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Imagem do Studio Ghibli no ChatGPT: Veja por qual motivo a OpenAI bloqueou

A recente decisão da OpenAI de limitar a geração de imagem do Studio Ghibli no ChatGPT e também de traços de artistas vivos, após a polêmica envolvendo o estilo visual do estúdio, reacendeu um debate urgente. Como proteger a propriedade intelectual diante da expansão acelerada da inteligência artificial generativa?

Nos últimos meses, a empresa firmou contratos de licenciamento com empresas como o Reddit e a Associated Press para o uso de seus acervos no treinamento de modelos. Nesse sentido ela reconhece a necessidade de acordos formais para o uso de conteúdo protegido.

Por outro lado, veículos como o New York Times adotaram medidas legais para impedir o uso de seus materiais. Assim, o jornal destacou a falta de compensações financeiras adequadas e a preocupação com o impacto competitivo da IA sobre a mídia tradicional.

Neste cenário, cresce o entendimento de que o futuro da IA precisa ser construído com a participação ativa dos criadores – e não à revelia deles.

A seguir, os especialistas Felipe Salvatore, sócio-fundador da Myhood, e Eduardo Freire, CEO da FWK Innovation Design, indicam cinco caminhos possíveis para preservar os direitos autorais. Ainda mais eles também citam como criar uma cultura mais justa e ética no uso de ferramentas de inteligência artificial.

Veja também:

Imagem do Studio Ghibli no ChatGPT e os direitos autorais

1. Estabelecer licenciamento como prática padrão. “O mercado não segue para essa discussão sobre se a arte está viva ou morta, ou se isso é um processo criativo ou não. O mercado vai para um lugar onde eu, detentor dessa obra, autorizo ou não o uso das minhas obras em criações derivadas. É isso que será discutido”, explica Felipe.

2. Incluir artistas e criadores no desenvolvimento dos modelos. “A OpenAI deveria pedir autorização? Sim, claro, e não estou sendo romântico. Mas mais do que isso, ela deveria incluir os artistas na conversa. Já imaginou que mágico e óbvio seria? Imagina se o Ghibli ou outros estúdios pudessem cocriar modelos junto com a IA, protegendo seu legado e ao mesmo tempo criando novas formas de expressão?”, provoca Eduardo.

3. Criar estruturas de intermediação e proteção para artistas independentes. “Empresas como o New York Times têm estrutura para monitorar essas questões e possuem poder de barganha para fazer com que seus interesses sejam enforced (respeitados). No entanto, quando falamos de artistas autônomos, acredito que será cada vez mais necessária a atuação de um player que faça a gestão desses direitos e articule essas conversas com as empresas de inteligência artificial”, reforça o sócio-fundador da Myhood.

4. Usar a IA como ferramenta, não como atalho. Ainda mais, Eduardo reforça que a tecnologia deve ser usada com intenção e autoria. “A gente já vê artistas de rua que estão utilizando IA para projetar murais, testar combinações visuais, gerar NFTs e até criar coleções digitais com base em seus traços. Isso gera reconhecimento, alcance global e valor de mercado. É sobre hackear o sistema, com inteligência e autoria. Mas sem esquecer conceitos básicos de ética e respeito!”, enaltece o CEO da FWK.

5. Estimular uma nova cultura de uso e protagonismo criativo. “Essa discussão não é só técnica ou jurídica. É cultural. Precisamos formar uma nova mentalidade sobre o uso de criações humanas pela IA. E isso começa com contratos, mas também com educação, diálogo e respeito mútuo”, finaliza Felipe.

Perguntas frequentes

  • Por que a OpenAI bloqueou imagens do Studio Ghibli no ChatGPT?
    Assim, a empresa decidiu limitar imagens com o estilo do estúdio para evitar problemas de direitos autorais.
  • A OpenAI pode usar obras protegidas sem permissão?
    Não, por isso a empresa tem firmado contratos de licenciamento com algumas plataformas para uso de conteúdo protegido.
  • Os artistas podem proteger seu estilo visual contra a IA?
    Sim, porém ainda há desafios, e especialistas sugerem licenciamento e inclusão dos criadores no desenvolvimento da IA.
  • A IA pode ser usada sem prejudicar os artistas?
    Com certeza, desde que seja uma ferramenta de apoio à criatividade e não um atalho que desvalorize o trabalho autoral.
  • O que pode ser feito para equilibrar IA e direitos autorais?
    Portanto, o caminho envolve acordos justos, educação sobre o uso ético e maior protagonismo dos artistas no processo.
Filipe Andrade

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