Mercado Hoje 07/05/2025: Confira as principais notícias

Confira as principais notícias do Mercado Hoje 07/05/2025 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Bolsas mistas; Commodities em alta. Fed e Copom são destaques. Atualizamos GGBR (+) e reforçamos Compra. Resultados do 1T25: VBBR (+), ODPV (+), JSLG (+), RADL (-) e BLAU (-). Veja!

Fechamento dia anterior
Ibovespa: 133.515 (+0,02%)
S&P: 5.607 (-0,77%)
Dólar Futuro: R$5,75 (+0,29%)

Análise Técnica

O Ibovespa apresentou leve alta de 0,02% no último pregão, cotado a 133.515 pontos. O ativo apresenta tendência de alta no médio prazo e neutra no curto. A primeira resistência fica em 137.300 pontos e a segunda em 140.000. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 133.100. O próximo fica na faixa de 130.100 pontos.

O Dólar Futuro apresentou alta de 0,29% no último pregão, cotado a 5.749,50 pontos. O ativo apresenta tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.610 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.470. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.750 e a segunda em 6.000.

Exterior

Bolsas na Europa negociam em baixa e futuros nos EUA operam em alta reagindo a notícia de que secretários dos EUA negociarão tarifas com China esta semana. Adicionalmente, o Banco Popular da China reduziu a taxa de recompra reversa de sete dias de 1,5% para 1,4% e também reduzirá o compulsório em 0,5 ponto percentual. Na parte da tarde, o Fomc decidirá deve anunciar a manutenção da taxa de juros entre 4,25% e 4,5%, mas as atenções estarão voltadas para a fala de Jerome Powell. O petróleo e o minério de ferro apresentam alta.

Doméstico

A expectativa de consenso de mercado aponta para uma elevação da Selic para 14,75%, enquanto parte do mercado espera o fim do ciclo de alta nos juros. Na agenda, anda teremos a divulgação da produção industrial de março com estimativa de alta de 0,3% na comparação mensal.

Atualizações do Mercado Hoje 07/05/2025

Construtoras

De acordo com os dados mensais do Secovi, as construtoras de baixa renda mantiveram o forte ritmo dos meses anteriores, com lançamentos e vendas na cidade mantendo a tendência de alta.

O segmento de média/alta renda também registrou números operacionais resilientes. A desaceleração nas vendas ainda pode ser amplamente atribuída ao impacto sazonal de março (um fim de semana a menos no mês para vender imóveis), enquanto os níveis de estoque permanecem baixos em todos os aspectos — sustentando o apetite das incorporadoras por novos lançamentos.

Por outro lado, os números mais fracos de vendas acendem alguns sinais de alerta, já que o ambiente macroeconômico se deteriorou substancialmente.

Os bancos já elevaram as taxas de financiamento imobiliário, reduzindo ainda mais a já pressionada acessibilidade do nicho de média/alta renda, o que pode pesar mais fortemente nas vendas das construtoras nos próximos meses.

Mantemos a Cyrela como nosso nome preferido no segmento, pois vemos a companhia desafiando os fundamentos do setor em todas as frentes.

O excelente desempenho de vendas dos trimestres anteriores se traduziu em um dos menores níveis de estoque (11 meses de vendas), o que deve permitir uma atividade robusta de lançamentos ao longo do ano, garantindo assim maiores retornos.

Gerdau

Mantemos nossa visão positiva sobre a Gerdau com base no momentum de lucros, posicionamento leve dos investidores e perspectivas de melhora no fluxo de caixa, embora ainda tímidas.

Vemos um leve potencial de alta em relação às projeções de consenso para EBITDA e FCF, já que a América do Norte pode melhorar ainda mais e a empresa considera cortes de investimentos a partir de 2026.

Após uma queda de ~18% desde o início do ano, as ações da Gerdau ficaram atrás de todas as ações do setor de Aço, e embora o momentum para o aço esteja desafiador, acreditamos que melhores resultados no 2T25 contribuirão para um desempenho relativo superior.

A Gerdau continua sendo nossa principal escolha e é a única empresa com recomendação de Compra em nossa cobertura de Aço.

Caixa Seguridade

Os dados da Susep anteciparam um resultado do 1T25 da Caixa Seguridade melhor do que o da BBSE, embora com uma tendência mista nos prêmios.

Mais uma vez, a surpresa positiva de 2% foi atribuída principalmente às comissões maiores relacionadas ao desempenho consistentemente sólido nas operações de seguro habitacional e residencial, bem como em cartas de crédito (consórcio), que continuam ganhando participação nos lucros da companhia.

Os prêmios de vida hipotecária e residencial seguem com tendência positiva, o que é muito importante para a consistência do LPA.

O destaque negativo foram os prêmios emitidos de seguro prestamista, que ficaram bem abaixo de nossas já conservadoras premissas e indicaram que o desempenho de vendas em março se deteriorou ainda mais, o que não é um bom sinal para as tendências ao longo do ano.

Ainda assim, acreditamos que o desempenho das ações ontem, após a divulgação dos resultados da BBSE, pode ter antecipado uma perspectiva pior do que o esperado para o crescimento dos prêmios de seguro prestamista, por isso não esperamos que isso pese sobre o preço das ações no pregão de amanhã.

Odontoprev no Mercado Hoje 07/05/2025

O LPA ajustado foi de R$0,30, +9% a/a, +11% acima da estimativa do Safra e +4% em relação ao consenso da BBG.

Apesar da perda de beneficiários t/t, a Odontoprev reportou receita líquida em linha com nossas estimativas, embora o EBITDA e o LPA tenham superado nossas projeções devido a um desempenho melhor do que o esperado na maioria das linhas da DRE.

A Bradesco Dental continua sendo o destaque em termos de adições líquidas (especialmente no segmento PME), representando 51,2% da carteira.

A empresa também anunciou R$118 milhões em dividendos (data ex é 12 de maio e a data de pagamento é 10 de dezembro), o que representa um yield de 2,0% (2,6% se somarmos JCP a recompras relativas ao 1T).

No geral, mantemos recomendação Neutra para ODPV3, pois acreditamos que o valuation atual já reflete os fundamentos da ação, e os resultados do 1T25 não devem desencadear revisões positivas nas estimativas de lucro.

Vibra Energia

A Vibra reportou resultados sólidos, em linha com nossas estimativas. O EBITDA ajustado recorrente de R$1,649 bilhão ficou 2% abaixo de nossas projeções e 38% acima t/t, devido à consolidação dos números da Comerc.

Apesar dos volumes abaixo do esperado, o EBITDA do segmento de Distribuição de Combustíveis foi de R$1,381 bilhão (+23,5% t/t), em linha com nossa expectativa, implicando uma margem de R$164/m³ vs. nossa estimativa de R$160 e acima dos R$124 reportados no 4T24.

A margem foi beneficiada por um ambiente competitivo mais saudável no trimestre, pela estrutura de custos eficiente da companhia e por ganhos de estoques.

O segmento de Renováveis apresentou um EBITDA ajustado (pela participação) de R$268 milhões, queda de 10,8% t/t, já que o desempenho mais fraco dos segmentos de Soluções e Comercialização mais do que compensou os resultados do segmento de Geração.

O Lucro líquido de R$601 milhões (-6% vs. nossa estimativa) subiu 18% t/t, já que os números operacionais mais fortes foram parcialmente compensados por maiores despesas com impostos, depreciação e amortização, e despesas financeiras líquidas.

Prio

Os resultados operacionais do 1T25 da PRIO confirmaram mais uma vez as tendências esperadas, com EBITDA ajustado (ex-IFRS 16) de US$447 milhões, 39% maior t/t e 1% acima da nossa projeção.

O crescimento t/t foi impulsionado por offtakes 43% maiores, refletindo um trimestre completo de Peregrino, e preços de referência do petróleo praticamente estáveis.

O Lucro líquido foi de US$345 milhões, comparado a US$1.074 milhões no 4T (quando foi reconhecido um crédito fiscal significativo), e também acima da nossa projeção de US$146 milhões, já que maiores despesas com depreciação foram mais do que compensadas pelo efeito de impostos diferidos ligados ao impacto de um real mais forte sobre a base tributável da companhia. No geral, os resultados da PRIO confirmaram a melhora t/t esperada.

JSL no Mercado Hoje 07/05/2025

A JSL apresentou um resultado sólido no 1T25, impulsionado pelas renegociações de contratos iniciadas no 4T24 e pela melhora na eficiência operacional.

O EBITDA ajustado da companhia cresceu 13,8% a/a e ficou 5,8% acima da nossa estimativa, enquanto a margem EBITDA expandiu 29bps a/a e 232bps t/t, atingindo 19,8%, refletindo o sucesso nas renegociações de contratos e o foco da JSL em eficiência operacional.

Apesar da melhora nos indicadores operacionais, o Lucro líquido ajustado, excluindo os benefícios fiscais de JCP e ICMS, caiu 56,8% a/a para R$18 milhões, ainda acima da nossa estimativa, impactado negativamente pelas maiores despesas financeiras líquidas (+25,2% a/a).

Esperamos que a margem EBITDA da JSL melhore gradualmente nos próximos trimestres, à medida que o impacto total das renegociações de contratos em andamento se reflita nos resultados da companhia.

Consumo no Mercado Hoje 07/05/2025

A RADL apresentou um trimestre para ser esquecido, com desaceleração no crescimento das vendas (+11% a/a, em linha com nossa estimativa), pressionada por despesas de gerais, administrativas e com vendas, o que levou a uma queda de 95bps na margem EBITDA a/a — ou 87bps abaixo da nossa estimativa.

A surpresa negativa está principalmente relacionada ao maior número de funcionários por loja, situação que deve persistir até o 3T25. Reforçamos nossa visão cautelosa sobre o papel, já que a companhia deve enfrentar outros desafios nos próximos trimestres, como:

(i) maior número de feriados; e (ii) reajuste de preços da CMED abaixo da inflação, o que deve levar a revisões negativas nas estimativas de lucro líquido do consenso. Quanto à CRFB, no último resultado antes do processo de fechamento de capital, previsto para 5 de maio de 2025, os números da DRE vieram em linha com nossas projeções, exceto pelo lucro líquido, que foi melhor devido ao resultado financeiro acima do esperado.

No entanto, a companhia continuou queimando caixa (R$2 bilhões nos últimos 12 meses), principalmente devido ao aumento no volume de recebíveis descontados (R$1,2 bilhão nos últimos 12 meses).

Por fim, a BLAU apresentou uma surpresa negativa de 209bps na margem EBITDA em relação às nossas estimativas, principalmente devido ao impacto negativo no segmento de Varejo, Estética e Plasma.

Outras informações do Mercado Hoje 07/05/2025

Commodities
Petróleo apresenta alta (US$ 61,45/b; +0,13%)
Minério de ferro registrou alta (US$ 98,30/t; +0,81%)

Agenda do Mercado Hoje 07/05/2025
08h00 – EUA – Pedidos de Hipoteca
09h00 – Brasil – Produção Industrial
15h00 – EUA – Decisão Taxa de Juros
18h30 – Brasil – Decisão Taxa de Juros

Empresas
Nubank: Campos Neto será chefe de políticas públicas do banco, quando o seu período de ‘garden leave’ se encerrar em julho
Master: Justiça do DF proíbe BRB de assinar compra do banco
GPA: Empresa requer arbitragem contra Casino em caso sobre IRPJ
Petrobras: Estatal busca empresas estrangeiras para parcerias com estaleiros brasileiros, diz CEO Magda Chambriard
JBS: Empresa investirá R$ 216 mi em quatro unidades da Seara
Raízen: Companhia obtém financiamento de longo prazo de até R$ 1,5 bi

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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.