A prática de publicidade enganosa na Black Friday é um problema que, ano após ano, gera frustração entre os consumidores.
Mesmo antes do grande dia, que em 2024 ocorrerá em 29 de novembro, algumas empresas já receberam notificações pela prática de promoções que não cumprem com o que prometem.
Neste ano, a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon) e o Procon-RJ notificaram as empresas Casas Bahia, Ponto Frio e Casa&Video por descumprimento de ofertas e enganos em anúncios.
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Agora, essas empresas têm um prazo de 15 dias para apresentar suas defesas, sob pena de multa. Com o monitoramento em vigor desde o final de outubro, os órgãos de defesa do consumidor acompanham as ofertas para identificar possíveis fraudes e garantir a proteção dos direitos dos consumidores.
Para evitar que os consumidores sejam prejudicados, Procons em todo o país estão monitorando os produtos mais procurados e as ofertas divulgadas.
Durante a Black Friday, é comum que anúncios enganosos prometam descontos que não se refletem na realidade, ou mesmo que sejam oferecidas promoções inexistentes. Com o aumento das compras online, a fiscalização se tornou ainda mais necessária, já que a internet facilita o acesso a uma grande quantidade de ofertas.
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Nesse contexto, a atuação do Procon e de outros órgãos é essencial para coibir práticas abusivas e garantir que as ofertas atendam de fato aos requisitos estabelecidos por lei.
Em uma das fiscalizações, foi identificado que a loja Casas Bahia anunciava descontos de até 30% em determinados produtos.
Contudo, ao verificarem as condições de compra, os fiscais notaram que o desconto máximo encontrado era de 23%, caracterizando um descumprimento de oferta. Esse tipo de prática engana o consumidor, que acredita estar adquirindo o produto por um preço inferior ao real.
Outro exemplo de publicidade enganosa na Black Friday foi observado na Casa&Video. Nessa loja, os agentes constataram um anúncio de uma piscina que estava sendo vendida por “R$ 399,90 no Pix”, com uma indicação de que o preço original era o mesmo, R$ 399,90.
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Essa estratégia foi considerada enganosa, pois dava a entender que havia algum tipo de benefício ou desconto, o que não era verdadeiro. Esse tipo de anúncio é prejudicial, pois atrai o consumidor para uma promoção que, na realidade, não existe.
No caso do Ponto Frio, o site promovia um desconto de 5% em produtos específicos, desde que o consumidor utilizasse o cupom “ESQUENTA”.
No entanto, durante a fiscalização, foi constatado que ao simular a compra de um celular com o referido desconto, o valor promocional não era aplicado para o pagamento via Pix, o que contradizia o anúncio. A divulgação foi classificada como publicidade enganosa, uma vez que não informava de forma clara as condições de pagamento.
Esses exemplos mostram como a publicidade enganosa na Black Friday pode ser prejudicial ao consumidor.
Em casos como esses, os consumidores são levados a acreditar que estão aproveitando oportunidades vantajosas, quando, na verdade, estão sujeitos a condições não informadas ou a preços que não representam a economia prometida.
Segundo especialistas, a clareza e precisão das informações são fundamentais para que o consumidor possa tomar decisões de compra conscientes e evitar transtornos.
Para garantir uma boa prática de consumo, os órgãos de defesa do consumidor ressaltam a importância de uma comunicação transparente e direta por parte das empresas.
Anúncios e promoções devem trazer todas as informações necessárias de forma clara, sem ambiguidades ou promessas ilusórias. Além disso, é essencial que as empresas respeitem as ofertas divulgadas e que qualquer erro seja prontamente corrigido, evitando prejuízos ao consumidor.
Após a notificação, as empresas Casas Bahia, Ponto Frio e Casa&Video se manifestaram, cada uma apresentando sua versão sobre os casos relatados.
O Grupo Casas Bahia, responsável tanto pela Casas Bahia quanto pelo Ponto Frio, afirmou que até o momento não havia sido oficialmente notificado sobre os casos, mas que está disposto a cooperar com os órgãos de defesa do consumidor.
A empresa declarou ainda que o atendimento ao cliente é um dos pilares fundamentais de sua atuação e que busca sempre oferecer a melhor experiência de compra aos consumidores.
A Casa&Video, por sua vez, admitiu que houve um erro no sistema, o qual resultou na exibição incorreta do valor promocional de um dos produtos.
Em nota, a empresa explicou que o preço correto do item era de R$ 399, e que ele não fazia parte do portfólio de produtos em promoção. A empresa afirmou que o erro foi rapidamente identificado e que todas as providências necessárias já foram tomadas para corrigir a situação.
O secretário da Sedcon, Gutemberg Fonseca, enfatizou a importância de as promoções serem oferecidas de forma transparente, com clareza em relação aos preços e às características dos produtos.
Segundo ele, a Black Friday representa uma oportunidade valiosa tanto para os consumidores quanto para os lojistas, permitindo bons negócios, desde que respeitadas as boas práticas de consumo.
Ele reforçou que é essencial que as empresas se comprometam com a transparência e com o atendimento correto das promoções divulgadas, evitando qualquer prática que possa enganar o consumidor.
Para que o consumidor não caia em armadilhas durante a Black Friday, é importante tomar alguns cuidados ao aproveitar as promoções. Uma das recomendações é sempre conferir o histórico de preços dos produtos desejados, pois isso permite verificar se o desconto oferecido realmente representa uma economia.
Além disso, é indicado comparar o preço entre diferentes lojas e observar os comentários de outros consumidores sobre a confiabilidade do vendedor.
Para se proteger de possíveis fraudes e publicidade enganosa na Black Friday, os consumidores devem estar atentos e agir com cautela. A primeira dica é sempre verificar se o desconto oferecido é real.
Ferramentas online permitem acompanhar o histórico de preços dos produtos e analisar se o preço da promoção é realmente vantajoso. Outra estratégia importante é buscar informações sobre a reputação das empresas, consultando avaliações em sites de reclamações e opiniões de outros clientes.
Além disso, é recomendado que o consumidor evite clicar em links de ofertas recebidos por e-mail ou redes sociais, pois muitas vezes essas mensagens podem levar a sites falsos ou fraudes.
O ideal é acessar diretamente o site oficial da loja e verificar a veracidade das promoções anunciadas. Desconfie sempre de preços muito abaixo do mercado, pois podem ser sinais de possíveis golpes ou práticas enganosas.
Outro ponto importante é observar as condições de pagamento e entrega. Muitas vezes, as lojas oferecem promoções que variam conforme o método de pagamento, como no caso do desconto anunciado para pagamento via Pix.
É fundamental que o consumidor leia atentamente as condições da oferta e verifique se o desconto será realmente aplicado no momento do pagamento.
A prática de publicidade enganosa na Black Friday não prejudica apenas os consumidores, mas também afeta a imagem das empresas envolvidas.
Ao serem flagradas em práticas de publicidade enganosa, as marcas perdem a confiança dos consumidores, o que pode afetar suas vendas e reputação a longo prazo.
Para evitar esses problemas, é crucial que as empresas revisem suas campanhas publicitárias, assegurando que todas as informações estejam corretas e claras.
Os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, continuarão monitorando as ofertas divulgadas durante a Black Friday e punindo empresas que realizarem publicidade enganosa.
A punição pode variar desde multas até sanções mais graves, dependendo do impacto e da recorrência da prática. Dessa forma, é importante que as empresas se esforcem para manter uma comunicação transparente, respeitando os direitos dos consumidores e garantindo que todas as ofertas divulgadas sejam cumpridas.
A publicidade enganosa na Black Friday é um problema sério que deve ser combatido para proteger os direitos do consumidor.
Durante esse período de grande movimentação no comércio, é essencial que tanto os lojistas quanto os consumidores estejam atentos para evitar problemas e garantir uma experiência de compra satisfatória.
Ao adotar boas práticas e respeitar as ofertas divulgadas, as empresas não apenas evitam sanções, mas também fortalecem sua relação de confiança com o consumidor.
A transparência e o respeito ao consumidor devem ser valores centrais para todas as empresas que participam da Black Friday.
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