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Maior vazamento de Pix da história: 11 milhões de dados expostos

O maior vazamento de Pix da história foi confirmado pelas autoridades brasileiras em 23 de julho de 2025.

Mais de 11 milhões de dados pessoais vinculados a chaves Pix foram indevidamente acessados no Sistema de Busca de Ativos Financeiros (Sisbajud), operado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Segundo o próprio CNJ, o incidente comprometeu dados cadastrais de pessoas físicas e jurídicas, tornando-se o episódio mais grave já registrado no Brasil envolvendo o sistema de pagamentos instantâneos Pix.

Escala do vazamento supera todos os anteriores

Anteriormente, o maior vazamento de dados relacionados ao Pix havia ocorrido em agosto de 2021, com o comprometimento de pouco mais de 414 mil chaves.

Contudo, neste novo incidente, o número de atingidos chega a 11.003.398 pessoas, um aumento de mais de 2.500% em relação ao caso anterior.

Além disso, o incidente ocorreu em dois dias consecutivos, 20 e 21 de julho de 2025, o que indica uma falha sistêmica de grande proporção.

Esse intervalo permitiu a extração de dados em massa antes que os mecanismos de segurança detectassem o acesso indevido.

Veja também:

Dados expostos não incluem informações bancárias sigilosas

Apesar da gravidade do caso, o CNJ e o Banco Central (BC) esclareceram que nenhum dado protegido pelo sigilo bancário foi acessado. De acordo com os órgãos, os dados violados foram:

  • Nome completo do titular da chave Pix
  • Chave Pix (CPF, e-mail, celular ou aleatória)
  • Nome da instituição financeira
  • Número da agência
  • Número da conta

Não houve exposição de senhas, extratos bancários, saldos ou movimentações financeiras. O BC fez questão de reforçar que as transações financeiras dos afetados permanecem seguras e não foram violadas.

O que é o Sisbajud e como o sistema foi afetado

O Sisbajud (Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário) é uma plataforma que permite que juízes acessem informações financeiras para o bloqueio de valores em contas bancárias.

O sistema é fundamental no cumprimento de decisões judiciais, especialmente em processos de execução fiscal, pensão alimentícia e recuperação de ativos.

Contudo, um acesso indevido à base de dados dessa plataforma foi registrado, permitindo que terceiros tivessem contato com milhões de registros.

As falhas de segurança ainda estão sendo apuradas, mas especialistas acreditam que pode ter havido vulnerabilidade de autenticação ou ausência de mecanismos de rastreamento avançado.

Medidas adotadas após o incidente

Imediatamente após a confirmação do vazamento, o Banco Central e o CNJ iniciaram investigações internas para apurar a origem e a extensão da falha.

Em nota oficial, o BC declarou que “foram adotadas as ações necessárias para a apuração detalhada do caso”, indicando o envolvimento de equipes técnicas e jurídicas.

Enquanto isso, o CNJ anunciou que não entrará em contato diretamente com os cidadãos afetados.

Em vez disso, será disponibilizado um canal exclusivo de consulta no site oficial do Conselho (www.cnj.jus.br), para que qualquer cidadão possa verificar se seus dados foram comprometidos.

Como se proteger após o vazamento

Embora nenhuma senha ou dado financeiro sensível tenha sido exposto, é fundamental que os cidadãos adotem medidas de precaução. Entre as principais recomendações estão:

  • Evitar clicar em links de e-mails ou mensagens suspeitas, especialmente se mencionarem Pix ou instituições financeiras.
  • Ativar a verificação em duas etapas em aplicativos bancários e plataformas digitais.
  • Monitorar transações bancárias com frequência, mesmo que o saldo não tenha sido afetado.
  • Ficar atento a tentativas de golpes usando dados pessoais como nome e número de conta.
  • Consultar o site do CNJ nos próximos dias para confirmar se os seus dados estão entre os afetados.

Contexto dos vazamentos anteriores no Brasil

Desde a implementação do Pix, em 2020, o Banco Central tem mantido uma página para registrar e divulgar vazamentos de chaves Pix.

Até o presente momento, o número de incidentes era considerado baixo e sem grandes consequências práticas.

Entretanto, com este novo episódio, as discussões sobre a segurança de dados no Brasil ganham nova urgência.

Esse vazamento supera, de longe, todos os anteriores. Para fins comparativos:

  • Agosto de 2021: 414.526 chaves vazadas
  • Janeiro de 2023: 228 mil chaves expostas
  • Julho de 2025: 11 milhões de registros comprometidos

A gravidade do incidente ressalta a necessidade de revisão urgente nos protocolos de segurança digital, especialmente nos sistemas que integram o Judiciário e o sistema financeiro.

Reações do mercado e de especialistas em cibersegurança sobre maior vazamento de Pix da história

Especialistas em segurança digital classificaram o vazamento como um dos mais alarmantes da história recente do país.

Segundo analistas, o incidente demonstra fragilidades em sistemas de acesso governamental a informações bancárias, que deveriam possuir mecanismos de autenticação em múltiplos níveis.

Além disso, especialistas sugerem que seja feita uma auditoria completa no Sisbajud, com envolvimento de empresas independentes e órgãos como o Tribunal de Contas da União e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

A confiança da população no sistema Pix e nas instituições públicas também pode sofrer abalos, especialmente se novas falhas ocorrerem nos próximos meses.

O papel da ANPD diante do maior vazamento de Pix da história

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) ainda não se manifestou oficialmente sobre o episódio. No entanto, é esperado que o órgão abra um processo de apuração para averiguar responsabilidades e aplicar sanções, se for o caso.

Conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), vazamentos de dados devem ser comunicados imediatamente aos usuários e às autoridades competentes, o que, neste caso, foi cumprido em nota oficial.

A ANPD também pode exigir que o CNJ implemente medidas corretivas e de segurança adicionais, para garantir que novos episódios como este não voltem a acontecer.

O que muda para o cidadão após o maior vazamento de Pix da história

Mesmo que nenhum dado financeiro tenha sido diretamente afetado, os usuários devem estar atentos. Dados como nome, número de conta e chave Pix podem ser utilizados em tentativas de fraudes ou phishing.

Por isso, é importante que os brasileiros compreendam que a exposição de dados não é inofensiva, mesmo que senhas não tenham sido vazadas.

Em mãos erradas, essas informações podem servir para engenharia social, abertura de contas fraudulentas ou golpes personalizados.

A vigilância constante e o senso crítico digital são os melhores aliados dos usuários nesse momento.

Conclusão: Maior vazamento de Pix da história exige respostas rápidas

O maior vazamento de Pix da história representa um marco negativo na proteção de dados pessoais no Brasil.

Com mais de 11 milhões de registros comprometidos, o episódio acende o alerta sobre a fragilidade de sistemas públicos que armazenam dados bancários sensíveis.

Portanto, medidas urgentes precisam ser tomadas por todas as esferas envolvidas — CNJ, Banco Central, ANPD e o próprio Judiciário.

A confiança da população no sistema Pix, uma das inovações mais bem-sucedidas do sistema financeiro brasileiro, não pode ser colocada em risco.

A transparência, o reforço da cibersegurança e a atuação proativa na proteção de dados devem ser prioridades a partir de agora.

Perguntas Frequentes

  • Quais dados foram vazados?
    Foram expostos nome completo, chave Pix, banco, agência e número da conta.
  • Senhas ou saldos foram acessados?
    Não. Segundo o BC e o CNJ, não houve acesso a dados sob sigilo bancário.
  • Como saber se meus dados foram comprometidos?
    Um canal oficial será disponibilizado pelo site do CNJ: www.cnj.jus.br.
  • Devo trocar minha chave Pix?
    Não é obrigatório, mas pode ser uma medida de segurança adicional.
  • Posso processar o governo ou o CNJ?
    Isso dependerá da apuração dos fatos. A ANPD poderá aplicar sanções.
Filipe Andrade

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