A Dívida do Atlético tem sido um dos principais entraves na gestão administrativa e financeira do clube nos últimos anos.
De acordo com o relatório financeiro de 2024, divulgado pelo próprio clube e repercutido por especialistas do mercado esportivo, a situação é alarmante.
O relatório apontou que, caso o clube destine 20% de sua receita anual para quitar os débitos, levaria impressionantes 22,5 anos para zerar o passivo.
Esses dados posicionam o Atlético como o clube com o cenário mais crítico entre os principais times do futebol brasileiro.
Para entender a dimensão do problema, é necessário olhar os números. Atualmente, a dívida líquida do Atlético supera R$ 2,3 bilhões, valor que tem crescido ano após ano.
Segundo análise especializada, o cálculo considerou a média das receitas dos últimos três anos.
Mesmo com o aumento das receitas em alguns períodos, o crescimento do endividamento tem superado a geração de caixa, tornando a situação ainda mais delicada.
Além disso, a projeção de 22,5 anos para pagamento coloca o clube em uma posição muito desfavorável quando comparado aos rivais.
O Cruzeiro, por exemplo, aparece em segundo lugar no ranking dos clubes mais endividados, com um tempo estimado de 15 anos para liquidar suas dívidas. No entanto, a dívida do Galo é quase o dobro da apresentada pela Raposa.
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Por outro lado, clubes de menor expressão ou com uma gestão mais controlada apresentam um cenário mais otimista.
Cuiabá e Atlético-GO precisariam de menos de um ano para quitarem seus compromissos financeiros, se adotassem a política de destinar 20% das receitas.
Além disso, Juventude e Criciúma poderiam, teoricamente, sanar suas dívidas imediatamente, demonstrando uma saúde financeira muito superior à do clube mineiro.
Em 2023, o Atlético decidiu seguir o caminho da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com a promessa de que o novo modelo de gestão traria maior profissionalismo e rigor financeiro.
Segundo o empresário Ricardo Guimarães, um dos líderes da transição para a SAF, a expectativa inicial era de eliminar a dívida até 2027.
No entanto, o cenário se mostrou mais desafiador do que o previsto. Já em 2024, a nova projeção apontava que a quitação total dos débitos só ocorreria até o final de 2028.
Mesmo com metas ambiciosas como o projeto “Galo 2030”, que visa transformar o Atlético em uma potência dentro de campo e financeiramente sólida, o caminho ainda é longo e cheio de obstáculos.
Conforme determina a Lei da SAF, os clubes têm até 10 anos para regularizar suas dívidas. Dentro dessa lógica, se o Atlético mantiver o ritmo atual e continuar destinando apenas 20% das receitas, o prazo legal não seria cumprido, exigindo um esforço muito maior da nova gestão.
Para respeitar esse limite, o clube teria que comprometer até 50% de sua receita anual apenas com pagamento de dívidas, o que comprometeria investimentos em elenco, infraestrutura e categorias de base.
Caso o planejamento não seja cumprido, o clube pode enfrentar sanções legais e administrativas, o que colocaria ainda mais pressão sobre a gestão atual.
Além disso, o endividamento elevado compromete a atratividade do clube para investidores, reduz a competitividade no mercado de contratações e pode gerar instabilidade no ambiente interno, com reflexos no desempenho esportivo.
Durante os últimos anos, o Atlético fez investimentos pesados em estrutura e elenco, incluindo a construção da Arena MRV, além de contratações milionárias.
Apesar dos títulos recentes, como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, os gastos superaram os retornos financeiros.
A consequência direta foi o aumento do passivo. Especialistas apontam que houve falta de planejamento a longo prazo, e que a empolgação com os resultados esportivos ofuscou a necessidade de controle financeiro.
Diante do cenário, o clube precisa adotar ações emergenciais e estratégias sólidas de médio e longo prazo. Entre as alternativas mais discutidas estão:
Com a SAF, há a expectativa de melhor controle orçamentário e mais transparência na gestão, o que poderia atrair novos aportes financeiros.
Porém, o clube ainda precisa demonstrar aos investidores que tem um plano viável de recuperação.
Para manter o apoio da torcida e da sociedade, o Atlético precisa comunicar com clareza seus objetivos, desafios e ações adotadas.
A transparência nas informações é um passo fundamental para reconstruir a confiança e manter os torcedores engajados.
Além disso, é importante lembrar que o torcedor é também consumidor e patrocinador indireto, já que contribui financeiramente por meio de programas de sócio-torcedor, compra de produtos oficiais e presença nos jogos.
Embora o cenário atual seja desafiador, há caminhos possíveis para a reversão da Dívida do Atlético.
O projeto Galo 2030 estabelece metas claras, como aumento de receitas, fortalecimento da marca, investimentos em estrutura e profissionalização da gestão.
Se as metas forem cumpridas com responsabilidade e transparência, o clube poderá entrar em uma nova fase, mais sólida e competitiva.
Contudo, o sucesso do plano depende diretamente da disciplina financeira, das escolhas estratégicas e da capacidade de execução da SAF.
O Atlético terá que equilibrar os investimentos em futebol com a necessidade urgente de reduzir o passivo.
Atualmente, a Dívida do Atlético é um dos maiores entraves para o crescimento sustentável do clube. Com um passivo que ultrapassa R$ 2,3 bilhões, o Galo aparece como o clube com maior tempo estimado para quitar suas dívidas entre os times da elite do futebol nacional.
O tempo estimado de 22,5 anos, considerando o uso de 20% da receita anual, ultrapassa o limite permitido pela Lei da SAF e impõe grandes desafios para os próximos anos.
Embora a criação da SAF tenha trazido mais profissionalismo, a Dívida do Atlético continua sendo um fardo pesado.
As projeções que antes apontavam quitação até 2027 agora indicam o ano de 2028 como meta. Isso amplia a desconfiança de parte da torcida e da mídia especializada sobre a viabilidade do projeto.
Enquanto clubes como Cuiabá, Juventude e Criciúma demonstram capacidade de sanar dívidas rapidamente, o Atlético aparece no extremo oposto.
O fato de precisar de mais de duas décadas para eliminar o passivo coloca o clube em alerta máximo.
Com menos recursos livres para investir, o Atlético pode ter dificuldades para manter elencos competitivos.
Além disso, a Dívida do Atlético pode dificultar renovações contratuais, pagamento de bônus e até impactar a chegada de reforços importantes.
– Qual o valor atual da Dívida do Atlético?
Atualmente, a dívida líquida está acima de R$ 2,3 bilhões.
– Quanto tempo levaria para pagar toda a dívida?
Se o clube destinasse 20% da receita anual, levaria 22,5 anos.
– A SAF resolveu o problema da dívida?
Não totalmente. A Dívida do Atlético ainda é um grande desafio, mesmo após a transformação em SAF.
– Quais clubes têm a menor dívida no Brasil?
Cuiabá, Atlético-GO, Juventude e Criciúma aparecem com os melhores índices.
– Qual é o plano do clube para reverter o quadro?
O clube aposta no projeto Galo 2030, com metas para sanar a dívida até 2028.
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