Confira as principais notícias do Mercado Hoje 16/04/2025 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Bolsas operam em queda; Comodities mistas; PIB da China mais forte que o esperado; Novas sanções a chips derrubam bolsas; Governos chinês e americanos podem negociar; Prévia de resultados: PGMN(+), PNVL(+), BLAU (+), GMAT(+); Atualização: GMAT(+), HYPE(+);Prévia Operacional de VALE(-); Novas Regras MCMV: CURY(+), DIRR(+). Veja!
Fechamento dia anterior
Ibovespa: 129.245 (+0,16%)
S&P: 5.363 (-0,17%)
Dólar Futuro: R$5,89 (+0,27%)
O Ibovespa apresentou queda de 0,16% no último pregão, cotado a 129.245 pontos. O ativo apresenta tendência neutra no médio e curto prazo. A primeira resistência fica em 134.000 pontos e a segunda em 137.300. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 122.750. O próximo fica na faixa de 118.500 pontos.
O Dólar Futuro apresentou alta de 0,27% no último pregão, cotado a 5.890 pontos. O ativo apresenta tendência neutra no médio e curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.800 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.650. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 6.130 e a segunda em 6.400.
Exterior
Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam em queda com relatório operacional da ASML mais fraco, mostrando possíveis impactos da guerra comercial e com novas restrições do governo dos EUA à exportação de chips da Nvidia para a China. Bolsas ensaiaram recuperação com a notícia de que Pequim está aberto a negociar com Washington. Do outro lado o PIB chinês subiu 5,4% no primeiro trimestre versus primeiro trimestre do ano anterior, superando estimativas com destaque para exportações antes das tarifas e subsídios ao consumidor. Vendas no varejo dos EUA são destaque da agenda do dia. Futuros do petróleo sobem e minério de ferro recua.
Doméstico
Do lado doméstico o governo manteve meta de superávit primário de 0,25% para 2026 na LDO, em meio a desconfiança sobre a estabilização da dívida pública. Produção da Vale fica abaixo das estimativas e ocorrerá assembleia da Petrobras, em que serão escolhidos membros para o conselho. Haddad fará entrevista na TV Brasil e BC divulgará relatório de fluxo cambial.
Construtoras
Novos incentivos para habitação de baixa renda: o Conselho Curador do FGTS anunciou uma série de medidas para melhorar os parâmetros do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Os principais destaques incluem: (i) ajustes na faixa superior de todas as faixas de renda; (ii) aumento dos tetos de preço em cidades com população inferior a 100 mil pessoas; (iii) aumento do teto de preço para R$350 mil para famílias dentro da Faixa 1 e Faixa 2 (de R$264 mil); e (iv) criação de uma nova faixa de renda dentro do programa para atender famílias de renda média (“Faixa 4”) que atenderá famílias com renda de até R$12 mil/mês, com financiamento disponível para unidades com preço de até R$500 mil e taxas de hipoteca de 10%.
Os novos incentivos eram muito necessários, chegando quase 2 anos após a última rodada significativa de mudanças no programa. Isso deve proporcionar um impulso significativo para todos os desenvolvedores de baixa renda, especialmente considerando os ajustes feitos em todas as três faixas de renda.
No entanto, Cury e Direcional devem ser os principais beneficiários dos novos incentivos, dada a criação da Faixa 4. Ambas as empresas têm a maior exposição a famílias de renda média, com ~20%–30% de suas vendas ocorrendo fora do programa MCMV—caindo para ~5% com a implementação do teto de preço de R$500 mil.
Enquanto isso, a nova faixa de renda deve abranger 120 mil novas famílias, que devem se beneficiar de um grande aumento na acessibilidade.
Mantemos a Cury como nossa principal escolha no setor, pois acreditamos que a empresa está exclusivamente posicionada para continuar crescendo suas operações sem adicionar pressão de execução.
Prévia de resultados do 1T25. esperamos um bom trimestre, pois as empresas devem apresentar um ritmo decente de crescimento (variando entre 10% e 16% a/a) e ganhos de margem EBITDA (exceto para RD).
Em nossa visão, o destaque positivo deve ser a PGMN, com crescimento de receita de 15% a/a, combinado com um ganho de margem EBITDA de 75bps a/a.
Enquanto isso, a PNVL deve apresentar outro resultado positivo, com crescimento de receita de varejo de 16% a/a e um ganho de margem EBITDA de +18bps a/a. Por fim, a RADL deve apresentar um crescimento de 10% a/a, com pressão de margem de 9bps devido a despesas de SG&A mais altas.
Prévia de resultados do 1T25. em trimestre misto, projetamos uma redução de 44% a/a na receita líquida da HYPE devido a ajustes em sua política de capital de giro, o que também deve impactar negativamente a margem EBITDA (-5,200bps a/a).
Quanto à Blau, esperamos resultados melhorados (vendas aumentadas em 13% a/a) devido à recuperação gradual nos preços de imunoglobulina e ganhos de margem EBITDA (630bps a/a).
Prévia de resultados do 1T25. O Grupo Mateus deve ser o destaque positivo do trimestre, apresentando um forte desempenho de receita (+13% a/a) devido à abertura de 17 novas lojas nos últimos 12 meses (LTM). Por outro lado, a CRFB deve ser o destaque negativo, apresentando um pequeno crescimento de receita e pressão na margem EBITDA (-8bps).
Para a ASAI, esperamos um crescimento de receita de +9% (apoiado pela expansão da presença), juntamente com um ganho de margem EBITDA de +10bps a/a.
Por fim, o GPA deve reportar crescimento de receita e expansão de margem EBITDA, mas a alavancagem deve continuar impactando negativamente seu lucro líquido.
Atualização. Nossas preferências são: (i) HYPE – Compra reiterada (Preço Alvo R$25/ação, o mesmo de antes), pois vemos a empresa negociando a uma avaliação atraente de 6x P/L 2026 vs. a média histórica de 19x, mais do que precificando os potenciais riscos para a recuperação em andamento, que tem avançado mais rápido do que o esperado; e (ii) PNVL – Compra reiterada (Preço Alvo R$12/ação de R$11,5/ação), devido à sua avaliação atraente de P/L 2025 de 10x vs. sua média histórica de 15x, apoiada pelas perspectivas de crescimento da empresa (receita: +12% a/a em 2025) juntamente com ganhos de lucratividade (EBITDA +21% a/a).
Mantemos nossa estimativa de EBITDA para o 1T25 em ~US$3,45 bilhões após considerar os embarques e os preços realizados para o trimestre, que ficaram ligeiramente acima do consenso de US$3,3 bilhões.
Em comparação com nossas estimativas, o desempenho superior nos embarques de minério de ferro e pelotas foi compensado pelo desempenho inferior nos preços realizados de finos de minério de ferro e cobre.
Outras linhas estavam em linha com nossas previsões. A Vale não fez nenhuma alteração nas metas de produção propostas para 2025.
Observamos que os projetos de minério de ferro VGR1 (15mtpa) e Capanema (15mtpa) estão aumentando conforme o cronograma e devem atingir plena capacidade no 2T26 e 1T26, respectivamente. Por fim, o calendário de manutenção da ETM é leve no 2T, mas atinge o pico no 3T.
Iguatemi anunciou a conclusão da aquisição de R$2,6 bilhões das participações da Brookfield no Pátio Higienópolis e Pátio Paulista.
O desembolso total da Iguatemi será de R$700 milhões, garantindo: (i) uma participação de 29% no Pátio Higienópolis (aumentando de ~11,5% atual) e (ii) uma participação de 11,5% no Pátio Paulista.
A empresa já pagou a primeira parcela de R$490 milhões (70% do total), e o restante será pago em duas parcelas iguais nos próximos 24 meses, ajustadas pela taxa CDI.
A Iguatemi estima uma taxa de capitalização de 7,4% com base no NOI dos shoppings em 2025, que aumenta para 9,3% quando as receitas associadas à gestão do Pátio Paulista são incluídas. A empresa prevê um IRR real de 11,8% (15,7% em termos nominais)
Realizamos uma reunião com a CFO da CBA, Camila Abel, e a diretora de RI, Amabile Silva. A CBA vê fundamentos sólidos de médio prazo para o alumínio, apesar dos preços e prêmios de mercado mais fracos e incertos no curto prazo.
Os ativos de energia permanecem uma força chave, mantendo os custos de alumínio baixos, e a empresa pode entrar em novos PPAs para reduzir o custo médio dos contratos de energia.
A empresa mantém uma estrutura de custos competitiva, prioriza a desalavancagem e a geração de caixa, e planeja realizar projetos de crescimento gradualmente. Dividendos podem ser discutidos no futuro.
Prévia operacional do 1T25: A MRV & Co reportou resultados operacionais mistos. Por um lado, a empresa apresentou uma atividade de lançamentos mais forte do que o esperado, que, juntamente com um desempenho de vendas decente, contribuiu para uma Velocidade de Vendas (SoS) de 18% em seu segmento principal.
Por outro lado, a empresa apresentou números de fluxo de caixa abaixo do esperado, com queima de caixa no segmento de desenvolvimento atingindo R$125 milhões (excluindo o fluxo líquido de vendas de recebíveis).
Commodities
Petróleo apresenta alta (US$ 63,34/b; +0,67%)
Minério de ferro registrou queda (US$ 98,20/t; -0,52%)
Agenda do Mercado Hoje 16/04/2025
09h30 – EUA – Pedidos de Hipoteca
10h15 – EUA – Produção Industrial
Empresas
Vale: Produção de minério de ferro cai no primeiro trimestre sobre mesmo período do ano passado, para 67,66 mi toneladas, ante estimativa de 72,32 mi, afetada por restrições de licenciamento e fortes chuvas sazonais
MRV: Vendas contratadas 1T R$ 2,17 bi
Azul: Oferta da empresa pode ser a maior no país em quase dois anos
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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.
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