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Em um momento decisivo para a indústria siderúrgica global, Belo Horizonte sediou nesta terça-feira (04/02) o Forest Leaders Forum, reunindo as principais lideranças do setor para debater o futuro do aço verde no Brasil. O evento, organizado pela Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), focou nos avanços e desafios na produção sustentável de aço, consolidando a posição de Minas Gerais como protagonista na transição para uma economia de baixo carbono.
A indústria siderúrgica tradicional é conhecida por sua significativa pegada ambiental, emitindo em média 1,9 tonelada de CO² para cada tonelada de aço produzida. No entanto, empresas brasileiras têm alcançado reduções expressivas nestes índices através do uso de tecnologias sustentáveis. A Vallourec conseguiu reduzir suas emissões para 0,9 tonelada de CO² por tonelada de aço, após um investimento de R$90 milhões em sua unidade de Pompéu. A Aço Verde do Brasil (AVB) apresenta um dos melhores índices do setor, com apenas 0,2 tonelada de CO² emitida por tonelada de aço produzida.
O estado se destaca como líder nacional em área de florestas plantadas, com 2,5 milhões de hectares distribuídos em 811 municípios. Este recurso natural renovável tem se mostrado fundamental para a produção do carvão vegetal, principal alternativa sustentável ao carvão mineral na produção de aço verde. Além das áreas produtivas, o estado mantém outros 1,3 milhão de hectares de vegetação nativa preservada, demonstrando um equilíbrio entre produção e conservação ambiental.
O diferencial brasileiro na produção de aço verde está fundamentado em características únicas do país. O Brasil possui extensão territorial, clima e solo adequados para o cultivo de eucalipto em larga escala, tornando viável a produção de carvão vegetal para a siderurgia. Este modelo se apresenta como uma solução especialmente adaptada às condições locais, aproveitando as vantagens naturais do território brasileiro.
Um aspecto significativo do setor florestal em Minas Gerais é sua estrutura democrática: aproximadamente 50% da produção está nas mãos de pequenos e médios produtores, enquanto os outros 50% pertencem a grandes empresas. Esta distribuição tem gerado centenas de cadeias produtivas em diferentes regiões do estado, contribuindo para o desenvolvimento econômico local.
Apesar dos avanços significativos, o setor enfrenta importantes desafios. A necessidade de tornar o conceito de aço verde mais conhecido entre os consumidores finais é um deles. Atualmente, embora exista um discurso global sobre sustentabilidade, a demanda específica por aço verde ainda não é uma exigência generalizada no mercado.
Para enfrentar este desafio, a Amif prepara uma campanha publicitária focada em explicar ao público geral a importância e os benefícios das florestas plantadas, apresentando-as como “florestas pensadas” – um conceito que une sustentabilidade e planejamento estratégico.
O evento também abordou outras alternativas tecnológicas em desenvolvimento, como o uso de hidrogênio e gás natural, demonstrando que o setor continua buscando diversificar suas opções para a descarbonização. A expansão dessas tecnologias no Brasil ainda enfrenta desafios, mas representa uma importante frente de pesquisa e desenvolvimento para o futuro da siderurgia verde.
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