Os fundos imobiliários hoje 21-07-2025 voltaram ao centro das atenções após uma semana marcada por oscilações no IFIX e tensões políticas internacionais.
Na última sexta-feira (18), o índice IFIX teve queda de 0,29%, encerrando o dia aos 3.465,01 pontos.
Ao longo da semana, o índice acumulou perda de 0,52%, e no mês de julho, o recuo já soma 0,54%.
A instabilidade foi alimentada por incertezas geopolíticas e possíveis impactos nos mercados globais.
Na sexta-feira, cresceu o receio de que o presidente dos EUA, Donald Trump, respondesse com medidas econômicas às restrições impostas pelo STF ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Contudo, durante o fim de semana, Trump não comentou o assunto diretamente.
Entretanto, ele voltou a criticar o grupo dos Brics e mencionou a possibilidade de impor uma tarifa de 10% a países-membros, incluindo o Brasil. Segundo ele, isso se justificaria caso houvesse “iniciativas contra o dólar”.
Esse tipo de declaração aumenta a aversão ao risco por parte dos investidores, que tendem a buscar ativos mais conservadores.
Por isso, embora os fundos imobiliários não sofram impacto direto com essas tarifas, o risco maior está na possível migração de capital para a renda fixa.
Além disso, uma elevação da inflação pode forçar o Banco Central a reconsiderar o fim do ciclo de alta da Selic.
Entre os destaques negativos dos fundos imobiliários hoje 21-07-2025, está o IRDM11. O fundo, que tem mais de 275 mil cotistas e patrimônio líquido de R$ 3 bilhões, sofreu forte queda após anunciar uma proposta de fusão com o IRIM11.
Atualmente, cerca de 80% dos ativos do IRDM11 são CRIs, sendo 70% deles atrelados ao IPCA com spread médio de 8,82%.
Com o anúncio da fusão, o fundo perdeu mais de 6% em valor de mercado. Essa reação negativa do mercado reflete a incerteza quanto à estratégia futura do fundo.
A fusão ainda depende da aprovação dos cotistas e só deve ser concluída em novembro. A ideia da gestora Iridium é criar um fundo multiestratégia, que combine imóveis físicos, cotas de outros FIIs, CRIs e até ações do setor imobiliário.
Isso permitiria mais flexibilidade e diversificação, favorecendo a adaptação ao cenário econômico.
A primeira etapa do processo de fusão é a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Os cotistas têm até 30 de julho para autorizar a 13ª emissão de cotas, que pretende levantar até R$ 120 milhões.
Esse valor será investido na aquisição de cotas de um fundo monoativo, que possui um imóvel estratégico.
Depois disso, será convocada uma nova AGE para votar a dissolução e liquidação do IRDM11, transferindo seus ativos ao IRIM11.
Os cotistas do IRDM11 receberão dinheiro e cotas do novo fundo. A proposta visa consolidar ativos e fortalecer a atuação em um cenário mais competitivo e desafiador.
Diferente do IRDM11, o fundo XPML11 apresentou estabilidade e consistência na distribuição de dividendos. Pelo 14º mês consecutivo, o fundo manterá a distribuição de R$ 0,92 por cota, com pagamento marcado para 25 de julho.
Com base na cotação de junho (R$ 104,15), o valor representa um dividend yield mensal de 0,883%. Os dados se referem ao mês de junho, cujos resultados completos ainda não foram divulgados.
No entanto, o relatório de maio já mostrou uma receita de R$ 67,475 milhões, sendo R$ 62,296 milhões oriundos dos ativos imobiliários sob sua administração.
Além disso, o XPML11 acumulou resultado não distribuído de R$ 0,93 por cota em maio, o que reforça sua saúde financeira e previsibilidade de pagamentos futuros.
A gestão tem focado em manter locações sólidas e ativos bem posicionados no varejo físico, favorecendo a resiliência do portfólio mesmo em momentos de incerteza.
O cenário atual exige cautela e análise criteriosa dos fundos imobiliários hoje 21-07-2025. A instabilidade internacional, os possíveis desdobramentos políticos internos e as decisões de política monetária seguem no radar dos investidores.
Enquanto fundos como o IRDM11 enfrentam momentos turbulentos, outros como o XPML11 mostram resiliência e consistência.
A diversificação de carteira segue como a principal estratégia para proteger os investimentos. Fundos com exposição a diferentes segmentos, como lajes corporativas, shoppings e CRIs, tendem a ter desempenho mais estável.
Além disso, monitorar a inflação, os juros futuros e o apetite dos investidores institucionais será fundamental nos próximos meses.
Mesmo com oscilações, os FIIs seguem sendo uma alternativa atrativa para quem busca renda passiva com isenção de IR e valorização de longo prazo.
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