Saiba as principais notícias do Mercado Hoje 25/11/2024 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Bolsas em alta; Escolha para o Tesouro nos EUA anima mercados. Dados da Sindusfarma (+). Analisamos a performance recente dos FIP-IE listados. Confira!
Fechamento dia anterior
Ibovespa: 126.126 (+1,74%)
S&P: 5.969 (+0,35%)
Dólar Futuro: R$5,81 (-0,21%)
O Ibovespa apresentou alta de +1,74% no último pregão, cotado a 129.125,51 pontos. O ativo apresenta tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. A primeira resistência fica em 131.700 pontos e a segunda em 134.000. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 126.800. O próximo fica na faixa de 124.000 pontos.
O Dólar Futuro apresentou queda de -0,21% no último pregão, cotado a 5.810 pontos. O ativo apresenta tendência neutra no curto e médio prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.685 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.435. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.930 e a segunda em 6.025.
Exterior
Bolsas na Europa e futuros nos EUA apresentam alta, reagindo à escolha do novo secretário do Tesouro pelo presidente eleito dos EUA. Scott Bessent indicou que apoiará o plano de corte de tarifas e impostos de Trump, embora os investidores esperem que haja a priorização da estabilidade econômica e de mercado, aliviando as preocupações com medidas muito protecionistas. A semana é mais curta nos EUA por conta do feriado de Ação de Graças na quinta-feira, mas trará na agenda indicadores como ata do Fomc, PCE e revisão do PIB do 3T24.
Doméstico
O mercado espera o anúncio do pacote fiscal após equipe econômica definir R$6,1 bilhões em contenção de gasto, levando a um fechamento próximo do piso da banda da meta fiscal. A agenda conta com Pesquisa Focus, IPC-S e saldo em conta corrente de outubro, com estimativa de -USD6,2 bilhões. Na semana, ainda teremos a divulgação do IPCA-15 de novembro.
Concessões
Apresentamos nossa visão para o leilão de rodovia Nova Raposo, que ocorrerá no dia 28 de novembro, com entrega dos envelopes prevista para o dia 25 de novembro.
Com uma extensão de 92 km, o projeto Nova Raposo é composto por trechos de rodovia gerenciados pela atual concessionária ViaOeste (48 km) e outras rodovias sob administração pública (44 km), incluindo as conexões entre São Paulo, Osasco, Barueri, Cotia, Araçariguama e Itapevi, englobando as rodovias SP-280 (Rodovia Presidente Castelo Branco), SP-270 (Rodovia Presidente Raposo Tavares), SP-029 (conexão entre as rodovias Castello Branco e Raposo Tavares) e o trecho Embu-Cotia (ligando Cotia à BR-116).
A concessão tem prazo de 30 anos e uma estimativa de TIR (real e sem alavancagem) de 9,41%. Em poucas palavras, o projeto prevê capex de R$ 7,4 bilhões (76% sendo executados do primeiro ao sétimo ano). Além disso, despesas operacionais de R$ 7,3 bilhões. O vencedor do leilão será o licitante que oferecer o maior pagamento antecipado (taxa de concessão).
Na tarde da última sexta-feira (22), a Associação Industrial de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) divulgou dados de vendas para outubro de 2024. Assim, eles mostraram aceleração do crescimento tanto em sell-in quanto em sell-out.
As vendas no varejo farmacêutico (sell-out) subiram 17% no mês (vs, 13,4% no 3T24), enquanto as vendas da indústria farmacêutica (sell-in) subiram 17% (vs. 12% no 3T24). Vemos essa notícia como positiva, pois a data reforçou a mensagem da conferência de resultados dos players listados no 3T24 sobre um melhor desempenho de vendas em outubro.
Quanto à Hypera, os dados não fornecem muita informação, pois o 4T24 deverá ser outro trimestre marcado pelos ajustes anunciados pela empresa em 18 de outubro de 2024. Do mesmo modo, isso implica perda de market share.
No geral, mantemos nossa visão otimista para setor farmacêutico, principalmente de PNVL e PGMN, à medida que a primeira continua fortalecendo sua presença na região sul, ao mesmo tempo em que melhora sua margem de EBITDA (+58bps a/a no 3T24). Quanto à PGMN, continuamos confiantes na virada da EF e no desempenho consolidado melhorado (+76bps a/a no 3T24).
Na semana passada, o valor das cotas dos FIP-IE listados na bolsa caiu 3,5%, após um fundo listado (VIGT11, não coberto) cortar os rendimentos em 35% e apresentar perspectiva negativa para 2025. Um dos motivos apontados para a redução no rendimento foi o curtailment, ou corte de geração, que tem afetado várias empresas de energia listadas no Brasil.
O mundo dos fundos de investimentos, que já vinha pressionado pela expectativa de elevação dos juros (mencionada no nosso relatório sobre fundos imobiliários), foi surpreendido por um risco relacionado ao setor de energia que ganhou relevância recentemente pelo excesso de oferta de energia renovável no Brasil e gerou dúvidas sobre a sustentabilidade dos rendimentos no futuro.
Nos últimos anos, os eventos de curtailment têm sido maiores e mais frequentes porque a instalação de novos parques geradores renováveis na rede de alta tensão cresceu a um ritmo muito mais rápido do que a expansão da rede de transmissão e a demanda.
Com incentivos menos atrativos para a construção de novos parques, a entrada em operação de novos ativos de transmissão e de sistemas de armazenamento, e o aumento esperado na demanda (impulsionado pelo aumento da renda, crescimento da IA, etc.), esperamos que daqui para a frente os cortes sejam menores dos que os vistos no 3T24 (média de 17% nas usinas solares centralizadas no sistema, chegando a 40% em alguns ativos).
Entre as fontes renováveis, destacamos que a geração distribuída não é afetada (pois não há despacho centralizado na rede); ativos conectados diretamente com as redes das distribuidoras ou que geram energia para consumo próprio também não são. As linhas de transmissão também não sofrem com o corte de geração (muito embora seus fluxos possam ser afetados por outros fatores).
Destacamos também que os parques com despacho centralizado localizados em Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia foram os que mais sofreram com cortes sem ressarcimento.
Commodities
Petróleo apresenta queda (US$ 74,82/b; -0,47%)
Minério de ferro registrou alta (US$ 102,65; +2,10%)
Agenda do Mercado Hoje 25/11/2024
08:00 – Brasil – IPC-S
Empresas
Petrobras: Estatal buscará entrar em etanol junto com players relevantes
JBS: Empresa investirá em seus primeiros frigoríficos na Nigéria
Carrefour: Frigoríficos brasileiros cortam fornecimento ao Carrefour; Fávaro apoia o movimento
Raízen: Empresa avalia trazer sócio para etanol e vender Oxxo
Raízen: Companhia deve ficar fora de negociações para JV da Petrobras
Bradesco: JPMorgan rebaixa Bradesco a neutro
Santander Brasil: JPMorgan eleva Santander Brasil a overweight
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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.
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