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BNDES injeta R$ 20 milhões na saúde brasileira: Confira mais sobre o impacto dessa decisão no SUS

Filipe Andrade

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Programa Fornecedores SUS já liberou R$ 117 milhões desde 2024 para fortalecer a indústria nacional de saúde – Confira qual empresa foi beneficiada desta vez

O BNDES acaba de aprovar uma importante linha de crédito no valor de R$ 20 milhões para a saúde pública brasileira. Ademais, este investimento beneficia diretamente a Scitech Produtos Médicos S.A., empresa referência na fabricação de dispositivos médicos cardiovasculares. Por conseguinte, a companhia poderá expandir seu fornecimento de stents farmacológicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, milhares de pacientes cardíacos em todo o país terão acesso a tratamentos mais modernos e eficazes.

Atualmente, as doenças cardiovasculares lideram as causas de morte no Brasil. Logo, investimentos nesta área representam prioridade para a saúde pública nacional. Além disso, a decisão do BNDES fortalece a indústria brasileira do setor. Consequentemente, reduz-se a dependência de importações e geram-se empregos qualificados no país.

A Scitech, localizada em Aparecida de Goiânia (GO), atua há mais de duas décadas no mercado. Entretanto, apenas nos últimos anos conseguiu se consolidar como principal fornecedora para o SUS. Agora, com o novo aporte, a empresa ampliará sua capacidade produtiva. Também desenvolverá novos dispositivos médicos com tecnologia nacional.

BNDES como protagonista no desenvolvimento do setor de saúde nacional

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem assumido papel estratégico no fortalecimento da indústria nacional de saúde. Primeiramente, suas linhas de crédito oferecem condições mais favoráveis que bancos comerciais. Em segundo lugar, o banco prioriza setores fundamentais para a autonomia tecnológica do país. Finalmente, suas políticas de financiamento incentivam a produção local de insumos essenciais.

Desde sua fundação em 1952, o BNDES atua como principal instrumento governamental para financiamentos de longo prazo. Contudo, nos últimos anos, sua atuação no setor de saúde ganhou ainda mais relevância. Inclusive, o programa Fornecedores SUS representa uma inovação significativa neste sentido.

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Por outro lado, críticos apontam que os investimentos ainda são insuficientes diante das necessidades do país. No entanto, os números mostram crescimento consistente nos aportes. De fato, desde 2024, já foram aprovados R$117 milhões apenas dentro deste programa específico.

Ademais, o BNDES vincula-se ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Assim, suas ações alinham-se às políticas industriais nacionais. Consequentemente, cada investimento segue diretrizes estratégicas de desenvolvimento.

Tecnologia cardiovascular

Os stents farmacológicos representam avanço significativo na medicina cardiovascular moderna. Basicamente, são pequenos tubos metálicos revestidos com medicamentos. Então, quando implantados nas artérias, evitando sua obstrução. Assim, previnem infartos e outras complicações graves.

Anteriormente, o SUS dependia majoritariamente de produtos importados nesta área. Agora, com a produção nacional fortalecida, o acesso amplia-se consideravelmente. Portanto, mais brasileiros serão beneficiados por estes tratamentos.

A Scitech fornecerá ao SUS diversos itens essenciais. Entre eles, destacam-se stents farmacológicos coronários, cateteres e fios guia para angioplastia. Além disso, produzirá balões periféricos utilizados em procedimentos minimamente invasivos.

Por exemplo, um único stent pode custar até R$10 mil no mercado privado. Logo, sua produção nacional gera economia substancial para o sistema público. Consequentemente, mais recursos ficam disponíveis para outros investimentos em saúde.

Adicionalmente, os procedimentos que utilizam estes dispositivos são menos invasivos. Desse modo, os pacientes recuperam-se mais rapidamente. Também reduzem-se os tempos de internação hospitalar. Portanto, mais leitos ficam disponíveis para outros atendimentos.

No Brasil, cerca de 400 mil angioplastias são realizadas anualmente. Dessas, aproximadamente 60% ocorrem pelo SUS. Contudo, a fila de espera ainda é significativa em várias regiões. Assim, o aumento da oferta destes dispositivos pode reduzir esta espera.

Programa Fornecedores SUS

O programa Fornecedores SUS funciona com metodologia diferenciada de outros financiamentos públicos. Primeiramente, o BNDES analisa o histórico da empresa junto ao sistema de saúde. Em seguida, avalia licitações ganhas e contratos já executados. Finalmente, define o valor do crédito a ser liberado.

Uma característica fundamental deste programa é a liberação única do crédito. Assim, a empresa recebe o valor integral de uma só vez. Portanto, pode planejar investimentos de forma mais eficiente.

Como contrapartida, a Scitech compromete-se a fornecer ao SUS produtos equivalentes ao valor financiado. Ademais, este fornecimento deve ocorrer dentro de dois anos. Também é obrigatório que os produtos sejam de fabricação nacional.

Desta forma, cria-se um ciclo virtuoso no setor de saúde. Por um lado, a empresa recebe recursos para expandir sua capacidade. Por outro, o SUS garante o fornecimento futuro de insumos essenciais.

Anteriormente, muitas empresas nacionais enfrentam dificuldades para competir com multinacionais. Agora, com este apoio governamental, o cenário torna-se mais equilibrado. Consequentemente, mais empresas brasileiras investem em pesquisa e desenvolvimento.

No caso específico da Scitech, o investimento permitirá ampliar sua linha de produção. Também possibilitará a contratação de mais profissionais especializados. Além disso, viabilizará novos projetos de pesquisa em tecnologia médica.

Nova Indústria Brasil

Lançada no início de 2024, a política “Nova Indústria Brasil” estabelece metas ambiciosas para diversos setores. Especificamente para a área de saúde, busca-se aumentar a participação nacional na produção de insumos. Atualmente, esta participação é de apenas 42%. Contudo, a meta é alcançar 70% nos próximos anos.

Esta política industrial integra um plano mais amplo de desenvolvimento nacional. Principalmente, visa reduzir vulnerabilidades estratégicas identificadas durante a pandemia. Também pretende gerar empregos qualificados e fortalecer a inovação no país.

Para alcançar seus objetivos, a política articula-se em diferentes frentes. Primeiramente, oferece financiamentos como este da Scitech. Em segundo lugar, cria incentivos fiscais para empresas inovadoras. Finalmente, estabelece parcerias entre universidades e indústria.

Os setores prioritários incluem medicamentos, vacinas e dispositivos médicos. Além disso, contempla materiais hospitalares e tecnologias de diagnóstico. Assim, abrange todo o complexo industrial da saúde.

Especialistas consideram esta abordagem mais consistente que políticas anteriores. Sobretudo porque estabelece metas claras e instrumentos específicos. Também por articular diferentes órgãos governamentais em torno dos mesmos objetivos.

No entanto, desafios significativos permanecem. Principalmente em relação à capacitação técnica e infraestrutura para pesquisa. Também quanto à competitividade internacional dos produtos brasileiros.

Scitech: Trajetória de crescimento e projeção internacional

Fundada há mais de vinte anos, a Scitech construiu uma trajetória impressionante no mercado de dispositivos médicos. Inicialmente, atuava apenas com distribuição de produtos importados. Posteriormente, começou a desenvolver tecnologia própria. Atualmente, exporta para diversos países.

A empresa faz parte do grupo Capital Med Participações S.A. Consequentemente, beneficia-se de uma estrutura corporativa robusta. Também aproveitar sinergias com outras empresas do grupo.

Com mais de 280 funcionários distribuídos em seis países, a Scitech mantém presença global. Seus escritórios localizam-se no Brasil, Chile, Espanha, Itália, Singapura e Estados Unidos. Adicionalmente, trabalha com distribuidores em mais 45 países.

No Brasil, sua fábrica em Aparecida de Goiânia (GO) representa um polo tecnológico importante. Ali, produtos são desenvolvidos seguindo rigorosos padrões internacionais. Também ali ocorrem testes e certificações necessárias para comercialização.

A empresa conquistou diversas certificações de qualidade. Entre elas, destacam-se ISO 13485 e certificações específicas para dispositivos médicos. Assim, seus produtos atendem às exigências mais rigorosas do mercado global.

Nos últimos cinco anos, a Scitech triplicou seu faturamento. Principalmente devido ao crescimento das vendas para o setor público. Também pela expansão internacional, especialmente na América Latina e Europa.

Impactos econômicos e sociais do financiamento

O investimento de R$20 milhões gerará efeitos multiplicadores na economia local. Primeiramente, criará novos postos de trabalho diretos. Em segundo lugar, estimulará fornecedores de matérias-primas e serviços. Finalmente, contribuirá para a arrecadação tributária municipal e estadual.

Estima-se que cada R$1 milhão investido na indústria de dispositivos médicos gere cerca de 12 empregos diretos. Portanto, este financiamento pode criar aproximadamente 240 novas vagas. Além disso, estimula a formação de mão de obra especializada.

Para os pacientes do SUS, os benefícios são ainda mais significativos. Principalmente porque terão acesso a tratamentos antes restritos a hospitais privados. Também porque procedimentos minimamente invasivos reduzem complicações e tempo de recuperação.

Do ponto de vista macroeconômico, a substituição de importações gera impacto positivo. Sobretudo na balança comercial do setor de saúde. Também na redução da vulnerabilidade a variações cambiais.

Em termos de inovação, investimentos como este estimulam todo o ecossistema de pesquisa. Particularmente universidades e institutos que colaboram com empresas como a Scitech. Consequentemente, outros setores também se beneficiam deste ambiente favorável.

BNDES e o futuro da indústria de saúde brasileira

O BNDES continuará sendo peça fundamental na estratégia de fortalecimento da indústria de saúde nacional. Nos próximos anos, novos editais do programa Fornecedores SUS serão lançados. Assim, outras empresas poderão se beneficiar de linhas semelhantes.

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Além do financiamento direto, o BNDES trabalha em outras iniciativas complementares. Por exemplo, fundos de investimento para startups do setor de saúde. Também linhas específicas para digitalização e automação industrial.

Os desafios para o setor permanecem significativos. Principalmente em relação à concorrência internacional. Também quanto à necessidade de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento.

Para 2026, o BNDES planeja ampliar em 30% os recursos disponíveis para o setor de saúde. Especialmente para áreas consideradas estratégicas, como biotecnologia e telemedicina. Igualmente para empresas que desenvolvam soluções para doenças negligenciadas.

A pandemia demonstrou a importância de um complexo industrial de saúde robusto. Consequentemente, investimentos nesta área tornaram-se prioritários para a segurança nacional. Também são essenciais para reduzir desigualdades no acesso à saúde.

Em paralelo, o BNDES fortalece suas políticas de responsabilidade socioambiental. Assim, empresas financiadas devem seguir critérios rigorosos nesses aspectos. Portanto, promove-se um desenvolvimento mais sustentável do setor.

Finalmente, o caso da Scitech ilustra o potencial transformador destas políticas públicas. Sobretudo quando articuladas com estratégias empresariais inovadoras. Também quando focadas em necessidades reais da população brasileira.

Em conclusão, o financiamento de R$20 milhões representa muito mais que um simples empréstimo. Principalmente, simboliza um novo modelo de desenvolvimento industrial para o país. Assim, o BNDES reafirma seu compromisso histórico com o progresso nacional e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

Perguntas frequentes

Qual o valor do financiamento aprovado pelo BNDES para a Scitech? Primeiramente, o valor total aprovado foi de R$20 milhões, destinados exclusivamente para o fortalecimento da produção de dispositivos médicos cardiovasculares. Ademais, este montante será liberado em uma única parcela, permitindo investimentos imediatos em expansão produtiva.

Como funciona o programa Fornecedores SUS? Basicamente, o programa analisa o histórico de fornecimento da empresa ao SUS, contratos já celebrados e licitações ganhas. Em seguida, o BNDES libera um crédito único com condições favoráveis. Consequentemente, a empresa compromete-se a fornecer ao SUS o equivalente ao valor financiado em produtos nacionais num prazo de dois anos.

Quais produtos a Scitech fornecerá ao Sistema Único de Saúde? Principalmente, a empresa fornecerá stents farmacológicos coronários, dispositivos tubulares que previnem a obstrução arterial. Além disso, produzirá cateteres, fios guia para angioplastia e balões periféricos. Portanto, todos estes itens são essenciais para intervenções cardiovasculares minimamente invasivas.

Quanto o BNDES já investiu através do programa Fornecedores SUS? Desde 2024, o BNDES já aprovou aproximadamente R$117 milhões dentro deste programa específico. Entretanto, este valor representa apenas uma parte dos investimentos totais do banco no setor de saúde. Adicionalmente, outros programas complementares também destinam recursos para o complexo industrial da saúde.

Quais são os objetivos da política “Nova Indústria Brasil” para o setor de saúde? Fundamentalmente, a política visa aumentar a participação da produção nacional de 42% para 70% das necessidades em saúde. Logo, abrange medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos. Por conseguinte, busca-se reduzir a dependência externa em setores estratégicos. Finalmente, objetiva-se gerar empregos qualificados e fortalecer a capacidade de inovação do país.

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