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Conta de luz ficará mais cara em maio — Entenda qual será o impacto real no seu bolso

Mudança da bandeira verde para amarela pode representar aumento significativo nas faturas; saiba como se proteger deste e de futuros aumentos

Aneel anunciou oficialmente a implementação da bandeira tarifária amarela para o mês de maio de 2025. Além disso, esta mudança ocorre após cinco meses consecutivos de aplicação da bandeira verde nas contas de energia elétrica dos brasileiros. Portanto, os consumidores enfrentarão um aumento significativo em suas faturas de eletricidade a partir do próximo mês. Enquanto isso, especialistas já recomendam medidas preventivas para minimizar o impacto financeiro nos orçamentos familiares.

Inicialmente, o acréscimo será de R$1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos pelos brasileiros. Posteriormente, esta alteração representa uma mudança drástica após o período de alívio entre dezembro de 2024 e abril de 2025. No entanto, o fim do período chuvoso justifica esta transição para a bandeira amarela. Consequentemente, a geração hidrelétrica tende a diminuir significativamente nos próximos meses.

O período seco está chegando com força ao território brasileiro neste ano. De fato, as previsões meteorológicas indicam uma estiagem mais severa que o normal para os próximos meses. Assim, o sistema elétrico nacional enfrentará pressões adicionais para manter o fornecimento estável. Contudo, o planejamento antecipado pode ajudar a amenizar os impactos desta situação.

Por conseguinte, o volume dos reservatórios das hidrelétricas já começa a preocupar os especialistas do setor energético. Em contrapartida, o acionamento de usinas termelétricas torna-se necessário para complementar a geração. Entretanto, esta alternativa eleva significativamente o custo da produção energética no país. Logo, o repasse aos consumidores torna-se inevitável dentro do modelo atual.

O sistema de bandeiras tarifárias funciona como um termômetro econômico do setor. Desde sua implementação em 2015, este mecanismo proporciona maior transparência aos consumidores sobre os custos reais da geração. Ademais, permite que as pessoas acompanhem mensalmente as condições do sistema elétrico nacional. Inclusive, facilita o planejamento financeiro das famílias brasileiras diante das oscilações sazonais.

Como o sistema de bandeiras da Aneel afeta sua fatura mensal

Primeiramente, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como um semáforo indicativo dos custos de geração. Desse modo, cada cor representa um nível diferente de acréscimo na conta de energia elétrica. Além disso, essas sinalizações refletem as condições hidrológicas e os custos adicionais de operação do sistema.

A bandeira verde indica condições favoráveis de geração, sem qualquer custo adicional ao consumidor. Geralmente, esta bandeira é acionada quando os reservatórios estão em níveis satisfatórios. Assim, o custo de produção da energia mantém-se dentro dos parâmetros previstos na tarifa regular. Portanto, não há necessidade de cobranças extras durante estes períodos.

Por outro lado, a bandeira amarela representa um cenário de alerta no sistema elétrico. Neste caso, o acréscimo de R$1.885 a cada 100 kWh consumidos impacta diretamente o bolso do cidadão. Consequentemente, uma família com consumo médio de 200 kWh pagará aproximadamente R$3,77 a mais na fatura mensal.

Já a bandeira vermelha – Patamar 1 indica condições ainda mais desfavoráveis para geração de energia. Nesta situação, o acréscimo salta para R$4,46 a cada 100 kWh consumidos pelos brasileiros. Desse modo, o mesmo consumo de 200 kWh resultaria em um aumento de cerca de R$8,92 na conta.

Por fim, a bandeira vermelha – Patamar 2 representa o cenário mais crítico do sistema elétrico nacional. Neste caso, o impacto financeiro é de R$7,87 a cada 100 kWh consumidos nas residências. Assim, o aumento na fatura para o consumo de 200 kWh chegaria a aproximadamente R$15,74 por mês.

O histórico recente mostra uma oscilação significativa no sistema de bandeiras. Durante o primeiro trimestre de 2025, os consumidores brasileiros puderam desfrutar da bandeira verde. Entretanto, esta situação confortável estava diretamente ligada ao período chuvoso acima da média. Logo, o cenário mudou completamente com a chegada do período seco.

Com efeito, o sistema de bandeiras tarifárias foi criado para dar transparência aos custos reais da energia. De fato, antes deste mecanismo, os consumidores só percebiam os aumentos nos reajustes anuais das tarifas. Agora, as variações mensais permitem um acompanhamento mais dinâmico da situação energética.

Crise energética à vista?

Inicialmente, os principais reservatórios das hidrelétricas brasileiras apresentavam níveis confortáveis até abril de 2025. No entanto, as projeções para os próximos meses indicam uma queda acentuada no volume armazenado. Portanto, o acionamento da bandeira amarela funciona como um alerta preventivo para o sistema.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) monitora constantemente os níveis dos reservatórios. Atualmente, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que representa cerca de 70% da capacidade de armazenamento do país, apresenta sinais de declínio. Consequentemente, as medidas preventivas tornam-se essenciais para evitar um agravamento da situação.

Por exemplo, o reservatório de Furnas, um dos maiores do sistema, já apresenta redução significativa em seu volume útil. Simultaneamente, outros grandes reservatórios como Itumbiara e Emborcação seguem a mesma tendência preocupante. Assim, o cenário hidrológico desfavorável justifica a mudança na bandeira tarifária.

Ademais, o subsistema Norte, que inclui importantes usinas como Tucuruí e Belo Monte, também enfrenta desafios semelhantes. Em contraste com o ano anterior, os níveis atuais estão significativamente mais baixos para o mesmo período. Igualmente preocupante é a situação do subsistema Nordeste, que depende cada vez mais de outras fontes além da hidrelétrica.

A diversificação da matriz energética brasileira ameniza parcialmente os impactos da crise hídrica. Nos últimos anos, fontes como a eólica e a solar ganharam espaço significativo na geração nacional. Contudo, estas alternativas ainda não são suficientes para compensar totalmente a redução na geração hidrelétrica durante o período seco.

Em adição, o acionamento das usinas termelétricas representa um custo significativamente maior para o sistema. Por conseguinte, o valor da energia produzida pode chegar a ser três ou quatro vezes superior ao das hidrelétricas. Logo, este custo adicional é repassado aos consumidores através do sistema de bandeiras tarifárias.

De fato, o cenário atual remete às dificuldades enfrentadas durante a crise hídrica de 2021. Naquela ocasião, o governo federal chegou a criar uma bandeira especial de escassez hídrica. Entretanto, as previsões atuais ainda não indicam um cenário tão severo quanto aquele período crítico para o setor elétrico brasileiro.

Economia doméstica

Primeiramente, adotar medidas simples de economia de energia pode reduzir significativamente o impacto da mudança de bandeira. De fato, pequenas alterações nos hábitos diários podem resultar em uma economia considerável no final do mês. Assim, vale a pena revisar o consumo energético do seu lar.

Desligar aparelhos em modo standby pode gerar uma economia de até 12% na conta mensal. Efetivamente, muitos equipamentos continuam consumindo energia mesmo quando parecem desligados. Por isso, retirar os aparelhos da tomada quando não estiverem em uso é uma prática recomendável. Consequentemente, o consumo “fantasma” será eliminado do orçamento familiar.

Além disso, a substituição de lâmpadas convencionais por modelos LED representa uma economia significativa. Com efeito, as lâmpadas LED consomem até 80% menos energia que as incandescentes. Ademais, possuem vida útil muito superior, reduzindo também gastos com substituições frequentes. Portanto, o investimento inicial se paga rapidamente através da economia gerada.

O uso consciente do chuveiro elétrico pode reduzir em até 30% o consumo de energia da residência. Por ser um dos equipamentos que mais consomem eletricidade, banhos mais curtos e em temperatura moderada fazem grande diferença. Igualmente importante é evitar seu uso nos horários de pico, geralmente entre 18h e 21h. Assim, a economia será ainda mais expressiva.

Da mesma forma, a utilização adequada de geladeiras e freezers impacta significativamente o consumo residencial. Primeiramente, deve-se evitar abrir a porta desses equipamentos com frequência ou por períodos prolongados. Além disso, manter as borrachas de vedação em bom estado e o aparelho longe de fontes de calor contribui para a eficiência energética.

Em relação aos aparelhos de ar condicionado, ajustar o termostato para temperaturas mais amenas reduz consideravelmente o consumo. De fato, cada grau abaixo de 23°C representa aproximadamente 7% a mais no consumo de energia. Por consequência, encontrar um equilíbrio entre conforto e economia torna-se essencial nos meses mais quentes.

A utilização de equipamentos com selo Procel de eficiência energética é altamente recomendada. Estes aparelhos consomem significativamente menos energia que modelos convencionais. Portanto, na hora de substituir eletrodomésticos, vale considerar o investimento em modelos mais eficientes. Desse modo, a economia será percebida mensalmente nas contas de luz.

Outro ponto importante é aproveitar a luz natural sempre que possível durante o dia. Assim, manter cortinas abertas e organizar os ambientes para maximizar a iluminação natural reduz a necessidade de lâmpadas acesas. Com efeito, esta simples medida pode representar uma economia considerável ao longo do mês.

Adicionalmente, a manutenção regular dos aparelhos elétricos contribui para sua eficiência energética. De fato, equipamentos com filtros sujos ou componentes desgastados tendem a consumir mais energia. Portanto, seguir as recomendações dos fabricantes quanto à limpeza e manutenção preventiva é fundamental para economizar.

O monitoramento constante do consumo através das faturas mensais ajuda a identificar padrões e anomalias. Dessa forma, aumentos súbitos podem indicar problemas como vazamentos na instalação elétrica ou mau funcionamento de aparelhos. Consequentemente, a correção rápida desses problemas evita gastos desnecessários com energia.

Por fim, vale considerar investimentos em soluções como energia solar fotovoltaica para residências. Embora o custo inicial seja significativo, o retorno financeiro a médio e longo prazo pode ser bastante atrativo. Assim, muitas famílias têm optado por esta alternativa sustentável para reduzir sua dependência da rede elétrica convencional.

A mudança para a bandeira amarela ressalta a importância do consumo consciente de energia. Com as projeções indicando uma possível escalada para bandeiras ainda mais caras nos próximos meses, economizar agora pode fazer grande diferença no orçamento familiar. Por conseguinte, pequenas mudanças de hábito podem resultar em grandes economias quando somadas ao longo do tempo.

Finalmente, estar atento às comunicações oficiais da Aneel sobre mudanças nas bandeiras tarifárias permite um planejamento financeiro mais eficiente. De fato, a agência disponibiliza estas informações mensalmente em seus canais oficiais. Portanto, acompanhar regularmente estes anúncios ajuda a prever possíveis impactos no orçamento doméstico e a planejar medidas preventivas adequadas.

Perguntas frequentes

Por que a bandeira tarifária mudou para amarela em maio de 2025?


A mudança para a bandeira amarela em maio de 2025 deve-se à transição do período chuvoso para o período seco. As previsões meteorológicas indicam uma estiagem mais severa do que o normal, o que faz com que os reservatórios das hidrelétricas apresentem níveis mais baixos do que o esperado. Como consequência, é necessário acionar usinas termelétricas, que geram energia a um custo mais elevado. Esse custo adicional é repassado aos consumidores por meio da aplicação da bandeira amarela.

Quanto será o aumento na conta de luz com a bandeira amarela?


O aumento será de R$1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Uma família com consumo médio de 200 kWh, por exemplo, pagará aproximadamente R$3,77 a mais na fatura mensal. No entanto, o impacto pode variar de acordo com o perfil de consumo de cada residência. Famílias com consumo mais elevado sentirão um impacto proporcionalmente maior no orçamento doméstico. O reajuste também marca o fim do período de alívio tarifário que vigorou entre dezembro de 2024 e abril de 2025.

Quais são as medidas mais eficientes para economizar energia?


Entre as ações mais eficientes para economizar energia estão o desligamento de aparelhos eletrônicos que ficam em modo standby, o que pode gerar uma economia de até 12% na conta mensal. A substituição de lâmpadas convencionais por modelos de LED também contribui significativamente para a redução do consumo. Outra medida importante é o uso consciente do chuveiro elétrico, diminuindo o tempo de banho e utilizando temperaturas mais amenas. Além disso, a manutenção regular de equipamentos elétricos melhora a eficiência energética, e o investimento em aparelhos com selo Procel garante economia em longo prazo.

Há previsão de nova mudança nas bandeiras tarifárias nos próximos meses?
 

As projeções indicam que o período seco pode se intensificar nos próximos meses, aumentando a possibilidade de mudança para bandeiras tarifárias mais caras, como a vermelha. No entanto, a definição das bandeiras é feita mensalmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com base nas condições de geração e no regime hidrológico. Mudanças no volume de chuvas ou no consumo nacional podem alterar essas previsões. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) realiza o monitoramento constante para ajustes conforme a evolução das condições climáticas e energéticas.

Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias da Aneel?


O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado em 2015 para dar mais transparência aos custos reais da geração de energia elétrica. Ele funciona como um semáforo, com quatro níveis: verde, amarela, vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2. A bandeira verde indica condições favoráveis de geração, sem custo adicional para o consumidor. Já as bandeiras amarela e vermelha representam condições gradativamente menos favoráveis, implicando acréscimos progressivos na conta de luz. Esses valores adicionais servem para cobrir os custos extras de geração quando as hidrelétricas, que são fontes mais baratas, não conseguem atender toda a demanda.

Filipe Andrade

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