Notícias
PIB brasileiro cresce 3,5% em 2024 e atinge valor recorde de R$ 11,65 trilhões

A economia brasileira manteve sua trajetória de crescimento pelo quarto ano consecutivo, registrando expansão de 3,5% em 2024, conforme dados divulgados pelo Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (17). O Produto Interno Bruto (PIB) alcançou R$11,655 trilhões, o maior valor nominal da série histórica.
O desempenho econômico de 2024 foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços e pela indústria. O consumo das famílias apresentou crescimento expressivo de 5,2%, enquanto os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), aumentaram 7,6%. As exportações cresceram 3,7%, embora as importações tenham registrado alta significativa de 14,3%.
A taxa de investimentos da economia atingiu 17,2% do PIB, superando os 16,4% observados em 2023. O PIB per capita alcançou R$ 56.796, também estabelecendo novo recorde histórico. No entanto, a produtividade econômica apresentou queda de 0,3% em relação a 2023, ficando 3,3% abaixo do pico registrado em 2013.
Em contraste com 2023, quando liderou o crescimento econômico, o setor agropecuário foi o único a apresentar retração em 2024, com queda de 2,5%. A desaceleração também foi observada nos dados trimestrais: o último trimestre do ano registrou crescimento de 0,4%, inferior às expansões de 1,4% e 0,8% observadas no segundo e terceiro trimestres, respectivamente.
Para 2025, o cenário apresenta desafios significativos no ambiente interno e externo. A taxa básica de juros (Selic) encontra-se em 13,25% ao ano, com perspectiva de novo aumento em março. A inflação acumulada em 12 meses atingiu 4,56% em janeiro, permanecendo acima da meta estabelecida pelo governo. No campo internacional, as novas políticas tarifárias dos Estados Unidos podem impactar as exportações brasileiras de produtos como aço, alumínio e etanol.
O resultado oficial do PIB de 2024, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 7 de março, pode apresentar variação em relação a estes dados preliminares. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) indica crescimento de 3,8% para o mesmo período.