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Fortuna global atinge patamar histórico: Conheça o clube dos bilionários de 2025

Filipe Andrade

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O planeta agora conta com 3.028 pessoas com patrimônio acima de US$ 1 bilhão, número que estabelece novo recorde mundial de concentração de riqueza.

A lista de bilionários da Forbes de 2025 surpreendeu o mundo com números impressionantes. Agora, o seleto grupo de bilionários conta com 3.028 integrantes globalmente. 

Este dado representa um aumento significativo em relação a 2024. Na edição anterior, a revista havia registrado 2.781 bilionários ao redor do planeta. Portanto, em apenas um ano, 247 pessoas alcançaram o status de bilionários. Entre estes, 288 são rostos completamente novos na lista. Contudo, alguns nomes saíram do ranking por perderem parte de suas fortunas.

Bilionários novatos

Além disso, a nova leva de bilionários chamou atenção pela diversidade geográfica. De fato, os novatos provêm de 33 diferentes países ao redor do mundo. Curiosamente, cerca de 70% deles construíram seu patrimônio do zero. Isso significa que aproximadamente 201 dos novos bilionários são self-made, ou empreendedores por conta própria. Enquanto isso, os demais entraram na lista principalmente por herança ou investimentos bem-sucedidos.

Entretanto, a distribuição desses novos bilionários não é uniforme pelo planeta. Tradicionalmente, os Estados Unidos lideraram mais uma vez com 103 novos nomes. Logo, o país norte-americano mantém sua posição como principal berço de bilionários no mundo. Ademais, entre os setores econômicos, a tecnologia segue como campo mais fértil para geração de riqueza extraordinária. Especificamente, 46 empreendedores da área tech entraram para o clube dos bilionários neste ano.

Por outro lado, alguns países apresentaram resultados menos expressivos. No caso do Brasil, por exemplo, apenas um novo nome entrou para a lista. Paralelamente, 16 brasileiros perderam seu status de bilionários. Esta queda ocorreu tanto pela desvalorização de ativos quanto pela flutuação cambial desfavorável.

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Juntos, os novatos somam impressionantes US$680 bilhões em patrimônio. Este valor representa uma média de US$2,4 bilhões por pessoa. Certamente, estas cifras evidenciam o crescimento da concentração de riqueza global. Mesmo em tempos de instabilidade econômica, o número de bilionários continua a aumentar consistentemente.

Faces famosas entre os novos bilionários

Sem dúvida, um dos aspectos mais curiosos da lista deste ano foi a entrada de celebridades mundialmente conhecidas. Primeiramente, Arnold Schwarzenegger, astro de filmes de ação, ingressou no clube dos bilionários. Aos 77 anos, o ator austro-americano acumula patrimônio estimado em US$1,1 bilhão. Especialmente relevante é sua carreira no cinema, com mais de 50 filmes no currículo. Além disso, Schwarzenegger diversificou seus investimentos ao longo dos anos. Na verdade, após sua carreira como fisiculturista e ator, ele também atuou como governador da Califórnia.

Simultaneamente, Bruce Springsteen também alcançou o status de bilionário este ano. O lendário cantor e compositor americano possui fortuna avaliada em US$1,2 bilhão. Principalmente, sua riqueza provém dos direitos sobre seu vasto catálogo musical. Conhecido por hits como “Dancing in the Dark”, Springsteen construiu uma carreira sólida de mais de cinco décadas. Consequentemente, seus álbuns e turnês mundiais renderam-lhe retornos financeiros expressivos.

Jerry Seinfeld foi outro nome do entretenimento a entrar para o ranking. O comediante americano acumula US$1,1 bilhão em patrimônio. Em particular, um acordo com a Netflix contribuiu significativamente para sua fortuna. A plataforma de streaming pagou aproximadamente US$500 milhões pelos direitos de exibição de seu seriado por cinco anos. Adicionalmente, shows de stand-up e outros projetos audiovisuais complementam sua renda.

Enquanto isso, Steve Ells representa uma história diferente entre os novatos. Fundador da rede de comidas mexicanas Chipotle, ele foi considerado pela Forbes como a pessoa “mais improvável” a entrar na lista. No entanto, mesmo após deixar o cargo de CEO em 2018, suas ações na companhia valorizam-se o suficiente para garantir-lhe um patrimônio de US$ 1 bilhão.

O caso brasileiro

Em contraste com o panorama global, o Brasil apresentou um saldo negativo na lista. De fato, enquanto apenas um brasileiro entrou para o grupo, 16 compatriotas perderam o status de bilionários. Logo, o país experimenta uma redução líquida de 15 nomes no ranking da Forbes. Esta situação reflete tanto desafios econômicos internos quanto a desvalorização do real frente ao dólar.

Notavelmente, o único brasileiro a ingressar na lista foi o empresário Mário Araripe. Aos 70 anos, o cearense fundou a Casa dos Ventos, maior desenvolvedora de energia renovável do país. Atualmente, sua fortuna está estimada em US$3 bilhões. Como principal acionista da empresa, Araripe divide a liderança dos negócios com seu filho, Lucas.

Porém, sua trajetória até o bilhão não foi curta nem direta. Antes de investir em energias renováveis, Araripe atuou em diversos setores da economia brasileira. Inicialmente, comandou empresas nos segmentos imobiliário e têxtil. Posteriormente, aventurou-se no setor automobilístico com a Troller, fabricante de veículos off-road. Em 2006, vendeu esta empresa para a Ford, o que lhe proporcionou capital para novos investimentos.

O grande salto na fortuna de Araripe ocorreu em janeiro de 2023. Naquele momento, a empresa francesa TotalEnergies adquiriu 34% do portfólio de geração de energia da Casa dos Ventos. A joint venture resultante foi avaliada em mais de US$ 2 bilhões, segundo a Forbes. Hoje, os empreendimentos da empresa representam aproximadamente um terço dos parques eólicos em operação no Brasil.

Enquanto isso, os 16 brasileiros que saíram da lista enfrentaram principalmente dois desafios. Por um lado, a desvalorização de ativos, especialmente em setores como varejo e construção civil. Por outro lado, a flutuação cambial também impactou negativamente o patrimônio destes ex-bilionários quando convertido para dólares.

Herdeiros e empreendedores

Ao analisar o perfil dos novatos na lista, percebe-se uma divisão entre aqueles que construíram seu próprio patrimônio e os que herdaram grandes fortunas. Contudo, mesmo entre os herdeiros, existem casos notáveis que merecem destaque.

Marilyn Simons emerge como a novata mais rica em 2025. Viúva e herdeira de Jim Simons, pioneiro no mundo dos fundos de investimentos, ela possui um patrimônio impressionante de US$31 bilhões. De modo similar, Lyndal Stephens Greth, filha do magnata do petróleo Autry Stephens, herdou US$25,8 bilhões. Ambas representam o grupo de bilionários que não construíram suas fortunas do zero, mas receberam um patrimônio já consolidado.

No entanto, entre os herdeiros, Johannes von Baumbach chama atenção por um motivo adicional. Um dos 15 herdeiros da farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim, ele se tornou o bilionário mais jovem do mundo em 2025. Com apenas 19 anos, von Baumbach possui patrimônio estimado em US$5,4 bilhões. Dessa forma, ele exemplifica como a riqueza pode passar para gerações extremamente jovens em algumas famílias.

Por outro lado, Sulaiman Al Habib representa uma história diferente. Com fortuna de US$10,9 bilhões, este empreendedor recolocou a Arábia Saudita na lista da Forbes. Sua presença destaca a diversificação econômica que ocorre em alguns países do Oriente Médio. Tradicionalmente dependentes do petróleo, estes mercados agora veem surgir bilionários em setores como saúde, tecnologia e finanças.

Entre os empreendedores, muitos construíram suas fortunas aproveitando tendências emergentes no mercado global. Particularmente no setor tecnológico, inovações em inteligência artificial, comércio eletrônico e fintech propiciaram o surgimento de novos bilionários. Além disso, setores como energias renováveis e biotecnologia também contribuíram para esta nova safra de super-ricos.

Desigualdade crescente

Indubitavelmente, o crescimento recorde no número de bilionários levanta questões sobre desigualdade econômica global. Enquanto 3.028 pessoas possuem patrimônios bilionários, bilhões de indivíduos vivem com menos de US$2 por dia. Esta disparidade tem gerado debates entre economistas, políticos e ativistas sociais.

Alguns especialistas apontam que a concentração extrema de riqueza pode prejudicar o desenvolvimento econômico sustentável. De acordo com estudos recentes, quando poucos indivíduos controlam porções significativas da riqueza global, a economia tende a enfrentar problemas estruturais. Entre estes, destacam-se a redução da mobilidade social e o menor dinamismo nos mercados.

Consequentemente, diversos países têm discutido reformas tributárias visando maior equidade. Propostas de impostos sobre grandes fortunas ganharam força em nações desenvolvidas e emergentes. Apesar disso, a implementação efetiva destas medidas encontra resistência política e desafios práticos.

Ao mesmo tempo, muitos bilionários têm aumentado suas iniciativas filantrópicas. Fundações privadas financiadas por super-ricos investem bilhões anualmente em causas como educação, saúde pública e combate à pobreza. Porém, críticos questionam se a filantropia privada constitui solução adequada para problemas sistêmicos que requerem políticas públicas abrangentes.

O fenômeno dos “bilionários filantrópicos” divide opiniões entre especialistas. Por um lado, estes indivíduos direcionam recursos substanciais para causas importantes. Por outro lado, questiona-se a legitimidade democrática quando decisões sobre bem-estar coletivo ficam concentradas nas mãos de poucos privilegiados.

Mulheres bilionárias

Apesar do aumento geral no número de bilionários, a disparidade de gênero permanece significativa neste grupo seleto. De fato, apenas cerca de 15% dos bilionários globais são mulheres. Esta proporção reflete barreiras históricas para acumulação de riqueza pelo público feminino.

Contudo, algumas tendências positivas começam a emergir. Entre os novatos de 2025, a participação feminina aumentou ligeiramente em comparação a anos anteriores. Aproximadamente 18% dos novos bilionários são mulheres. Embora ainda distante da paridade, este percentual representa avanço incremental.

Notavelmente, as mulheres bilionárias apresentam perfis diversos. Enquanto muitas herdaram fortunas familiares, cresce o número das que construíram patrimônios por conta própria. Especialmente nos setores de tecnologia, moda e entretenimento, empreendedoras têm conseguido romper barreiras e acumular riquezas bilionárias.

Adicionalmente, as bilionárias tendem a apresentar padrões distintos de investimento e filantropia. Estudos indicam que mulheres super-ricas frequentemente direcionam maiores porcentagens de seus patrimônios para causas sociais. Particularmente, educação feminina, saúde materno-infantil e empreendedorismo para mulheres recebem atenção especial deste grupo.

O aumento da diversidade entre bilionários transcende questões de gênero. Gradualmente, a lista incorpora pessoas de diferentes origens étnicas, nacionalidades e trajetórias profissionais. Esta maior pluralidade reflete, ainda que timidamente, mudanças nas estruturas econômicas globais que tradicionalmente favoreceram homens brancos ocidentais.

Impacto da tecnologia

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Sem dúvida, o setor tecnológico mantém-se como principal fonte de novas fortunas bilionárias. Em 2025, 46 empreendedores da área tech entraram para o ranking da Forbes. Este fenômeno evidencia o papel central da economia digital na geração de riqueza no século XXI.

Particularmente, empresas ligadas à inteligência artificial destacaram-se nesta edição. Com o avanço acelerado da IA generativa, fundadores de startups neste segmento viram suas avaliações dispararem. Consequentemente, muitos transformaram-se em bilionários quase da noite para o dia, refletindo o entusiasmo do mercado com estas tecnologias.

Similarmente, o setor de fintech contribuiu significativamente para a nova safra de bilionários. Inovações em sistemas de pagamento, bancos digitais e criptomoedas geraram fortunas expressivas para seus criadores. Além disso, o crescimento do comércio eletrônico, impulsionado pelas mudanças de hábitos de consumo pós-pandemia, também produziu novos bilionários.

Adicionalmente, empresas de tecnologia voltadas para sustentabilidade ganharam destaque. Soluções para energia renovável, mobilidade elétrica e agricultura de precisão atraíram investimentos massivos. Este movimento reflete tanto preocupações ambientais quanto oportunidades econômicas na transição para uma economia verde.

Outro aspecto relevante é a descentralização geográfica da inovação tecnológica. Embora Silicon Valley continue como pólo importante, novos centros tecnológicos emergem globalmente. Países como China, Índia, Israel e nações do sudeste asiático contribuem cada vez mais para a lista de bilionários do setor tech.

Perspectivas futuras

Finalmente, analisando tendências atuais, especialistas projetam mudanças significativas no perfil dos futuros bilionários. Primeiramente, setores como biotecnologia, exploração espacial e computação quântica devem gerar novas fortunas bilionárias. Estas áreas, ainda incipientes comercialmente, possuem potencial disruptivo comparável ao da internet nos anos 1990.

A questão geracional também promete transformar o panorama dos super-ricos. Nos próximos anos, ocorrerá a maior transferência de riqueza da história, com fortunas trilionárias passando para herdeiros millennials e da geração Z. Esta nova geração de bilionários tende a apresentar valores e prioridades diferentes de seus antecessores.

Especificamente, pesquisas indicam que bilionários mais jovens demonstram maior preocupação com impacto social e sustentabilidade. Portanto, espera-se que direcionam suas fortunas para negócios alinhados com práticas ESG (Environmental, Social and Governance). Consequentemente, empresas com propósitos socioambientais claros devem atrair mais investimentos.

Além disso, a geografia dos bilionários continuará se diversificando. Economias emergentes como Brasil, Índia, Indonésia e Nigéria devem aumentar sua participação na lista global. Esta tendência reflete tanto o crescimento econômico destes países quanto o surgimento de ecossistemas empreendedores mais robustos.

Paralelamente, pressões por maior tributação sobre grandes fortunas podem impactar o crescimento do número de bilionários. Diversos países discutem reformas fiscais visando maior contribuição dos super-ricos. No entanto, a mobilidade global do capital e as complexidades jurídicas representam desafios para implementação efetiva destas políticas.

A próxima década promete transformações profundas no universo dos bilionários. Entre fatores tecnológicos, demográficos, econômicos e regulatórios, o perfil e o comportamento deste seleto grupo continuarão evoluindo. Certamente, a lista da Forbes de 2035 apresentará um panorama significativamente diferente do atual.

Perguntas frequentes

Quantos bilionários existem no mundo em 2025? Atualmente, existem 3.028 pessoas com patrimônio igual ou superior a US$1 bilhão, o que representa um recorde histórico e um aumento significativo em relação aos 2.781 bilionários registrados em 2024.

Qual é o único brasileiro que entrou para a lista de bilionários em 2025? Especificamente, Mario Araripe, fundador da Casa dos Ventos, é o único brasileiro que ingressou na lista este ano, com patrimônio estimado em US$ 3 bilhões proveniente principalmente do setor de energia renovável.

Por que tantos brasileiros saíram da lista de bilionários? Evidentemente, 16 brasileiros perderam seu status de bilionários devido à combinação de desvalorização de ativos em setores como varejo e construção civil, além da flutuação cambial desfavorável do real frente ao dólar.

Quais celebridades entraram para o clube dos bilionários este ano? Notadamente, três grandes nomes do entretenimento alcançaram o status de bilionários: Arnold Schwarzenegger (US$ 1,1 bilhão), Bruce Springsteen (US$ 1,2 bilhão) e Jerry Seinfeld (US$ 1,1 bilhão), todos com fortunas construídas ao longo de décadas de carreira.

Qual setor econômico gerou mais novos bilionários em 2025? Consequentemente, o setor de tecnologia continua liderando a geração de novas fortunas bilionárias, com 46 empreendedores da área tech entrando para o ranking, especialmente em segmentos como inteligência artificial, fintech e soluções para sustentabilidade.

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