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Fiemg avalia que taxação americana sobre aço terá impacto controlado no Brasil

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A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) emitiu posicionamento sobre a nova tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos às importações de aço e alumínio. A entidade reconhece potenciais impactos negativos para o setor, mas indica que o Brasil pode ter condições de minimizar os efeitos da medida.

A análise da Fiemg considera que, por ser uma taxação aplicada a todas as economias exportadoras e não exclusivamente ao Brasil, o cenário pode resultar em condições de concorrência mais equilibradas no mercado internacional. A avaliação leva em conta o perfil das exportações brasileiras, majoritariamente compostas por produtos semielaborados que são processados por empresas norte-americanas, muitas delas com vínculos societários com companhias brasileiras.

Minas Gerais, que responde por 30% da produção nacional de aço bruto segundo o Instituto Aço Brasil, é um dos estados mais sensíveis à medida. O Brasil ocupa a segunda posição entre os exportadores de aço para os Estados Unidos, com volume de 4,08 milhões de toneladas em 2024, atrás apenas do Canadá, que exportou 5,95 milhões de toneladas.

Os dados históricos reforçam a relevância do mercado americano para o setor. Em 2022, os Estados Unidos absorveram 49% do total do aço exportado pelo Brasil. O impacto estimado nas exportações brasileiras com a nova tarifa pode alcançar US$ 6 bilhões, afetando diretamente empresas como ArcelorMittal, Ternium e CSN.

A Fiemg acompanha com atenção os desdobramentos da medida, que foi oficializada pelo presidente Donald Trump após ter sido anunciada durante sua campanha eleitoral. A entidade mantém a expectativa de possíveis negociações para concessões específicas ao Brasil, considerando o histórico de relações comerciais entre os dois países e a interdependência das cadeias produtivas do setor.

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