Fundos imobiliários hoje 11-07-2025 apresentam um cenário cauteloso, refletindo os impactos de decisões externas e a expectativa por dados econômicos nacionais.
O IFIX, índice que acompanha o desempenho dos principais FIIs da Bolsa brasileira, fechou o pregão de quinta-feira (10) em 3.474,99 pontos, registrando queda de 0,22% em relação ao dia anterior.
Esse movimento negativo ocorreu após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Logo na abertura, o IFIX atingiu sua mínima do dia, tentando uma leve recuperação ao longo das horas seguintes.
Porém, o índice não conseguiu retomar os níveis da véspera. Ainda que os fundos imobiliários não tenham relação direta com tarifas de importação ou exportação, o clima de incerteza macroeconômica influencia negativamente o mercado.
Além disso, investidores observam com atenção os impactos dessas decisões sobre a economia nacional, principalmente no que se refere à inflação e à política monetária.
Fundos atrelados ao CDI ou a índices inflacionários podem ter seu desempenho afetado conforme os desdobramentos desse cenário.
Entre os destaques desta sexta-feira (11), a divulgação dos dividendos de fundos como CPTS11, VGIR11 e VGIP11 chamou a atenção dos investidores.
O fundo CPTS11 anunciou o pagamento de R$ 0,088 por cota, valor superior ao mês anterior, quando havia distribuído R$ 0,087. Esse é o maior valor dos últimos 23 meses, demonstrando consistência nos resultados.
Além disso, terão direito ao rendimento os cotistas que possuíam cotas até o fechamento de 10 de julho. O pagamento está previsto para o dia 17 de julho de 2025, referente ao desempenho de junho.
Importante ressaltar que esses proventos continuam isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que aumenta a atratividade do ativo.
Nos últimos 12 meses, o FII CPTS11 distribuiu R$ 0,932 por cota. Considerando a cotação de fechamento de junho, de R$ 7,47, isso representa um dividend yield mensal de 1,178%.
No entanto, em 2025, o fundo pagou R$ 0,484 por cota até o momento, valor inferior ao montante de R$ 0,525 do mesmo período de 2024. Portanto, há uma queda de 7,81% nos rendimentos na comparação anual.
Por outro lado, o fundo VGIR11, da gestora Valora, focado em recebíveis indexados ao CDI, manteve o pagamento de R$ 0,12 por cota pelo quarto mês consecutivo. Com cotação de R$ 9,66, isso representa um dividend yield de 1,24%.
Além disso, o VGIP11, também da Valora, com papéis ligados principalmente ao IPCA, anunciou dividendos de R$ 1,25 por cota.
Considerando o preço de R$ 81,90, o retorno mensal chega a 1,52%, o que mostra o bom desempenho de fundos atrelados à inflação em momentos de incerteza econômica.
Para os próximos dias, os investidores devem acompanhar a divulgação dos dados de inflação, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) e possíveis atualizações sobre as medidas de retaliação ao Brasil por parte dos Estados Unidos.
Esses fatores tendem a impactar diretamente o comportamento dos fundos atrelados a juros e inflação.
Ainda assim, os analistas seguem otimistas com o setor. Fundos bem diversificados e com bom histórico de pagamentos continuam sendo as melhores opções para quem busca renda passiva.
O cenário atual exige mais cautela e atenção à composição da carteira, principalmente em relação à exposição aos diferentes setores e indexadores.
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