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Mercado Hoje 16/05/2025: Saiba as principais notícias
Saiba as principais notícias do Mercado Hoje 16/05/2025 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Bolsas em alta; Commodities mistas. Sentimento e inflação são destaques nos EUA. Atualizamos distribuição, VBBR (+) segue como top pick. Resultados do 1T25: BBAS (-), CSAN (-), ONCO (-), CPFE (+) e EZTC (+). Resultados e Proposta de fusão entre MRFG (+) e BRFS (+). Confira!
Fechamento dia anterior
Ibovespa: 139.334 (+0,66%)
S&P: 5.917 (+0,41%)
Dólar Futuro: R$5,70 (+0,72%)
Análise Técnica
O Ibovespa apresentou alta de 0,66% no último pregão, cotado a 139.334 pontos. O ativo apresenta tendência de alta no médio prazo e neutra no curto. A primeira resistência fica em 140.000 pontos e a segunda em 140.750. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 137.300. O próximo fica na faixa de 133.100 pontos.
O Dólar Futuro apresentou alta de 0,72% no último pregão, cotado a 5.703,50 pontos. O ativo apresenta tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.635 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.470. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.835 e a segunda em 6.000.
Exterior
Bolsas na Europa e futuros nos EUA negociam em alta. Os últimos dados de inflação anunciados nos EUA mostraram que as empresas estão absorvendo parte do impacto das tarifas e o presidente do Fed de Atlanta indicou que vê um corte de juros este ano. Na agenda, os EUA divulgam sentimento do consumidor, expectativas de inflação da Universidade de Michigan e dados de moradias. O petróleo sobe levemente e o minério de ferro cai, mas caminha para um ganho semanal.
Doméstico
O IGP-10 de maio é destaque da agenda local e a estimativa aponta para alta de 0,17% na comparação mensal. Hoje é dia de vencimento de opções sobre ações na B3.
Atualizações do Mercado Hoje 16/05/2025
Alimentos e bebidas
A perspectiva continua positiva para a produção de milho e soja. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a oitava edição da atualização mensal da estimativa de produção de grãos para as safras deste ano (veja o documento aqui).
O cenário segue otimista para as colheitas de milho e soja deste ano, com a agência revisando novamente para cima suas estimativas de produção. Isso reforça nossa visão de uma oferta positiva, o que pode implicar em pressão baixista sobre os preços. Dentro do nosso universo de cobertura, a BRF (Compra) é a empresa com maior exposição a frango e suíno, seguida pela JBS (Compra e nossa principal escolha).
Distribuição de combustível
Estamos atualizando nossas estimativas para Vibra Energia e Ultrapar. Mantemos nossa recomendação de Compra para a Vibra (VBBR3) e introduzimos um Preço Alvo de 12 meses de R$27/ação (anteriormente R$35), o que implica um potencial de valorização de 42%. Também mantemos nossa recomendação Neutra para a Ultrapar (UGPA3) e introduzimos um Preço Alvo de 12 meses de R$22/ação (anteriormente R$26), o que implica um potencial de valorização de 26%.
Mantemos a Vibra como nossa preferência para exposição ao setor. Continuamos a gostar da capacidade de geração de caixa e do posicionamento de mercado de ambas as companhias. Nossa preferência pela Vibra se justifica principalmente por seu maior potencial de valorização. Atualmente, vemos a Vibra com um FCF yield de 15% (excluindo a aquisição da Comerc) e um dividend yield de 5%, ambos para 2025. Para a Ultrapar, vemos um potencial de valorização mais limitado nos preços atuais, com FCF yield de 11% e dividend yield de 3%, ambos para 2025.
Cyrela
A Cyrela divulgou resultados neutros no 1T, amplamente em linha com nossas estimativas. O forte desempenho de vendas nos últimos trimestres impulsionou uma expansão de +24% a/a na Receita, ao mesmo tempo em que sustentou uma saudável margem bruta ajustada de 34,4% (+1,3 p.p. a/a).
Isso, aliado a ganhos robustos de equivalência patrimonial e a um resultado financeiro líquido melhor do que o esperado, compensou o aumento da participação de minoritários e levou a uma sólida expansão de 23% a/a no Lucro Líquido e um ROE de 14%. Continuamos confiantes de que os baixos níveis de estoque da Cyrela (11 meses de vendas), sua equipe de gestão qualificada, reconhecimento de marca e balanço sólido devem sustentar a companhia frente a eventuais ventos contrários no cenário macroeconômico.
Banco do Brasil
O BBAS reportou um Lucro Líquido fraco de R$7,4 bilhões (ROE de 16,7%), 13% abaixo das nossas estimativas (a menor projeção do mercado após nossa prévia). Atribuímos parte desse desvio à nova Resolução nº 4966, que impactou a suspensão da apropriação de receitas de juros em -R$1 bilhão no NII e outros -R$360 milhões devido ao diferimento de tarifas de originação de crédito.
Ainda assim, os resultados teriam ficado abaixo do consenso, e a qualidade dos ativos foi muito negativa no trimestre, com piora de R$1 bilhão em novos NPLs tanto em crédito para pessoa física quanto jurídica, e o Agronegócio mantendo um nível muito elevado de R$4 bilhões, acima da média histórica.
Cosan
A Cosan reportou um EBITDA sob gestão de R$5,0 bilhões no 1T25, ficando 16% abaixo da nossa estimativa e 30% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior — refletindo principalmente os resultados mais fracos de Raízen, Rumo e Moove —, parcialmente compensados pelos números mais fortes de Compass e Radar.
O prejuízo líquido na holding foi de R$1,8 bilhão, em comparação com um prejuízo de R$192 milhões reportado no 1T24. Esse resultado reflete, em grande parte, a queda nos ganhos de equivalência patrimonial, devido ao desempenho operacional mais fraco das empresas investidas e ao aumento das despesas tributárias.
CPFL
Os resultados da CPFL foram sólidos, com EBITDA ajustado levemente acima da nossa estimativa, resultado de um desempenho de custos melhor, especialmente na unidade de Distribuição.
Os volumes da Distribuição sofreram devido à base de comparação difícil do ano anterior (como antecipado em nossa prévia trimestral) e as perdas aumentaram, mas a inadimplência melhorou t/t. O despacho continua prejudicando os resultados da unidade de Geração. Mantemos recomendação Neutra para CPFL, principalmente por motivos de Valuation.
Oncoclínicas
O EBITDA ajustado ficou 54% abaixo da nossa estimativa e 57% abaixo do consenso. A Oncoclínicas reportou resultados bastante fracos no 1T25, significativamente abaixo das expectativas.
O trimestre foi marcado por uma desaceleração contínua no crescimento da Receita, pressão persistente nas margens devido à menor alavancagem operacional e ao aumento da participação de contratos menos rentáveis e de menor risco. Mantemos recomendação de Venda para ONCO3, pois acreditamos que a combinação de receitas em desaceleração, margens mais baixas e um balanço ainda alavancado oferece uma relação risco-retorno pouco atrativa à luz do atual Valuation.
Marfrig e BRF no Mercado Hoje 16/05/2025
Surpresa positiva em ambas as divisões, mas a proposta de fusão anunciada na noite de ontem (15) torna esta divulgação de resultados relativamente menos relevante. Marfrig e BRF apresentaram sólidos resultados operacionais, com a BRF superando nossas estimativas de EBITDA ajustado em 9%. No entanto, a grande notícia foi a tão aguardada proposta de fusão entre as duas companhias, que analisamos.
Marfrig e BRF anunciaram uma proposta de fusão, algo que era aguardado há muito tempo e representa um passo natural, já que a Marfrig consolidou sua posição acionária na BRF. No entanto, houve muita especulação nos últimos anos sobre a estrutura do acordo e pouca clareza sobre o que realmente aconteceria. Agora que finalmente temos um acordo sobre a mesa, muitas perguntas estão sendo respondidas, embora ainda haja incertezas quanto aos desdobramentos para os acionistas de cada empresa.
Nossa primeira leitura é que o acordo será positivo para MRFG3 e levemente negativo no curto prazo para BRFS3, com os dividendos e as potenciais sinergias compensando, no longo prazo, a relação de troca desfavorável. Os ADRs da BRF caíram 7% no aftermarket da NYSE após o anúncio. Por ora, mantemos recomendação de Compra para ambas as ações, já que os méritos do acordo parecem sólidos e os fundamentos permanecem fortes.
Orizon no Mercado Hoje 16/05/2025
O EBITDA reportado da Orizon foi de R$106 milhões (+6% a/a), excluindo equivalência patrimonial, 4,9% abaixo da nossa estimativa e em linha com o consenso, mais uma vez impactado por maiores despesas com SG&A, como consequência de uma nova fase de crescimento relacionada ao desenvolvimento de projetos de biometano.
O prejuízo líquido, ajustado para excluir minoritários, foi de R$6 milhões, frente à nossa estimativa de lucro de R$15 milhões, impactado por resultados financeiros mais fracos. Segundo a Orizon, a companhia negociou 750 mil em créditos de carbono no 1T25. A empresa concluiu recentemente (14 de maio) sua oferta subsequente (follow-on), emitindo um total de 13,2 milhões de ações e levantando R$635 milhões em novo capital, que deverá ser utilizado em novas aquisições no segmento de gestão de resíduos.
A Orizon também publicou um acordo de acionistas com detalhes sobre o relacionamento com o novo acionista de referência (EB Capital) e diretrizes para o conselho e decisões de investimento.
Eztec no Mercado Hoje 16/05/2025
Os resultados do 1T da Eztec superaram tanto as estimativas do Safra quanto o consenso da Bloomberg, principalmente devido aos fortes níveis de margem bruta e às menores despesas comerciais, o que deve gerar uma reação positiva do mercado.
Ainda assim, mantemos recomendação Neutra para a companhia, pois, apesar da melhora operacional nos últimos trimestres, ela ainda carrega um dos maiores níveis de estoque do setor — 18 meses de vendas dos últimos 12 meses —, o que pode continuar pressionando seus lançamentos futuros e, consequentemente, os níveis de rentabilidade, dado o grande volume de capital próprio da empresa.
Outras informações do Mercado Hoje 16/05/2025
Commodities
Petróleo apresenta alta (US$ 63,50/b; +0,11%)
Minério de ferro registrou queda (US$ 99,70/t; -1,47%)
Agenda do Mercado Hoje 16/05/2025
08:00 – Brasil – IPC-S
09:30 – EUA – Construção de Casas
11:00 – EUA – Sentimento Universidade de Michigan
Empresas
Berkshire Hathaway: Gestora zerou sua posição no Nubank, movimento que faz parte de uma retirada mais ampla do setor financeiro; Gestora de Warren Buffett também deixou de ser a maior acionista do BofA, após mais de uma década no topo, e tem evitado grandes aquisições desde antes do início da guerra comercial de Trump, segundo análise de relatórios 13F enviados à SEC
Petrobras: Petroleiros planejam greve nos dias 29 e 30 de maio após Estatal anunciar política de austeridade
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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.