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Bolsa de valores

Mercado Hoje 26/05/2025: Saiba as principais notícias

Filipe Andrade

Publicado

em

Mercado Hoje 06/06/2025: Saiba as principais notícias

Saiba as principais notícias do Mercado Hoje 26/05/2025 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Bolsas mistas; Commodities em baixa. Recuo de Trump e Focus são destaques. Análise do aumento do IOF para a bolsa e setores. Confira!

Fechamento dia anterior
Ibovespa: 137.824 (+0,40%)
S&P: 5.842 (-0,04%)
Dólar Futuro: R$5,66 (-1,84%)

Análise Técnica

O Ibovespa apresentou alta de 0,40% no último pregão, cotado a 137.824 pontos. O ativo apresenta tendência de alta no médio prazo e neutra no curto. A primeira resistência fica em 140.200 pontos e a segunda em 142.350. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 137.200. O próximo fica na faixa de 133.100 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de 1,84% no último pregão, cotado a 5.657,50 pontos. O ativo apresenta tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.625 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.470. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.770 e a segunda em 6.000.

Exterior

Bolsas na Europa e futuros nos EUA em alta. O mercado americano reage ao adiamento por mais um mês do prazo para início das tarifas de 50% sobre produtos da zona do euro. O petróleo e o minério de ferro apresentam queda.

Doméstico

A Pesquisa Focus, os dados de conta corrente e de confiança do consumidor são os destaques da agenda doméstica. De acordo com o Estado, a equipe econômica poderia compensar perda com recuo do IOF.

Atualizações do Mercado Hoje 26/05/2025

Estratégia

Na última sexta-feira, o Ministério da Fazenda (MF): (i) anunciou um congelamento de R$31,3 bilhões no orçamento de 2025, melhor do que o esperado pelo mercado; e (ii) publicou um decreto com mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – o que surpreendeu negativamente o mercado –, com o objetivo de cumprir as regras do arcabouço fiscal. O decreto elevou a alíquota de IOF em várias categorias, como financiamentos, seguros de previdência privada e operações de câmbio.

Diante da reação negativa do mercado, o Ministério da Fazenda revogou parte do decreto que aumentava o IOF sobre remessas de fundos de investimento ao exterior e de pessoas físicas. Nossas primeiras impressões acerca das mudanças propostas no IOF mostram possíveis impactos sobre a dívida bancária local, especialmente sobre as empresas médias, além de maior custo para as empresas que utilizam a ferramenta de risco sacado e captam dívidas de curto prazo no exterior.

Serviços financeiros

Em 22 de maio, o governo brasileiro anunciou aumentos substanciais no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com o objetivo de arrecadar R$20,5 bilhões em 2025 e R$41 bilhões em 2026. Embora a medida possa oferecer alívio fiscal, ela também representa potenciais desafios para o setor financeiro. Compartilhamos nossa visão sobre os impactos esperados em: (i) bancos; (ii) mercado de capitais; (iii) empresas de meios de pagamento; e (iv) seguradoras. Para os bancos, o custo total para rolagem de crédito corporativo e operações de risco sacado deve aumentar cerca de 200bps, o que deve resultar em maior custo de risco e inadimplência.

Para as seguradoras, à primeira vista, o aumento do IOF poderia impulsionar a atividade no mercado de capitais, mas acreditamos que essa tendência já está em curso, com empresas securitizando dívidas há algum tempo. Para as empresas de mercado de capitais, à primeira vista, o aumento do IOF poderia impulsionar a atividade no mercado de capitais, mas acreditamos que essa tendência já está em curso, com empresas securitizando dívidas há algum tempo. Para meios de pagamento, não esperamos impacto relevante sobre operações de antecipação de recebíveis, já que o funding via FIDC permanece isento de tributação. O principal impacto deve ser o aumento no custo de funding de curto prazo e na carga tributária para pequenas e médias empresas (PMEs), especialmente as de médio porte.

Para as seguradoras, vemos um impacto marginalmente negativo sobre as operações de previdência de seguradoras e bancos, devido à possível redução nas contribuições mensais para planos VGBL, embora esse cenário deva afetar principalmente a base de clientes de maior renda.

Varejo

No último dia 22, o Ministério da Fazenda (MF), com o objetivo de cumprir as regras do novo arcabouço fiscal, publicou um decreto anunciando mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o que surpreendeu negativamente o mercado. O decreto aumenta a alíquota do IOF para diversas categorias, como financiamentos, previdência privada e operações de câmbio. Na prática, entendemos que as mudanças recentes no IOF têm impacto direto mínimo sobre as empresas sob nossa cobertura no setor de varejo.

No entanto, essas alterações podem levar a um aumento geral no custo da dívida para empresas que operam no Brasil. As companhias sob nossa cobertura podem optar por captar recursos por meio de outros instrumentos, como debêntures ou notas promissórias, ambos isentos de IOF. Além disso, acreditamos que as operações de antecipação de recebíveis dessas empresas não são tributadas.

Alimentos e bebidas

O governo brasileiro anunciou novas regras para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) (conforme já discutido pela nossa equipe de Estratégia — veja o relatório aqui), e realizamos uma análise rápida e preliminar para avaliar o possível impacto sobre as ações do setor de Alimentos e Bebidas (A&B).

Em nossa visão, o impacto deve ser limitado, se houver algum. Como grande parte da dívida das empresas do setor de A&B é composta por debêntures, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) ou outros instrumentos isentos de IOF, o impacto tende a ser muito limitado. Por outro lado, pode haver um impacto moderado sobre operações de forfait (embora os fornecedores provavelmente absorvam esse custo adicional), já que a representatividade desse instrumento como percentual das contas a pagar não é desprezível, especialmente para Minerva e BRF.

Além disso, não prevemos impacto relevante sobre a dívida externa, já que as empresas do setor de carnes são companhias globais com geração significativa de caixa em mercados internacionais, o que elimina a necessidade de remeter recursos do Brasil para honrar seus instrumentos de financiamento.

Saúde

Após o anúncio das novas regras para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) (veja nosso relatório de estratégia aqui), realizamos uma análise rápida para avaliar o possível impacto sobre as ações do setor de Saúde. Nossa primeira impressão é de que o impacto potencial, se houver, será bastante limitado.

Debêntures e CRIs/CRAs representam uma parcela significativa da dívida das empresas do setor de Saúde (entre 65% e 100%) e são isentos de IOF. Se assumirmos que essas empresas precisariam rolar as dívidas com vencimento em 2025 e 2026 utilizando instrumentos não isentos (como crédito bancário), o impacto sobre o LPA seria de baixo a moderado. Rede D’Or e Viveo possuem parcelas relativamente pequenas de suas dívidas em moeda estrangeira. Também não prevemos impacto relevante nesse ponto, já que se tratam de instrumentos de longo prazo, também isentos de IOF.

Educação

Após o anúncio das novas regras para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) (veja nosso relatório de estratégia aqui), realizamos uma análise rápida para avaliar o possível impacto sobre as ações do setor de Educação. Nossa primeira impressão é de que o impacto potencial, se houver, será bastante limitado.

Debêntures e outros instrumentos de dívida isentos de IOF representam uma parcela significativa da dívida das empresas do setor de Educação (entre 80% e 100%). Se assumirmos que essas empresas precisariam rolar as dívidas com vencimento em 2025 e 2026 utilizando instrumentos não isentos (como crédito bancário), o impacto sobre o LPA seria de baixo a moderado. No entanto, essa é uma suposição bastante conservadora, já que: (i) as empresas do setor estão gerando caixa e reduzindo alavancagem; e (ii) nada impede a emissão de debêntures de longo prazo para rolar a dívida.

JBS no Mercado Hoje 26/05/2025

A JBS anunciou na última sexta-feira (23) que os acionistas minoritários aprovaram a proposta de listagem dupla durante a Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta data, embora a contagem final dos votos ainda não tenha sido divulgada.

A aprovação já era amplamente esperada, e vemos isso como um desenvolvimento positivo, dado o potencial de destravamento de valor, já que JBSS3 atualmente negocia com um desconto de 10% em relação à sua subsidiária Pilgrim’s Pride (PPC) e de 19% em relação aos pares nos EUA. Segundo o cronograma da companhia, as ações Classe A da JBS NV devem começar a ser negociadas em 12 de junho, caso o processo transcorra conforme o esperado. A empresa também aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$2,218 bilhões (dividendo por ação de R$1,00, equivalente a um dividend yield de 2,3%).

Mantemos recomendação de Compra para JBSS3 (com status de top pick), com base em seu valuation atrativo, forte geração de caixa e portfólio e presença geográfica diversificados. Além disso, acreditamos que o processo de listagem dupla ainda tem espaço para reprecificação. Assumindo o mesmo múltiplo EV/EBITDA da PPC, haveria um potencial adicional de valorização de 22% para a ação.

Outras informações do Mercado Hoje 26/05/2025

Commodities
Petróleo apresenta queda (US$ 63,14/b; -2,53%)
Minério de ferro registrou queda (US$ 96,90/t; -1,24%)

Agenda do Mercado Hoje 26/05/2025
08:30 – Brasil – Balança Comercial

Empresas
Petrobras: Tolmasquim deixa cargo de diretor de transição energética
Petrobras: FPSO inicia operação 2 meses antes do previsto
Braskem: Novonor e Tanure entram em negociações exclusiva pela empresa
Azul: Companhia diz que avalia alternativas e ainda não houve formalização
Macquarie: Empresa compra 100% da Monte Rodovias
Motiva: Companhia aprova emissão de R$ 1,3 bi em debêntures

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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.

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