Educação Financeira
Dívidas familiares: Mais da metade das famílias estão em atraso nos pagamentos

As dívidas familiares têm se tornado uma preocupação crescente no Brasil. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), analisada pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), 55,1% das famílias estavam com alguma dívida atrasada em outubro de 2024, um aumento de 2,9 pontos percentuais em relação a setembro do mesmo ano.
Aumento do endividamento e inadimplência
Além disso, o estudo revelou que o nível de endividamento das famílias subiu 0,5 ponto percentual entre setembro e outubro de 2024, com 90,7% dos entrevistados admitindo ter algum compromisso financeiro.
Notavelmente, a inadimplência é 23,8% maior em famílias com renda igual ou inferior a dez salários-mínimos (58,6%) do que em famílias com salários maiores (34,8%).
Comprometimento da renda e dificuldades de pagamento
A consultora financeira, Paloma Andrade, explica que: “Entre os consumidores endividados, 60,8% não conseguiram honrar seus compromissos e estavam com dívidas em atraso em outubro de 2024“.
Paloma completa: “Especificamente, 47,4% dos consumidores informaram que não seria possível pagar as contas em atraso no próximo mês, enquanto 36,2% disseram que pagariam parte do montante.”
Clique aqui e siga Paloma no Instagram @palomafinancas para ver dicar de como sair do endividamento.
Principais fontes de endividamento
O cartão de crédito é a principal fonte de endividamento, comprometendo 97,5% das famílias com renda acima de dez salários e 91,8% das que ganham menos.
Adicionalmente, 26,4% das famílias com renda menor acumulam dívidas em carnês de lojas, enquanto 24,7% das famílias com renda mais alta possuem dívidas com financiamento de veículos.
Dívidas familiares: Tempo de atraso nos pagamentos
Entre as famílias com contas pendentes, 51,6% das que ganham até ou igual a dez salários têm atraso de pagamento superior a 90 dias.
De forma geral, 49,1% dos consumidores indicam que as contas em atraso ultrapassam três meses.
Superendividamento das famílias brasileiras
Os casos de superendividamento, onde a parcela mensal com dívidas ultrapassa 50% da renda, atingem 17,3% das famílias com rendimento de até dez salários.
Além disso, 72% dos consumidores têm comprometimento mensal da renda entre 11% e 50%.
Impacto das dívidas familiares na economia
A crescente inadimplência afeta negativamente a economia, pois reduz o acesso ao crédito e limita o poder de consumo das famílias.
Altas taxas de juros, aumento da inflação de alimentos e falta de planejamento financeiro são fatores que contribuem para esse cenário.
Dívidas familiares: estratégias para evitar o endividamento
Para evitar o endividamento excessivo, é essencial que as famílias adotem práticas de planejamento financeiro eficazes e busquem educação financeira. Clique aqui e veja como fazer um orçamento financeiro.
Além disso, é importante evitar o uso excessivo do crédito e priorizar o pagamento de dívidas existentes para manter a saúde financeira.
Perguntas frequentes
- Qual é o percentual de famílias com dívidas atrasadas?
Agora, 55,1% das famílias possuem alguma dívida em atraso, segundo a pesquisa mais recente da Fecomércio MG. - Qual é a principal causa do endividamento?
Principalmente, o uso excessivo do cartão de crédito, que afeta 97,5% das famílias com renda maior e 91,8% das que ganham menos. - Quanto tempo, em média, as contas ficam em atraso?
Atualmente, mais de 49% dos consumidores têm contas atrasadas há pelo menos três meses. - O que é considerado superendividamento?
Basicamente, ocorre quando mais de 50% da renda familiar está comprometida com dívidas, afetando 17,3% das famílias de menor renda. - Como evitar o endividamento excessivo?
Antes de tudo, é essencial planejar melhor as finanças, evitar o uso excessivo do crédito e priorizar o pagamento das dívidas.