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Salário de mulheres é 25% menor do que de homens em MG. Veja
A desigualdade salarial entre homens e mulheres é uma realidade persistente no Brasil, e o salário de mulheres em Minas Gerais é um exemplo alarmante dessa disparidade.
Segundo o 2º Relatório de Transparência Salarial, elaborado pelos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, as trabalhadoras mineiras ganham, em média, 24,88% a menos do que os homens.
Esse índice é superior à média nacional, que aponta uma diferença de 20,7% nos rendimentos.
A disparidade salarial em números
De acordo com os dados coletados, os homens em Minas Gerais possuem um salário médio de R$ 3.989,39, enquanto as mulheres recebem, em média, R$ 2.996,81. Ainda mais, essa diferença reflete uma desigualdade histórica que ainda prevalece, mesmo com avanços em legislações que promovem a igualdade de gênero.
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O levantamento, realizado a partir das informações enviadas por empresas com 100 ou mais funcionários, é uma exigência da Lei nº 14.611/2023. Em Minas Gerais, 5.108 empresas participaram da pesquisa, representando 1,71 milhão de trabalhadores. Esses dados revelam não apenas a desigualdade entre gêneros, mas também discrepâncias relacionadas à raça.
O impacto da raça no salário de mulheres
Mulheres negras enfrentam uma desigualdade ainda maior. NEsse sentido, segundo o relatório, o número de mulheres negras empregadas é maior do que o de mulheres não negras nas empresas analisadas, com 341,1 mil e 302,3 mil funcionárias, respectivamente. No entanto, as mulheres negras recebem 27,72% a menos que as mulheres não negras.
Entre os homens, a diferença também é significativa: trabalhadores negros ganham, em média, 25,26% a menos que os não negros. Esses dados evidenciam como os recortes de gênero e raça agravam ainda mais as desigualdades salariais.
Políticas empresariais para igualdade salarial
Apesar da disparidade evidente, algumas empresas relatam a adoção de políticas que visam promover a diversidade e a igualdade no ambiente corporativo. Em Minas Gerais:
- 47,8% das empresas possuem planos de cargos e salários estruturados;
- 39,2% adotam políticas de incentivo à contratação de mulheres;
- 41,9% implementam medidas para promoção de mulheres a cargos de liderança;
- 31,4% incentivam a contratação de mulheres negras.
Essas iniciativas são passos importantes, mas ainda insuficientes para eliminar as barreiras enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho. Do mesmo modo, a desigualdade salarial persiste, mesmo em empresas que afirmam possuir essas políticas.
Declaração do Ministério do Trabalho
Luciana Nakamura, diretora de Programa do MTE, destaca a importância de medidas concretas para enfrentar o problema: “Queremos que as empresas olhem para as desigualdades salariais dentro do ambiente de trabalho e promovam a igualdade entre homens e mulheres. A publicação do relatório é essencial para revelar essas desigualdades e incentivar mudanças.”
As causas da desigualdade no salário de mulheres
A diferença nos rendimentos entre homens e mulheres tem diversas causas, que vão desde fatores históricos até práticas empresariais inadequadas. Nesse sentido, algumas das principais razões incluem:
- Segregação ocupacional: Mulheres são frequentemente concentradas em setores menos remunerados, como serviços e educação.
- Discriminação de gênero: Mesmo desempenhando funções semelhantes, mulheres recebem salários inferiores aos de homens.
- Falta de representação: Poucas mulheres ocupam cargos de liderança ou alta direção.
- Carga de trabalho dupla: A responsabilidade pelos afazeres domésticos e cuidados com a família recai, em sua maioria, sobre as mulheres, limitando suas oportunidades de crescimento profissional.
Ainda mais, esses fatores exigem soluções integradas que incluam tanto mudanças legais quanto culturais.
Caminhos para reduzir a desigualdade salarial
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Para diminuir a disparidade entre os gêneros, é fundamental que empresas, governos e sociedade civil atuem em conjunto. Bem como, algumas ações essenciais incluem:
- Fortalecer a legislação trabalhista: Garantir que leis como a Lei nº 14.611/2023 sejam cumpridas e fiscalizadas.
- Promover a educação financeira: Capacitar mulheres para negociarem melhores condições salariais e lidarem com suas finanças pessoais.
- Incentivar a transparência: Empresas devem divulgar dados salariais para facilitar a identificação de desigualdades.
- Apoiar mulheres na liderança: Políticas de mentorias e programas de desenvolvimento são fundamentais para aumentar a presença feminina em cargos de liderança.
O papel da sociedade
A conscientização da população sobre o tema é também indispensável. Assim. movimentos sociais, campanhas educativas e discussões públicas são ferramentas importantes para ampliar o debate sobre o salário de mulheres e promover mudanças significativas.
Salário de mulheres: um desafio para o futuro
A luta por igualdade salarial é um desafio complexo que exige ações coordenadas e persistência. Nesse sentido, o salário de mulheres em Minas Gerais é um reflexo de desigualdades que atravessam gênero, raça e classes sociais. Embora avanços tenham sido feitos, ainda há muito a ser conquistado para que a igualdade se torne uma realidade.
Do mesmo modo, com medidas estruturais e o compromisso de toda a sociedade, é possível construir um mercado de trabalho mais justo e equitativo. A igualdade salarial não é apenas uma questão de justiça, mas também um fator crucial para o desenvolvimento econômico e social do país.
Perguntas frequentes
- Qual é a diferença média salarial entre homens e mulheres em Minas Gerais?
- Em Minas Gerais, as mulheres ganham, em média, 24,88% a menos que os homens, conforme o 2º Relatório de Transparência Salarial.
- Como a desigualdade salarial em Minas Gerais se compara à média nacional?
- Enquanto no Brasil a diferença salarial é de 20,7%, em Minas Gerais ela é maior, atingindo 24,88%.
- Qual é a média salarial de homens e mulheres em Minas Gerais?
- Os homens recebem, em média, R$ 3.989,39, enquanto as mulheres têm uma remuneração média de R$ 2.996,81.
- Como a desigualdade salarial afeta as mulheres negras?
- Mulheres negras ganham, em média, 27,72% a menos que mulheres não negras, uma disparidade ainda maior do que entre os homens negros e não negros.
- Quais ações estão sendo tomadas pelas empresas para reduzir a desigualdade?
- Muitas empresas têm adotado políticas de incentivo à contratação de mulheres, promoção para cargos de liderança e incentivo específico para mulheres negras.