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EUA impõem tarifa de 25% sobre importações de aço e alumínio, afetando principais parceiros comerciais

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queda de commodities de ferro e aço

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (10) um decreto que estabelece tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, eliminando isenções e cotas previamente concedidas a parceiros comerciais estratégicos. A medida impacta diretamente países como Brasil, Canadá e México, que figuram entre os principais fornecedores desses materiais para o mercado americano.

O Brasil, segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, comercializou 3,98 milhões de toneladas do produto entre novembro de 2023 e novembro de 2024, representando 16,3% do aço importado pelos americanos. No setor de alumínio, as exportações brasileiras para os EUA corresponderam a 15% do total em 2023.

A nova regulamentação também estabelece padrões específicos para importação na América do Norte, exigindo que o aço seja “fundido e vertido” e o alumínio “fundido e moldado” na região. Esta especificação visa restringir a entrada de produtos minimamente processados, especialmente aqueles originários da China.

O mercado financeiro reagiu positivamente à medida dentro dos Estados Unidos. As ações de empresas siderúrgicas americanas registraram altas expressivas na Bolsa de Nova York: Cleveland-Cliffs (17,93%), Nucor (5,58%), Steel Dynamics (4,86%) e Alcoa (2,24%).

Dados do Instituto Aço Brasil indicam que o setor siderúrgico brasileiro alcançou uma produção de 33,7 milhões de toneladas de aço bruto em 2024, crescimento de 5,3% em relação ao ano anterior. As exportações totalizaram 9,6 milhões de toneladas, sendo que 49% deste volume foi destinado ao mercado americano.

A União Europeia já sinalizou que adotará medidas para proteger seus interesses comerciais, enquanto outros parceiros comerciais importantes avaliam possíveis respostas à decisão americana. O governo brasileiro aguarda a implementação concreta das medidas antes de definir seu posicionamento oficial.

Esta alteração na política comercial americana representa uma das maiores mudanças nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos dos últimos anos, com potencial para impactar significativamente a balança comercial entre os dois países.

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