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Hurb perde licenças e enfrenta bloqueio de bens: Confira sobre a crise que afeta milhares de viajantes em 2025

Após multa milionária e cassação de alvará, empresa de turismo online vê operação ser suspensa e pode ter bens bloqueados pela justiça

A Hurb, antiga Hotel Urbano, enfrenta atualmente sua pior crise desde a fundação. Porém, a empresa continua tentando se manter operacional apesar da série de punições aplicadas por órgãos reguladores. Além disso, milhares de clientes ainda aguardam soluções para pacotes de viagens não entregues. Enquanto isso, órgãos governamentais intensificam as medidas restritivas contra a companhia.

Confira quais punições a empresa enfrenta atualmente

No começo de abril, as dificuldades da Hurb aumentaram significativamente. Primeiramente, o Procon Carioca aplicou multa superior a R$2 milhões à empresa. Em seguida, cassou seu alvará de funcionamento no Rio de Janeiro em 15 de abril. Ademais, o Ministério do Turismo cancelou o cadastro da agência no Cadastur dois dias depois, em 17 de abril.

Consequentemente, a Hurb está oficialmente impedida de operar no setor turístico. Além disso, a empresa enfrenta obrigação de fornecer dados financeiros detalhados sob pena de multa diária de R$80 mil. Portanto, o cenário sugere possível sequestro judicial de bens nos próximos dias.

De fato, as autoridades justificaram tais punições devido ao descumprimento sistemático de contratos pela Hurb. Contudo, a empresa alega estar se recuperando de problemas causados pela pandemia. Mesmo assim, as evidências apontam para graves falhas na prestação de serviços e práticas comerciais consideradas enganosas.

A trajetória da crise que levou ao colapso atual

A crise da Hurb não começou recentemente. Na realidade, desde maio de 2023, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) já havia suspendido a venda de pacotes flexíveis após inúmeras reclamações. Inicialmente, a suspensão foi interrompida para tentativa de acordo.

Todavia, após 12 meses de negociações sem resultados concretos para assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o processo administrativo foi retomado. Aparentemente, a empresa não conseguiu comprovar a regularização de sua conduta nem apresentar garantias financeiras adequadas.

Para agravar a situação, a Hurb não implementou plano de contingência nem produziu relatório de resolução das demandas. Também falhou na comunicação com consumidores afetados. Logo, as autoridades consideraram esgotadas as possibilidades de solução administrativa.

Entre as diversas reclamações de clientes, destacam-se cancelamentos de última hora, falta de reembolsos e ausência de suporte adequado. Por isso, muitos consumidores recorreram a órgãos de proteção e ao judiciário em busca de solução.

O que acontecerá com os clientes afetados e com a empresa?

Atualmente, a Hurb ainda tem prazo de dez dias para apresentar recurso contra a decisão do Ministério do Turismo. Contudo, as perspectivas não parecem favoráveis diante da quantidade de infrações acumuladas.

Por outro lado, a Senacon exige que a empresa apresente informações completas sobre sua situação financeira. Especificamente, deve informar o número total de contratos pendentes, valores devidos e relação de todos os clientes prejudicados.

No âmbito judicial, existe possibilidade de bloqueio de bens da empresa e investigação sobre potenciais crimes cometidos pelos sócios. Dessa forma, as autoridades buscam garantir alguma forma de ressarcimento para os milhares de clientes lesados.

Entretanto, a Hurb continua defendendo sua posição. De fato, a empresa afirma ter iniciado diálogo com a Senacon há mais de 15 meses visando acordo. Porém, alega surpresa com decisões que considera “mais políticas do que técnicas”.

O impacto da crise da Hurb no mercado de turismo brasileiro

A situação da Hurb causa impacto significativo no mercado turístico nacional. Primeiramente, a crise afeta diretamente milhares de consumidores com pacotes já comprados. Além disso, gera desconfiança no modelo de negócios de agências online.

Na verdade, o modelo de venda antecipada de pacotes com datas flexíveis está sob intenso escrutínio após casos como o da Hurb e da 123 Milhas. Consequentemente, órgãos reguladores discutem novas regras para o setor.

Adicionalmente, o caso levanta questões sobre a sustentabilidade financeira de empresas que dependem de fluxo de caixa futuro para honrar compromissos atuais. Por isso, especialistas recomendam maior transparência nas operações.

Durante os últimos meses, diversas empresas do setor reforçaram suas políticas de garantias e seguros. Contudo, os consumidores demonstram crescente cautela ao adquirir pacotes promocionais com entrega futura.

A crise da Hurb representa, portanto, mais um capítulo na transformação do mercado turístico brasileiro pós-pandemia. Assim, tanto consumidores quanto empresas e reguladores buscam novos padrões de operação que garantam maior segurança para todos os envolvidos.

Perguntas frequentes sobre a crise da Hurb

A Hurb está falida? 

Oficialmente, a empresa não declarou falência nem entrou em recuperação judicial. No entanto, as recentes punições e restrições de operação indicam situação financeira extremamente delicada.

Quando os clientes lesados receberão reembolso? 

Possivelmente, o ressarcimento dependerá de medidas judiciais como bloqueio de bens. Além disso, o prazo para devolução de valores não está claramente estabelecido devido à complexidade da situação.

Por que a Hurb foi proibida de operar? 

Principalmente, devido ao descumprimento sistemático de contratos e práticas comerciais consideradas enganosas. Ademais, a empresa falhou em apresentar garantias financeiras adequadas durante as negociações com órgãos reguladores.

O que acontece com pacotes já comprados? 

Infelizmente, clientes com pacotes pendentes enfrentam grande incerteza. Portanto, especialistas recomendam registrar reclamações formais em órgãos de proteção ao consumidor e considerar medidas judiciais.

Como evitar problemas semelhantes no futuro? 

Primeiramente, evite compras de pacotes com entrega muito distante. Também, verifique a reputação da empresa em sites como Reclame Aqui. Finalmente, prefira fornecedores que ofereçam garantias claras e seguros contra cancelamento.

Filipe Andrade

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