerca de 25% abaixo do consenso — o que, se confirmado, pode gerar reação negativa, frustrando investidores individuais (que vêm comprando na queda, com R$5,5 bilhões em aportes desde o 1T) e estrangeiros, que têm sido os principais vendedores líquidos e tendem a reagir fortemente a fatos relevantes.
Commodities
Petróleo apresenta queda (US$ 64.72/b; -0,60%)
Minério de ferro registra baixa (US$ 103,75/t; -0,65%)
Agenda do Mercado Hoje 13-08-2025
08:00 – Brasil – Pedidos de Hipoteca
09:00 – Brasil – Vendas do Varejo
Balanços hoje: JBS, Porto Seguro, Allos, Ambipar, Casas Bahia, Eneva, Hapvida, Hospital Mater Dei, Jalles Machado, Moura Dubeux, PagSeguro, Positivo, Raízen, SLC Agricola, Taesa, Tupy, Ultrapar
Empresas
Petrobras: Estatal recebeu autorização para testar seu plano de emergência na Margem Equatorial; Teste previsto para 24 de agosto é considerado último passo para emissão de licença de exploração
Marfrig & BRF: Cade aceita rito sumário em análise de negócio Marfrig-BRF
Braskem: Empresa rebaixada para BB- pela Fitch
Embraer: Companhia iniciada como compra por William O’Neil
Americanas: Prejuízo líquido 2T R$ 98 mi; empresa retoma sondagem para venda do Hortifruti
CVC: Ebitda ajustado 2T R$ 92,3 mi
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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.
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